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21/07/2009 - 12h33

Demóstenes prepara parecer para declarar inconstitucional contratação de 82 estagiários

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MÁRCIO FALCÃO
da Folha Online, em Brasília

O presidente da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado, Demóstenes Torres (DEM-GO), encomendou um parecer técnico de assessores para declarar inconstitucional a contratação de 82 estagiários como efetivos na gráfica do Senado em 1992, quando já não era permitida a nomeação de funcionários sem concurso público --o chamado "trem da alegria".

Segundo a avaliação de técnicos da Diretoria Geral do Senado, a CCJ é a instância mais adequada para investigar o caso, porque, na época, a contratação dos estagiários recebeu um parecer favorável da comissão. Interlocutores do democrata disseram que se o caso for repassado para análise da CCJ, o senador deve determinar que ele seja o relator da investigação e sustentar que a medida foi irregular.

A outra opção lançada pela Diretoria Geral seria abrir uma sindicância interna para discutir essas contratações. A sindicância, no entanto, só teria a atribuição de descobrir se houve mesmo chancela da CCJ.

O primeiro-secretário do Senado, senador Heráclito Fortes (DEM-PI), vai conversar com os funcionários da gráfica hoje e decidir de que maneira vai investigar a denúncia.

A contratação foi autorizada pelo então presidente do Senado, Mauro Benevides (PMDB-CE), atualmente deputado federal. A diretoria também informou que dos 82 estagiários efetivados, sete já estão aposentados e seis morreram --neste caso, os parentes recebem pensão. A decisão de transformar em cargos efetivos as vagas de estágio permaneceu escondida durante 17 anos.

Ofício assinado em 1991 por Benevides autorizava Agaciel Maia, então diretor-executivo da gráfica, a efetivar os estagiários no ano seguinte --quatro anos depois da promulgação da Constituição, que proíbe, desde 1988, nomeações sem concurso público. A denúncia foi publicada ontem pelo jornal "O Estado de S. Paulo".

Em 1995, três anos depois da contratação dos estagiários, Agaciel tornou-se diretor-geral do Senado por indicação do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP). Ele deixou o cargo em março deste ano, após as denúncias publicadas pela Folha de que ele teria escondido da Justiça uma casa avaliada em R$ 5 milhões.

Comentários dos leitores
Freddy Grandke (250) 02/02/2010 10h27
Freddy Grandke (250) 02/02/2010 10h27
"servidores que ameaçam recorrer à Justiça contra a implantação do novo sistema por meio do Sindilegis (Sindicato dos Servidores do Poder Legislativo e do Tribunal de Contas da União)".
Quer dizer que apesar de ser funcionário "público" eles não querem estar sob controle. Demitam todos e ai eles vão ver como era bom ser funcionário público.
sem opinião
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Washington Marques (129) 02/02/2010 09h57
Washington Marques (129) 02/02/2010 09h57
A Galera que vai trabalhar na campanha dos senadores para a releição ficaram fora do ponto eletronico. No Senado Federal, quanto maior o cargo do funcionário e do Senador, é que a fiscalização tem que ser maior, uma vez que na rede da tranbicagem peixe pequeno não entra. sem opinião
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Plinio Vieira Soares (2) 01/02/2010 22h54
Plinio Vieira Soares (2) 01/02/2010 22h54
É lamentavel que o ex presidente Jose Sarney nao tenha o menor apesso pela sua biografia; Um politico sem carisma, que para se manter no poder negociou com todos os governos possiveis e aceitou as maiores torpezas podia ao menos na velhice respeitar o papel de homem da transiçao democratica e nao terminar assim como uma das maiores vergonhas da classe politica.
Esta promessa de ponto eletronicao é como a de reforma administrativa no Senado, se o Senado fosse uma empresa ja teria quebrado, sua eficiencia é vergonha para os cidadãos.
Se nosso sistema politico exigisse um numero minimo de votos sem os quais nao se elegeriam um politico poderiamos ter uma camara com 500, ou com 400, ou 300 ou 200 representaantes.
O ex presidente deveria se retirar para Ilha do Calhau e rezar para que o país o esquecesse.
sem opinião
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