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02/04/2004
-
12h17
RICARDO MIGNONE
da Folha Online, em Brasília
A Polícia Federal anunciou hoje o encerramento do inquérito instaurado para investigar o caso Waldomiro Diniz. O processo, de acordo com o delegado Antonio César Nunes, fica inacabado devido à denúncia apresentada pelo Ministério Público.
"Com o oferecimento da denúncia pelo Ministério Público, e caso ela venha a ser aceita, não cabe mais à Polícia Federal dar prosseguimento às investigações. O inquérito, para nós, está encerrado se a denúncia for aceita", disse o delegado.
Segundo Nunes, o resultado das investigações feitas até agora só permitiriam o indiciamento de Waldomiro por tráfico de influência. O inquérito, no entanto, nem isso pede.
O relatório final aponta que ficou faltando concluir exames periciais da fita de vídeo na qual Waldomiro aparece negociando propina com o empresário do jogo Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, assim como colher depoimentos de várias pessoas envolvidas no caso, analisar os documentos de quebra de sigilo fiscal, bancário e telefônico e os registros de entrada e saída da sede da Caixa Econômica Federal.
Denúncia
Na última segunda-feira, o Ministério Público Federal denunciou nove pessoas por gestão fraudulenta e temerária de instituição financeira, sonegação de documentos, corrupção ativa e passiva e concussão por suposta prática desses crimes por ocasião da renovação do contrato da CEF com a GTech do Brasil para a gestão do sistema de loterias do país, um negócio de cerca de R$ 650 milhões em 25 meses.
Entre os denunciados estão o presidente do banco, Jorge Mattoso, o vice-presidente de Logística da instituição, Paulo Bretas, Waldomiro Diniz, além do consultor Rogério Buratti e do empresário Carlinhos Cachoeira.
A denúncia decorre de uma das seis investigações sobre os negócios da GTech com a Caixa, e é originária da revelação de que Waldomiro pediu propina a Cachoeira para financiamento de campanhas eleitorais.
Os executivos Antonio Carlos da Rocha, ex-presidente da GTech, e Marcelo Rovai, diretor de Marketing da empresa, são denunciados por corrupção ativa.
O Ministério Público pediu à Justiça que conceda a eles e a Cachoeira os benefícios da lei que prevê redução de até dois terços da pena para os que, como eles, colaboraram voluntariamente com as investigações. Só o crime de gestão temerária pode dar até oito anos de reclusão e multa.
PF anuncia fim do inquérito "inacabado" do caso Waldomiro
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da Folha Online, em Brasília
A Polícia Federal anunciou hoje o encerramento do inquérito instaurado para investigar o caso Waldomiro Diniz. O processo, de acordo com o delegado Antonio César Nunes, fica inacabado devido à denúncia apresentada pelo Ministério Público.
"Com o oferecimento da denúncia pelo Ministério Público, e caso ela venha a ser aceita, não cabe mais à Polícia Federal dar prosseguimento às investigações. O inquérito, para nós, está encerrado se a denúncia for aceita", disse o delegado.
Segundo Nunes, o resultado das investigações feitas até agora só permitiriam o indiciamento de Waldomiro por tráfico de influência. O inquérito, no entanto, nem isso pede.
O relatório final aponta que ficou faltando concluir exames periciais da fita de vídeo na qual Waldomiro aparece negociando propina com o empresário do jogo Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, assim como colher depoimentos de várias pessoas envolvidas no caso, analisar os documentos de quebra de sigilo fiscal, bancário e telefônico e os registros de entrada e saída da sede da Caixa Econômica Federal.
Denúncia
Na última segunda-feira, o Ministério Público Federal denunciou nove pessoas por gestão fraudulenta e temerária de instituição financeira, sonegação de documentos, corrupção ativa e passiva e concussão por suposta prática desses crimes por ocasião da renovação do contrato da CEF com a GTech do Brasil para a gestão do sistema de loterias do país, um negócio de cerca de R$ 650 milhões em 25 meses.
Entre os denunciados estão o presidente do banco, Jorge Mattoso, o vice-presidente de Logística da instituição, Paulo Bretas, Waldomiro Diniz, além do consultor Rogério Buratti e do empresário Carlinhos Cachoeira.
A denúncia decorre de uma das seis investigações sobre os negócios da GTech com a Caixa, e é originária da revelação de que Waldomiro pediu propina a Cachoeira para financiamento de campanhas eleitorais.
Os executivos Antonio Carlos da Rocha, ex-presidente da GTech, e Marcelo Rovai, diretor de Marketing da empresa, são denunciados por corrupção ativa.
O Ministério Público pediu à Justiça que conceda a eles e a Cachoeira os benefícios da lei que prevê redução de até dois terços da pena para os que, como eles, colaboraram voluntariamente com as investigações. Só o crime de gestão temerária pode dar até oito anos de reclusão e multa.
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