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Líder do governo no Senado diz que briga política não pode virar briga de rua
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MÁRCIO FALCÃO
da Folha Online, em Brasília
Um dia após senadores protagonizarem no plenário do Senado um embate em torno da permanência de José Sarney (PMDB-AP) na presidência da Casa, o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), disse que discussões fazem parte da política, mas não podem ser transformadas em briga de rua. Jucá afirmou ainda que a crise é uma questão interna e o governo não vai interferir.
"Temos que ter tranquilidade e cabeça fria para colocarmos a Casa nos eixos e tratar das questões políticas com responsabilidade. É pela política que se resolve essas questões. Enquanto for briga política, faz parte da democracia, agora só não pode virar briga de rua. São agressões de parte a parte que não levam a nada", afirmou.
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Jucá participa da reunião de líderes do governo e da oposição que avalia a estratégia do PMDB de partir para o ataque e não deixar sem resposta as acusações contra Sarney. O líder do governo afirmou que o governo não pretende interferir na crise do Senado. "Vim esclarecer a posição do governo nesta questão. É um processo interno, sem interferência do governo", disse.
Segundo reportagem da Folha, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva reforçou, nos bastidores, ações para manter o peemedebista na presidência do Senado. Na avaliação de Lula, a queda de Sarney traria risco de ruptura da aliança entre PT e PMDB, sustentáculo do governo para enfrentar a CPI da Petrobras no Senado e embrião da eventual candidatura presidencial da ministra Dilma Rousseff (Casa Civil).
A temperatura no plenário do Senado ontem aumentou quando o senador Pedro Simon (PMDB-RS) voltou a defender o afastamento de Sarney. O líder do PMDB, Renan Calheiros (AL), respondeu e disse que ele tinha ressentimento de Sarney por ele ter sido indicado para ser vice do ex-presidente Tancredo Neves e tinha como "esporte preferido nos últimos 35 anos" falar mal de Sarney.
Simon disse que Renan "inventava" acusações contra ele para defender Sarney. O líder do PMDB, por sua vez, disse que Simon não tem autoridade para criticar o presidente do Senado porque, nos bastidores, fez um apelo para que Sarney disputasse o cargo com o petista Tião Viana (AC).
O tom da discussão subiu ainda mais quando o senador Fernando Collor (PTB-AL) resolveu rebater as citações de seu nome por Simon. Irritado, o ex-presidente partiu para o ataque depois que o peemedebista lembrou que o ex-presidente havia lhe convidado para ser vice-presidente na sua chapa.
Collor também atacou Simon e pediu para o senador "engolir suas palavras". "São palavras que não aceito sobre mim e minhas relações políticas. São palavras que eu quero que o senhor as engula e as digira como achar conveniente. As minhas relações com o senador Renan Calheiros são relações conhecidas, são relações das quais em nenhum momento eu me arrependi. Estivemos distantes em alguns momentos, estamos juntos em outros momentos", atacou.
O ex-presidente ameaçou Simon ao afirmar que, se o peemedebista continuar mencionando o seu nome indevidamente, vai vir a público revelar informações que podem comprometer o senador.
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Quer dizer que apesar de ser funcionário "público" eles não querem estar sob controle. Demitam todos e ai eles vão ver como era bom ser funcionário público.
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Esta promessa de ponto eletronicao é como a de reforma administrativa no Senado, se o Senado fosse uma empresa ja teria quebrado, sua eficiencia é vergonha para os cidadãos.
Se nosso sistema politico exigisse um numero minimo de votos sem os quais nao se elegeriam um politico poderiamos ter uma camara com 500, ou com 400, ou 300 ou 200 representaantes.
O ex presidente deveria se retirar para Ilha do Calhau e rezar para que o país o esquecesse.
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