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06/03/2004
-
09h41
da Folha Online
O ministro-chefe da Casa Civil, José Dirceu, é capa da edição da revista "Veja" que circula neste fim de semana. Em entrevista sobre o caso Waldomiro Diniz, seu ex-assessor que foi flagrado em vídeo cobrando propina de uma empresário de loterias, Dirceu afirmou que cometeu "um erro", mas não um "ato ilícito".
"Cometi um erro e posso admiti-lo. Agora, não fiz nenhum ato ilícito", afirmou Dirceu. "Eu não vou sair do governo. Eu não tenho nenhuma relação com esse caso. Não participei, não apoiei, não tinha conhecimento."
Segundo o ministro, Waldomiro não foi afastado no ano passado, quando surgiram as primeiras denúncias contra o ex-assessor, porque o próprio funcionário do Planalto solicitou uma investigação.
"Eu acreditei nele", disse Dirceu. Ele afirmou também que Waldomiro foi investigado antes de ser nomeado, mas que nada constava contra ele.
Dirceu criticou a forma como está sendo feita o que chamou de "devassa" no governo Lula.
Ele confirmou a informação publicada pela Folha, de que pediu demissão na semana seguinte à revelação da fita. "Era meu dever. O cargo de ministro não é um emprego como qualquer outro (...) Mas ele, evidentemente, não aceitou."
Apesar disso, o ministro da Casa Civil afirmou que tem consciência de que irá "pagar um preço político" pelo desgaste causado pelas denúncias contra Waldomiro.
Dirceu se manifestou contrário à tentativa de instalar uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para investigar os bingos no país.
A reportagem cita a pesquisa Datafolha divulgada na última terça-feira, na qual 67% dos entrevistados disseram que Dirceu deve se afastar do cargo. Para 81%, deveria ser instalada uma CPI para investigar o caso.
Ele negou que Waldomiro fosse seu "braço direito" e afirmou que nunca mais conversou com o ex-assessor após a exoneração deste. "Nem através de intermediários. Para mim, basta o que aconteceu."
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Entenda o caso Waldomiro Diniz
"Cometi um erro", diz José Dirceu sobre o caso Waldomiro Diniz
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O ministro-chefe da Casa Civil, José Dirceu, é capa da edição da revista "Veja" que circula neste fim de semana. Em entrevista sobre o caso Waldomiro Diniz, seu ex-assessor que foi flagrado em vídeo cobrando propina de uma empresário de loterias, Dirceu afirmou que cometeu "um erro", mas não um "ato ilícito".
"Cometi um erro e posso admiti-lo. Agora, não fiz nenhum ato ilícito", afirmou Dirceu. "Eu não vou sair do governo. Eu não tenho nenhuma relação com esse caso. Não participei, não apoiei, não tinha conhecimento."
Segundo o ministro, Waldomiro não foi afastado no ano passado, quando surgiram as primeiras denúncias contra o ex-assessor, porque o próprio funcionário do Planalto solicitou uma investigação.
"Eu acreditei nele", disse Dirceu. Ele afirmou também que Waldomiro foi investigado antes de ser nomeado, mas que nada constava contra ele.
Dirceu criticou a forma como está sendo feita o que chamou de "devassa" no governo Lula.
Ele confirmou a informação publicada pela Folha, de que pediu demissão na semana seguinte à revelação da fita. "Era meu dever. O cargo de ministro não é um emprego como qualquer outro (...) Mas ele, evidentemente, não aceitou."
Apesar disso, o ministro da Casa Civil afirmou que tem consciência de que irá "pagar um preço político" pelo desgaste causado pelas denúncias contra Waldomiro.
Dirceu se manifestou contrário à tentativa de instalar uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para investigar os bingos no país.
A reportagem cita a pesquisa Datafolha divulgada na última terça-feira, na qual 67% dos entrevistados disseram que Dirceu deve se afastar do cargo. Para 81%, deveria ser instalada uma CPI para investigar o caso.
Ele negou que Waldomiro fosse seu "braço direito" e afirmou que nunca mais conversou com o ex-assessor após a exoneração deste. "Nem através de intermediários. Para mim, basta o que aconteceu."
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