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16/06/2009 - 08h02

Integrantes do MST invadem fazendas em São Paulo e Paraná

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da Agência Folha, em Londrina
da Agência Folha, em Campinas

Cerca de 150 famílias ligadas ao MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) invadiram na madrugada de ontem a fazenda Eldorado, em Valinhos (85 km de SP).

Os proprietários entraram anteontem com pedido de reintegração de posse da fazenda, que tem 240 hectares.
A coordenação do movimento alegou que a invasão é uma forma de cobrar do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) a realização de uma análise das terras improdutivas na região.

Na área invadida funcionava a Granja Ceval, que está desativada há pelo menos 18 anos, segundo a Polícia Militar.

Os coordenadores do MST disseram que a área servirá para a construção de um condomínio de luxo. Os proprietários afirmaram que não poderiam falar sobre o assunto.

Durante a manhã de ontem, as famílias começaram a levantar os barracos de lona preta na fazenda. Um local foi adaptado para funcionar como cozinha.

Em dezembro de 2007, ao menos 200 pessoas ligadas ao MST invadiram a área e deixaram o local após 17 dias de invasão, depois de uma ordem judicial de reintegração de posse.

Paraná

Trabalhadores sem-terra ligados à Contag (Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura) invadiram, na manhã de ontem, a fazenda Itaverá, em Alvorada do Sul (norte do PR). Em maio o mesmo grupo, de cerca de 300 pessoas, já havia invadido a área, e saído após decisão judicial.

A fazenda foi considerada improdutiva em laudo do Incra de dezembro do ano passado, mas a Usina Central do Paraná, do grupo Atala, recorreu. O recurso do grupo Atala ainda está em fase de análise na superintendência do Incra no Paraná.

Outra controvérsia sobre a área em litígio é quanto ao seu tamanho. A Contag afirma ter documentos que comprovam que a fazenda tem 2.520 hectares e que o grupo Atala tem documentos de apenas 912 hectares desse total.

O gerente da propriedade, Cícero dos Santos, registrou boletim de ocorrência na Polícia Civil de Alvorada do Sul (458 km de Curitiba).

Na fazenda, usada para o cultivo de cana-de-açúcar, moram cinco famílias de funcionários. Até o final da tarde de ontem o grupo Atala não havia ingressado na Justiça com pedido de reintegração de posse.

Comentários dos leitores
Marcelo Takara (65) 01/02/2010 18h28
Marcelo Takara (65) 01/02/2010 18h28
Sr Mauricio de Andrade.
Má distribuição de riquezas e terras são problemas, mas não são mais graves do que o nosso sistema educacional público. Este sim, nosso maior problema, que perpetua o ciclo vicioso da concentração de riquezas. Resolva-se o problema da educação e eliminamos o problema da miséria. Educação dá discernimento, cidadania, melhora a qualidade na escolha de políticos e multiplica as chances de inclusão social e econômica. É a solução mais eficaz e qualquer estatística sobre índices de desenvolvimento humano mostram isso, e isso independe do sujeito pertencer ao campo ou a cidade.
sem opinião
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Marcelo Takara (65) 01/02/2010 17h43
Marcelo Takara (65) 01/02/2010 17h43
Acho que não me fiz entender direito.Valoriza-se mais as posses materiais do que a formação educacional. A agricultura familiar mudou muito, comparada àquela que se praticava décadas atrás. Sou de origem japonesa, meus avós foram agricultores, meu pai foi agricultor e migrou para cidade, onde conseguiu montar um comércio, graças a algumas boa colheitas. Detalhe: meu pai nunca foi proprietário de terras, sempre arrendou. Tenho alguns tios que continuaram na agricultura, no cultivo de hortaliças, e eles somente conseguem se manter porque se adaptaram, do contrário é difícil manter os custos. Atualmente, mesmo para tocar uma pequena propriedade, é necessário conhecimento técnico e qualificação para manejo sustentável, rotação de culturas, uso correto de fertilizantes e recuperação de solo. Ou seja eis a necessidade da QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL. A má distribuição de riquezas é consequência funesta da incapacidade de nossos governantes em dar uma educação digna à toda população, daí o fato de haver o exército de desempregados nos grandes centros urbanos. Igualmente continuarão a levar uma vida miserável mesmo na posse de uma terra, se não houver capacitação técnica. Por outro lado, tem surgido muitas vagas de empregos em muitas cidades pequenas e médias do interior do Brasil, que não são preenchidas por falta de formação educacional. A distribuição de terras pode até ser uma solução para o campo, mas não é a única. A melhor solução é de longo prazo e é EDUCAÇÃO. sem opinião
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Tiago Garcia (41) 01/02/2010 11h04
Tiago Garcia (41) 01/02/2010 11h04
A lei é para todos sem exceção.
Se a Cutrale grilou ou não fazenda a justiça que resolve, não o MST que eu nunca votei nem autorizei a fazer valer a vontade da lei. MST não tem legitimidade para isso.
A anos atrás quando eu estudei o MST seu principal argumento para invasões sempre era os grandes latifúndios improdutivos, terras paradas nas mãos da especulação. O que aconteceu com essa justificativa do MST?
2 opiniões
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