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29/06/2009 - 22h03

UDR vai entrar com representação contra invasões no interior de São Paulo

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CÍNTIA ACAYABA
da Agência Folha

A UDR (União Democrática Ruralista) afirmou que vai entrar com representações no Ministério Público Estadual e na Polícia Civil contra integrantes de movimentos sem-terra que, no fim de semana, promoveram 15 invasões em fazendas no interior paulista.

As representações, segundo a entidade, vão pedir que sejam apurados crimes de formação de quadrilha e invasão.

No final de semana, cerca de 1.500 agricultores sem-terra invadiram 15 fazendas em oito cidades no oeste de São Paulo, segundo lideranças sem-terra. A Polícia Militar informou que ainda não houve reintegração de posse das áreas.

Segundo José Rainha Jr., líder do grupo de sem-terra, as invasões são para pedir agilidade no processo de desapropriação de terras que já foram consideradas públicas.

Luiz Nabhan Garcia, presidente da UDR, disse que as representações pedem investigações sobre os crimes praticados por "foras da Lei".

"Não podemos mais conviver com esta impunidade que acontece no Pontal [do Paranapanema] há mais de 20 anos. Eles até avisaram publicamente, de forma premeditada, sobre as invasões", afirmou.

Para Rainha, a UDR não tem legitimidade e representatividade e que quem cometeu crime foi "quem fez grilagem de terras públicas".

Segundo o líder sem-terra, as ações pedem o avanço da reforma agrária. "O governo estadual não faz nada e as terras que já foram reconhecidas como públicas vão sendo ocupadas por usineiros", disse.

Rainha também disse que os sem-terra pedem que o Incra assuma o processo de reforma agrária no Estado de São Paulo no lugar do Itesp (Instituto de Terras do Estado de São Paulo).

De acordo com o Itesp, por meio de nota, o governo estadual tem investido em assentamentos rurais e, em 2009, implantou quatro assentamentos na região do Pontal.

Comentários dos leitores
Marcelo Takara (65) 01/02/2010 18h28
Marcelo Takara (65) 01/02/2010 18h28
Sr Mauricio de Andrade.
Má distribuição de riquezas e terras são problemas, mas não são mais graves do que o nosso sistema educacional público. Este sim, nosso maior problema, que perpetua o ciclo vicioso da concentração de riquezas. Resolva-se o problema da educação e eliminamos o problema da miséria. Educação dá discernimento, cidadania, melhora a qualidade na escolha de políticos e multiplica as chances de inclusão social e econômica. É a solução mais eficaz e qualquer estatística sobre índices de desenvolvimento humano mostram isso, e isso independe do sujeito pertencer ao campo ou a cidade.
sem opinião
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Marcelo Takara (65) 01/02/2010 17h43
Marcelo Takara (65) 01/02/2010 17h43
Acho que não me fiz entender direito.Valoriza-se mais as posses materiais do que a formação educacional. A agricultura familiar mudou muito, comparada àquela que se praticava décadas atrás. Sou de origem japonesa, meus avós foram agricultores, meu pai foi agricultor e migrou para cidade, onde conseguiu montar um comércio, graças a algumas boa colheitas. Detalhe: meu pai nunca foi proprietário de terras, sempre arrendou. Tenho alguns tios que continuaram na agricultura, no cultivo de hortaliças, e eles somente conseguem se manter porque se adaptaram, do contrário é difícil manter os custos. Atualmente, mesmo para tocar uma pequena propriedade, é necessário conhecimento técnico e qualificação para manejo sustentável, rotação de culturas, uso correto de fertilizantes e recuperação de solo. Ou seja eis a necessidade da QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL. A má distribuição de riquezas é consequência funesta da incapacidade de nossos governantes em dar uma educação digna à toda população, daí o fato de haver o exército de desempregados nos grandes centros urbanos. Igualmente continuarão a levar uma vida miserável mesmo na posse de uma terra, se não houver capacitação técnica. Por outro lado, tem surgido muitas vagas de empregos em muitas cidades pequenas e médias do interior do Brasil, que não são preenchidas por falta de formação educacional. A distribuição de terras pode até ser uma solução para o campo, mas não é a única. A melhor solução é de longo prazo e é EDUCAÇÃO. sem opinião
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Tiago Garcia (41) 01/02/2010 11h04
Tiago Garcia (41) 01/02/2010 11h04
A lei é para todos sem exceção.
Se a Cutrale grilou ou não fazenda a justiça que resolve, não o MST que eu nunca votei nem autorizei a fazer valer a vontade da lei. MST não tem legitimidade para isso.
A anos atrás quando eu estudei o MST seu principal argumento para invasões sempre era os grandes latifúndios improdutivos, terras paradas nas mãos da especulação. O que aconteceu com essa justificativa do MST?
2 opiniões
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