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20/03/2004
-
05h03
ROGÉRIO PAGNAN
RUBENS VALENTE
da Folha de S.Paulo, em Ribeirão Preto
O vice-presidente-executivo do grupo Leão Leão, Rogério Tadeu Buratti, pediu ontem afastamento do cargo até a conclusão das investigações da sua suposta participação no escândalo Waldomiro Diniz. O pedido foi aceito, de acordo com a assessoria de imprensa da empresa.
Amanhã, a empresa publicará anúncio em jornais sobre o afastamento temporário de Buratti.
O afastamento ocorreu no mesmo dia em que a imprensa divulgou que Buratti tinha empresa em Jardinópolis, a BBS Consultores Associados Ltda., que utilizava o endereço da copeira Lourdes Perico Dias. Ela trabalha na sede da Leão Leão, em Ribeirão Preto.
A Folha apurou que dois diretores da empresa GTech Brasil afirmaram à Polícia Federal que a BBS foi a empresa sugerida por Buratti para assinar contrato com a GTech por um valor de R$ 6 milhões. A assinatura de um contrato de consultoria, segundo os diretores, foi condição sugerida pelo ex-assessor do Planalto Waldomiro Diniz para a renovação do contrato entre a GTech e a Caixa Econômica Federal.
Ontem, a Prefeitura de Jardinópolis enviou à Promotoria documentos sobre a empresa, entre eles guias de recolhimento de impostos e contratos sociais.
Segundo o contador José Henrique Barreira, contratado para a BBS por Buratti, a empresa fatura anualmente entre "R$ 200 mil e R$ 300 mil". Barreira diz que Buratti não é funcionário contratado pela empreiteira, mas consultor remunerado por meio da BBS, cujo maior é a Leão Leão. O cargo de Buratti é o segundo mais alto do grupo Leão Leão.
O grupo tem cerca de 1.900 funcionários e fatura anualmente cerca de R$ 170 milhões, segundo sua assessoria. É formado pela Leão Leão Ambiental, Leão Leão Infra-Estrutura e Serviços e Triângulo do Sol. A assessoria da Leão Leão não soube informar se o contrato com a BBS será mantido com o afastamento de Buratti.
Sobre a empresa em Jardinópolis, o contador alegou que isso ocorreu devido a menor carga tributária na cidade. A alíquota do ISS em Jardinópolis era, em 2000, de 1% do faturamento. Já em Ribeirão variava de 2% a 5%. Ainda na versão do contador, a copeira Lourdes foi escolhida por Buratti porque era de confiança e mora em Jardinópolis. Ele alega que não há irregularidade nisso.
A BBS, segundo Barreira, não mantém contratos com órgãos públicos. Ele não soube informar quantos contratos a BBS tem além do que mantém com a Leão Leão.
Ex-secretário se afasta do cargo na Leão Leão
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RUBENS VALENTE
da Folha de S.Paulo, em Ribeirão Preto
O vice-presidente-executivo do grupo Leão Leão, Rogério Tadeu Buratti, pediu ontem afastamento do cargo até a conclusão das investigações da sua suposta participação no escândalo Waldomiro Diniz. O pedido foi aceito, de acordo com a assessoria de imprensa da empresa.
Amanhã, a empresa publicará anúncio em jornais sobre o afastamento temporário de Buratti.
O afastamento ocorreu no mesmo dia em que a imprensa divulgou que Buratti tinha empresa em Jardinópolis, a BBS Consultores Associados Ltda., que utilizava o endereço da copeira Lourdes Perico Dias. Ela trabalha na sede da Leão Leão, em Ribeirão Preto.
A Folha apurou que dois diretores da empresa GTech Brasil afirmaram à Polícia Federal que a BBS foi a empresa sugerida por Buratti para assinar contrato com a GTech por um valor de R$ 6 milhões. A assinatura de um contrato de consultoria, segundo os diretores, foi condição sugerida pelo ex-assessor do Planalto Waldomiro Diniz para a renovação do contrato entre a GTech e a Caixa Econômica Federal.
Ontem, a Prefeitura de Jardinópolis enviou à Promotoria documentos sobre a empresa, entre eles guias de recolhimento de impostos e contratos sociais.
Segundo o contador José Henrique Barreira, contratado para a BBS por Buratti, a empresa fatura anualmente entre "R$ 200 mil e R$ 300 mil". Barreira diz que Buratti não é funcionário contratado pela empreiteira, mas consultor remunerado por meio da BBS, cujo maior é a Leão Leão. O cargo de Buratti é o segundo mais alto do grupo Leão Leão.
O grupo tem cerca de 1.900 funcionários e fatura anualmente cerca de R$ 170 milhões, segundo sua assessoria. É formado pela Leão Leão Ambiental, Leão Leão Infra-Estrutura e Serviços e Triângulo do Sol. A assessoria da Leão Leão não soube informar se o contrato com a BBS será mantido com o afastamento de Buratti.
Sobre a empresa em Jardinópolis, o contador alegou que isso ocorreu devido a menor carga tributária na cidade. A alíquota do ISS em Jardinópolis era, em 2000, de 1% do faturamento. Já em Ribeirão variava de 2% a 5%. Ainda na versão do contador, a copeira Lourdes foi escolhida por Buratti porque era de confiança e mora em Jardinópolis. Ele alega que não há irregularidade nisso.
A BBS, segundo Barreira, não mantém contratos com órgãos públicos. Ele não soube informar quantos contratos a BBS tem além do que mantém com a Leão Leão.
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