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08/06/2009 - 14h12

MST realiza protestos em 11 Estados em defesa da educação

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da Folha Online

Estudantes de escolas do campo realizam nesta segunda-feira manifestações em 11 Estados em defesa da educação pública e contra o corte de 62% no orçamento do Pronera (Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária).

Os protestam ocuparam oito superintendências do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária), responsável pelo Pronera.

"O corte no orçamento do Pronera é um grande retrocesso e caminha na contramão das necessidades dos trabalhadores rurais. Precisamos fortalecer o programa, que atende justamente aos camponeses, que foram historicamente excluídos do acesso a educação no nosso país", afirmou a integrante da direção nacional do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), Edgar Kolling, que coordena o setor de educação.

Em São Paulo, cerca de 400 sem-terra ocuparam o prédio do Incra na capital do Estado. No Pontal do Paranapanema, também acontece protesto em defesa da educação do campo.

Em Goiânia (GO), 400 trabalhadores ocuparam a superintendência do Incra. No Ceará, outros 400 ocuparam o instituto em Fortaleza. E no Piauí, 350 sem-terra ocuparam a superintendência em Teresina.

Em Santa Catarina, 250 estudantes das escolas de ensino médio e fundamental dos assentamentos da reforma agrária fizeram uma caminhada da praça central da cidade de Chapecó até o Incra, que foi ocupado. Os estudantes solicitam uma audiência para apresentar os pontos de reivindicação.

Na Bahia, cerca de 200 estudantes de movimentos sociais do campo ocuparam a superintendência regional do Incra, em Salvador. A ocupação está prevista para durar três dias. Em Pernambuco, estudantes e formados em cursos do Pronera ocuparam as sedes do Incra em Recife e Petrolina.

No Paraná, cerca de 500 trabalhadores rurais fazem uma mobilização em frente à superintendência regional do Incra em Curitiba. Em Minas Gerais, 200 educandos manifestam na superintendência regional do Incra em Belo Horizonte.

No Rio Grande do Sul, filhos de pequenos agricultores e assentados da reforma agrária fizeram protesto em frente à superintendência do Incra, em Porto Alegre. No Mato Grosso, estudantes do Pronera fazem vigília em frente ao Incra em Cuiabá.

Comentários dos leitores
Marcelo Takara (65) 01/02/2010 18h28
Marcelo Takara (65) 01/02/2010 18h28
Sr Mauricio de Andrade.
Má distribuição de riquezas e terras são problemas, mas não são mais graves do que o nosso sistema educacional público. Este sim, nosso maior problema, que perpetua o ciclo vicioso da concentração de riquezas. Resolva-se o problema da educação e eliminamos o problema da miséria. Educação dá discernimento, cidadania, melhora a qualidade na escolha de políticos e multiplica as chances de inclusão social e econômica. É a solução mais eficaz e qualquer estatística sobre índices de desenvolvimento humano mostram isso, e isso independe do sujeito pertencer ao campo ou a cidade.
sem opinião
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Marcelo Takara (65) 01/02/2010 17h43
Marcelo Takara (65) 01/02/2010 17h43
Acho que não me fiz entender direito.Valoriza-se mais as posses materiais do que a formação educacional. A agricultura familiar mudou muito, comparada àquela que se praticava décadas atrás. Sou de origem japonesa, meus avós foram agricultores, meu pai foi agricultor e migrou para cidade, onde conseguiu montar um comércio, graças a algumas boa colheitas. Detalhe: meu pai nunca foi proprietário de terras, sempre arrendou. Tenho alguns tios que continuaram na agricultura, no cultivo de hortaliças, e eles somente conseguem se manter porque se adaptaram, do contrário é difícil manter os custos. Atualmente, mesmo para tocar uma pequena propriedade, é necessário conhecimento técnico e qualificação para manejo sustentável, rotação de culturas, uso correto de fertilizantes e recuperação de solo. Ou seja eis a necessidade da QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL. A má distribuição de riquezas é consequência funesta da incapacidade de nossos governantes em dar uma educação digna à toda população, daí o fato de haver o exército de desempregados nos grandes centros urbanos. Igualmente continuarão a levar uma vida miserável mesmo na posse de uma terra, se não houver capacitação técnica. Por outro lado, tem surgido muitas vagas de empregos em muitas cidades pequenas e médias do interior do Brasil, que não são preenchidas por falta de formação educacional. A distribuição de terras pode até ser uma solução para o campo, mas não é a única. A melhor solução é de longo prazo e é EDUCAÇÃO. sem opinião
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Tiago Garcia (41) 01/02/2010 11h04
Tiago Garcia (41) 01/02/2010 11h04
A lei é para todos sem exceção.
Se a Cutrale grilou ou não fazenda a justiça que resolve, não o MST que eu nunca votei nem autorizei a fazer valer a vontade da lei. MST não tem legitimidade para isso.
A anos atrás quando eu estudei o MST seu principal argumento para invasões sempre era os grandes latifúndios improdutivos, terras paradas nas mãos da especulação. O que aconteceu com essa justificativa do MST?
2 opiniões
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