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Neto de Sarney intermediou seguro de vida para servidores do Senado
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MÁRCIO FALCÃO
da Folha Online, em Brasília
Os negócios fechados por José Adriano Sarney, neto do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), com a instituição não são restritos aos empréstimos consignados. José Adriano é sócio da Sacris Consultoria que atuava em parceria com o Grupo MBM e também intermediava seguro de vida para servidores da Casa.
As negociações realizadas por José Adriano aumentaram a pressão para que Sarney se afaste do cargo. O líder do PSDB, Arthur Virgílio (AM), apresentou ontem uma denúncia por quebra de decoro parlamentar contra Sarney e pediu que ele fosse investigado também por causa dos negócios do neto.
Segundo reportagem do jornal "O Estado de S. Paulo", o MBM costumava oferecer aos servidores do Senado dois produtos: seguro de vida com direito a resgate após um ano e o chamado seguro contra acidentes pessoais, que inclui assistência funeral. Corretores de seguros, assim como os vendedores de crédito consignado, recebem comissão pelos contratos fechados.
O gerente do escritório da MBM em Brasília, Roberto Toledo afirmou ao jornal que a parceria com a empresa do neto de Sarney era informal e que surgiu após uma indicação do HSBC.
Procurada pela Folha Online a assessoria do presidente Sarney não quis comentar a reportagem.
O presidente do Senado encaminhou neste fim de semana uma carta aos 80 colegas se defendendo das denúncias de que seu neto teria sido favorecido em negociações com a instituição. Sarney reconhece que a Sacris intermediava empréstimos consignados para servidores da Casa, mas afirma que não interferiu nos negócios do neto.
"Nenhuma ligação pode ser feita entre a minha presidência e o fato objeto da reportagem. Quero também comunicar-lhe que pedi à Polícia Federal que investigue todos os empréstimos consignados no Senado e as empresas que os operam", afirma o documento.
Em nota divulgada na quinta-feira, o presidente do Senado afirmou que existe uma "campanha midiática" contra sua permanência no comando da Casa porque apoia o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Sarney disse que seu neto tem qualificação profissional para intermediar empréstimos consignados entre instituições bancárias e servidores do Senado.
"As explicações do meu neto, pessoa extremamente qualificada com mestrado na Sorbonne e doutorado em Havard, são suficientes para mostrar a verdadeira face de uma campanha midiática para atingir-me na qual não excluo a minha posição política, nunca ocultada, de apoio ao presidente Lula e seu governo", disse.
A suspeita é que o neto de Sarney esteja envolvido no esquema de empréstimo consignado para servidores do Senado. De 2007 até hoje a empresa de José Adriano teve autorização de seis bancos para intermediar a concessão de empréstimos com desconto na folha de pagamento.
Adriano Sarney é filho do deputado Zequinha Sarney (PV-MA). O neto do presidente do Senado disse, na reportagem, que sua empresa fatura por ano menos de R$ 5 milhões. De acordo com o jornal, José Adriano abriu a empresa quatro meses depois que o então diretor de Recursos Humanos da Casa, João Carlos Zoghbi, inaugurou assessoria para intermediar os contratos no escândalo que o afastou do cargo.
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Quer dizer que apesar de ser funcionário "público" eles não querem estar sob controle. Demitam todos e ai eles vão ver como era bom ser funcionário público.
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Esta promessa de ponto eletronicao é como a de reforma administrativa no Senado, se o Senado fosse uma empresa ja teria quebrado, sua eficiencia é vergonha para os cidadãos.
Se nosso sistema politico exigisse um numero minimo de votos sem os quais nao se elegeriam um politico poderiamos ter uma camara com 500, ou com 400, ou 300 ou 200 representaantes.
O ex presidente deveria se retirar para Ilha do Calhau e rezar para que o país o esquecesse.
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