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31/03/2004 - 12h23

Nova fita reabre pressão por CPI do caso Waldomiro

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CAMILO TOSCANO
da Folha Online, em Brasília

A revelação de uma nova fita sobre o caso Waldomiro Diniz reacendeu as pressões pela abertura de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) no Senado. A oposição passou a manhã reafirmando que só uma CPI poderá esclarecer todos os detalhes do caso.

Ontem, reportagem do "Jornal Nacional", da Rede Globo, mostrou o subprocurador da República José Roberto Santoro tomando, na madrugada, depoimento extra-oficial do empresário do jogo Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira. Santoro tentava conseguir de Cachoeira a fita em que Waldomiro aparece cobrando propina e negociando dinheiro ilegal do empresário para campanhas eleitorais em 2002.

"Quero CPI para apurar o Santoro também", afirmou o senador Antero Paes de Barros (PSDB-MT), que recebeu a fita do encontro de Cachoeira e Waldomiro. "[A fita] estabelece a necessidade urgente de uma CPI. A gente vai ter que ouvir o Santoro, o ministro José Dirceu, o Waldormiro, apurar enfim esse mar de lama."

O líder do PFL no Senado, José Agripino (RN), descartou qualquer motivação política que envolva seu partido com a ação de Santoro. Para ele, o "fato inédito" na Procuradoria Geral da República reforça a necessidade de uma CPI.

"Levantou-se a suspeita de que a oposição estaria talvez envolvida no fato, na tentativa de derrubar o governo. Quem não deve não teme, e a oposição entende que esse fato reforça a tese da CPI para que se esclareça quem é quem no jogo do bicho", afirmou.

Governo

O líder do governo no Senado, Aloizio Mercadante (PT-SP), descartou a realização de uma CPI, mantendo a posição do governo de que não haja investigações feitas pelo Congresso Nacional do caso Waldomiro.

"Os dois casos serão investigados pelas autoridades competentes e ao Congresso cabe fazer seu trabalho e aprovar os projetos importantes que estão na pauta", afirmou.

Para o presidente do PT, José Genoino, o Senado não pode "legitimar a armação" montada para desestabilizar o governo. "Essa CPI nasceu eivada de legitimidade", disse.

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