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DEM quer adotar posição mais dura e pode propor mais uma ação contra Sarney
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MÁRCIO FALCÃO
da Folha Online, em Brasília
O líder do DEM no Senado, José Agripino Maia (RN), vai propor nesta terça-feira que a sua bancada adote um discurso mais duro em relação à crise que atinge a imagem da instituição, defendendo a renúncia do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP).
Na reunião marcada para o início da tarde de hoje, Agripino vai propor ainda que o DEM apresente mais uma representação por quebra de decoro parlamentar contra Sarney no Conselho de Ética da Casa.
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Segundo Agripino, o embate de ontem no plenário, entre o líder do PMDB, Renan Calheiros (AL), o senador Fernando Collor (PTB-AL) e o senador Pedro Simon (PMDB-RS), sobre a permanência de Sarney no cargo, mostra que a crise foi personificada no peemedebista e, por isso, ele precisaria deixar o comando da Casa para evitar uma "destruição" maior do Senado.
"Vou propor para a bancada que nós avançamos para o pedido de renúncia do presidente do Senado. Decidimos nos mês passado que ele se afastasse para dar legitimidade às investigações, mas ele não nós ouviu e não apresentou justificativa. Portanto, temos que discutir a proposta de renúncia do presidente Sarney. O clima está tenso, o bate-boca de ontem mostrou que a situação pode ficar ainda pior", disse.
Caso o DEM confirme a representação, Sarney será alvo de 12 acusações no Conselho de Ética. A nova denúncia seria por causa da suspeita de que ele vendeu em 2002 terras compradas um ano antes de um comerciante morto em 1996. Reportagem da Folha, publicada no fim de semana, mostra que o negócio pode configurar a prática de crimes como falsidade ideológica e estelionato.
Afirmando ser "legítimo possuidor e proprietário", Sarney negociou o terreno registrado no nome de seu ajudante de ordem Wanderley Ferreira de Azevedo. A área, de 33,88 hectares (equivalente a 33 campos de futebol), é parte do sítio São José do Pericumã, na divisa de Goiás com o Distrito Federal. "Há fatos novos. Só vamos avaliar qual o melhor caminho para seguirmos", afirmou.
O DEM pode desistir de apresentar uma denúncia para tentar garantir a relatoria de um dos processos contra o peemedebista no conselho, sendo que, pelas normas internas do colegiado, o partido que entrega uma representação não pode indicar o relator para casos contra o parlamentar que esteja em avaliação.
Principal fiador da campanha que elegeu Sarney para a presidência do Senado, o DEM iniciou o movimento em defesa do afastamento do peemedebista do cargo e foi seguido pelo PSDB e PDT.
Na época, Agripino justificou que o afastamento de Sarney era necessário para dar credibilidade às investigações do Ministério Público, do TCU (Tribunal de Contas da União) e da Polícia Federal.
"O DEM apoia claramente o pedido de licença do presidente Sarney até que a investigação apresente resultados. As investigações precisam ser transparentes e ter credibilidade", disse.
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Quer dizer que apesar de ser funcionário "público" eles não querem estar sob controle. Demitam todos e ai eles vão ver como era bom ser funcionário público.
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Esta promessa de ponto eletronicao é como a de reforma administrativa no Senado, se o Senado fosse uma empresa ja teria quebrado, sua eficiencia é vergonha para os cidadãos.
Se nosso sistema politico exigisse um numero minimo de votos sem os quais nao se elegeriam um politico poderiamos ter uma camara com 500, ou com 400, ou 300 ou 200 representaantes.
O ex presidente deveria se retirar para Ilha do Calhau e rezar para que o país o esquecesse.
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