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15/04/2004 - 15h55

Waldomiro nega fraude na publicidade da Loterj

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VINÍCIUS QUEIROZ GALVÃO
Enviado especial ao Rio

Em depoimento secreto nesta quinta-feira ao Ministério Público do Rio, Waldomiro Diniz, ex-presidente da Loterj (Loteria do Estado do Rio) e ex-assessor da Presidência da República, negou a existência de fraude no pagamento de publicidade da empresa, afirmando que, para isso, "toda a contabilidade teria que ser alterada".

A promotoria investiga supostos desvios entre R$ 50 mil e R$ 100 mil no pagamento de outdoors da Loterj durante sua gestão, de fevereiro de 2001 a dezembro de 2002.

Segundo Waldomiro, "seria impossível ocorrer fraude, a não ser que todo o serviço [de publicidade] não fosse executado" ou "que houvesse fraude na quase totalidade do serviço prestado". A Folha Online teve acesso à integra da cópia do depoimento.

Marcada para a última terça-feira (13), mesmo dia em que foi ouvido pela CPI da Assembléia do Rio que investiga supostas irregularidades na Loterj, a escuta de Waldomiro foi adiada para ontem e, a pedido da defesa, a imprensa não foi informada.

Ele ratificou ainda que foi indicado para a presidência da Loterj pelo ex-governador do Rio Anthony Garotinho (PMDB, então PSB - 1999 a abril de 2002) e que manteve "contatos esporádicos" com o deputado Bispo Rodrigues (PL-RJ), que, segundo outras versões, seria o responsável por sua nomeação.

Nesta investigação Waldomiro é testemunha, e não réu. Diferentemente do depoimento da Polícia Federal, quando disse que só falaria em juízo, ele respondeu a todas as perguntas, durante cerca de uma hora.

No registro de entrada do prédio do Ministério Público, Waldomiro informou ser "funcionário público", mesmo tendo sido exonerado do cargo de confiança do governo Luiz Inácio Lula da Silva em 13 de fevereiro deste ano, quando foi divulgada uma fita em que ele aparece pedindo propina e contribuição de campanha ao empresário do jogo Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira.

Com o depoimento de Waldomiro, o Ministério Público do Rio encerrou a investigação e requereu a instalação de inquérito na polícia civil.
 

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