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20/07/2009 - 10h44

Senado efetivou 82 estagiários sem concurso; tucano pede explicações

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CHRISTIAN BAINES
colaboração para a Folha Online, em Brasília

Quatro anos depois da promulgação da Constituição, que proíbe, desde 1988, nomeações sem concurso público, o Senado efetivou 82 estagiários da gráfica da Casa, transformando-os em servidores públicos federais.

A denúncia foi publicada neste domingo pelo jornal "O Estado de S. Paulo". Após investigações internas, o senador Arthur Virgílio (PSDB-AM) cobrou explicações da Primeira Secretaria do Senado sobre as contratações. Ele apresentou requerimento, mas ainda não recebeu uma resposta oficial.

"Na realidade, esse é só um dos requerimentos que eu fiz. Gostaria de ter resposta de todos", disse. Entre as outras solicitações, Virgílio pede mais detalhes do sistema de concessão de viagens para cursos no exterior aos comissionados e efetivos da Casa.

Agaciel era o diretor-executivo do Centro Gráfico do Senado na época e teria sido o responsável pela efetivação dos estagiários. Três anos depois, ele se tornou diretor-geral da Casa, cargo que deixou em março deste ano, após as denúncias publicadas pela Folha de que ele teria escondido da Justiça uma casa avaliada em R$ 5 milhões.

"Isso é caso de demissão do diretor-geral da época. A Constituição é muito clara em relação à contratação de servidores sem concurso público", afirmou Virgílio.

O primeiro-secretário do Senado, Heráclito Fortes (DEM-PI), estava em atendimento médico quando procurado pela reportagem. A Folha Online aguarda um retorno do senador para confirmar se a resposta do requerimento de Virgílio será entregue nesta terça-feira.

Segundo a reportagem do jornal "O Estado de S.Paulo", há um oficio assinado pelo então presidente do Senado e hoje deputado Mauro Benevides (PMDB-CE) autorizando Agaciel a efetivar os estagiários. A medida permaneceu até hoje, 17 anos depois, nas gavetas da Casa.

Comentários dos leitores
Freddy Grandke (250) 02/02/2010 10h27
Freddy Grandke (250) 02/02/2010 10h27
"servidores que ameaçam recorrer à Justiça contra a implantação do novo sistema por meio do Sindilegis (Sindicato dos Servidores do Poder Legislativo e do Tribunal de Contas da União)".
Quer dizer que apesar de ser funcionário "público" eles não querem estar sob controle. Demitam todos e ai eles vão ver como era bom ser funcionário público.
sem opinião
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Washington Marques (129) 02/02/2010 09h57
Washington Marques (129) 02/02/2010 09h57
A Galera que vai trabalhar na campanha dos senadores para a releição ficaram fora do ponto eletronico. No Senado Federal, quanto maior o cargo do funcionário e do Senador, é que a fiscalização tem que ser maior, uma vez que na rede da tranbicagem peixe pequeno não entra. sem opinião
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Plinio Vieira Soares (2) 01/02/2010 22h54
Plinio Vieira Soares (2) 01/02/2010 22h54
É lamentavel que o ex presidente Jose Sarney nao tenha o menor apesso pela sua biografia; Um politico sem carisma, que para se manter no poder negociou com todos os governos possiveis e aceitou as maiores torpezas podia ao menos na velhice respeitar o papel de homem da transiçao democratica e nao terminar assim como uma das maiores vergonhas da classe politica.
Esta promessa de ponto eletronicao é como a de reforma administrativa no Senado, se o Senado fosse uma empresa ja teria quebrado, sua eficiencia é vergonha para os cidadãos.
Se nosso sistema politico exigisse um numero minimo de votos sem os quais nao se elegeriam um politico poderiamos ter uma camara com 500, ou com 400, ou 300 ou 200 representaantes.
O ex presidente deveria se retirar para Ilha do Calhau e rezar para que o país o esquecesse.
sem opinião
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