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01/04/2004
-
15h19
da Folha Online
A Polícia Federal suspendeu as investigações do caso Waldomiro Diniz até que a Justiça decida se acata a denúncia do Ministério Público contra o ex-assessor da Casa Civil, dirigentes da Caixa Econômica Federal e funcionários da GTech --multinacional que opera o sistema lotérico do país.
Segundo a divisão de imprensa da PF, o delegado responsável pelo caso, Antonio César Nunes, retomará as investigações caso a Justiça considere os elementos da denúncia oferecida pelo Ministério Público inconsistentes.
Com a suspensão das investigações, os próximos depoimentos a serem tomados pelo delegado foram cancelados. Amanhã, seriam ouvidos o ex-secretário de Governo de Ribeirão Preto na gestão de Antonio Palocci Filho (atual ministro da Fazenda), Rogério Buratti, e a mulher dele, Elza Siqueira, além do advogado Enrico Gianelli.
Na última segunda-feira, o Ministério Público Federal denunciou nove pessoas por gestão fraudulenta e temerária de instituição financeira, sonegação de documentos, corrupção ativa e passiva e concussão por suposta prática desses crimes por ocasião da renovação do contrato da CEF com a GTech do Brasil para a gestão do sistema de loterias do país, um negócio de cerca de R$ 650 milhões em 25 meses.
Entre os denunciados estão o presidente do banco, Jorge Mattoso, o vice-presidente de Logística da instituição, Paulo Bretas, Waldomiro Diniz, além do consultor Rogério Buratti e do empresário do ramo de jogos Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira.
A denúncia decorre de uma das seis investigações sobre os negócios da GTech com a Caixa, e é originária da revelação de que Waldomiro pediu propina a Cachoeira para financiamento de campanhas eleitorais.
Os executivos Antonio Carlos da Rocha, ex-presidente da GTech, e Marcelo Rovai, diretor de Marketing da empresa, são denunciados por corrupção ativa.
O Ministério Público pediu à Justiça que conceda a eles e a Cachoeira os benefícios da lei que prevê redução de até dois terços da pena para os que, como eles, colaboraram voluntariamente com as investigações. Só o crime de gestão temerária pode dar até oito anos de reclusão e multa.
Com Agência Brasil e a Folha de S.Paulo
Especial
Saiba mais sobre o Caso Waldomiro
PF suspende investigações do caso Waldomiro
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A Polícia Federal suspendeu as investigações do caso Waldomiro Diniz até que a Justiça decida se acata a denúncia do Ministério Público contra o ex-assessor da Casa Civil, dirigentes da Caixa Econômica Federal e funcionários da GTech --multinacional que opera o sistema lotérico do país.
Segundo a divisão de imprensa da PF, o delegado responsável pelo caso, Antonio César Nunes, retomará as investigações caso a Justiça considere os elementos da denúncia oferecida pelo Ministério Público inconsistentes.
Com a suspensão das investigações, os próximos depoimentos a serem tomados pelo delegado foram cancelados. Amanhã, seriam ouvidos o ex-secretário de Governo de Ribeirão Preto na gestão de Antonio Palocci Filho (atual ministro da Fazenda), Rogério Buratti, e a mulher dele, Elza Siqueira, além do advogado Enrico Gianelli.
Na última segunda-feira, o Ministério Público Federal denunciou nove pessoas por gestão fraudulenta e temerária de instituição financeira, sonegação de documentos, corrupção ativa e passiva e concussão por suposta prática desses crimes por ocasião da renovação do contrato da CEF com a GTech do Brasil para a gestão do sistema de loterias do país, um negócio de cerca de R$ 650 milhões em 25 meses.
Entre os denunciados estão o presidente do banco, Jorge Mattoso, o vice-presidente de Logística da instituição, Paulo Bretas, Waldomiro Diniz, além do consultor Rogério Buratti e do empresário do ramo de jogos Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira.
A denúncia decorre de uma das seis investigações sobre os negócios da GTech com a Caixa, e é originária da revelação de que Waldomiro pediu propina a Cachoeira para financiamento de campanhas eleitorais.
Os executivos Antonio Carlos da Rocha, ex-presidente da GTech, e Marcelo Rovai, diretor de Marketing da empresa, são denunciados por corrupção ativa.
O Ministério Público pediu à Justiça que conceda a eles e a Cachoeira os benefícios da lei que prevê redução de até dois terços da pena para os que, como eles, colaboraram voluntariamente com as investigações. Só o crime de gestão temerária pode dar até oito anos de reclusão e multa.
Com Agência Brasil e a Folha de S.Paulo
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