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07/09/2000 - 19h34

EJ pode ser investigado por comissão do Senado

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da Folha de S.Paulo

O ex-secretário-geral da Presidência da República Eduardo Jorge Caldas Pereira ainda não está totalmente livre de ser investigado pelo Senado.
A subcomissão que estava encarregada de apurar o desvio de recursos da obra do Fórum Trabalhista de São Paulo transferiu para outra comissão do Senado _a CFC (Comissão de Fiscalização e Controle)_ a tarefa de investigar as outras suspeitas contra EJ.

Há suspeitas de que o ex-secretário tenha utilizado sua influência no governo Fernando Henrique Cardoso para beneficiar interesses de empresas privadas.

A transferência da investigação foi um dos motivos do esvaziamento da subcomissão que era presidida por Renan Calheiros (PMDB-AL), que renunciou ao cargo ontem, mesmo dia em que a oposição abandonou os trabalhos.

A líder do Bloco da Oposição, Heloísa Helena (PT-AL), disse que o PT e o PDT vão cobrar da CFC a continuidade da apuração, mesmo que ela não tenha os poderes investigatórios de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito), como o de quebrar os sigilos bancário, fiscal e telefônico dos envolvidos.

A oposição acha improvável, mas a CFC poderá convidar para depor os ex-presidentes da Previ Jair Bilachi e do Serpro Sérgio de Otero Ribeiro e de três irmãos de EJ _Fernando, Marcos e Ruy Jorge Caldas.

Requerimentos propondo esses depoimentos foram encaminhados à CFC pela subcomissão. O presidente da CFC, Romero Jucá (PSDB-RR), disse que o caso será discutido na próxima semana.

O presidente e líder do PMDB, senador Jader Barbalho (PA), não vai indicar substituto para Calheiros na presidência da subcomissão. Na sua opinião, não interessa ao PMDB ser responsabilizado por uma operação para salvar o governo.

O senador Jefferson Péres (PDT-AM), ex-vice-presidente da subcomissão, disse que seu fracasso era uma "morte anunciada, conhecida e proclamada pela oposição". Segundo ele, a oposição nunca teve ilusão quanto ao resultado da investigação.

Para ele, a apuração do suposto envolvimento de EJ no caso TRT de São Paulo acabou. "Acho que nada mais será apurado. O governo está de parabéns e a sociedade, de pêsames", disse.

  • Leia mais sobre os casos TRT-SP e EJ no especial
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