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29/04/2004
-
20h43
PAULO PEIXOTO
da Agência Folha, em Belo Horizonte
Aécio Neves (PSDB) selou hoje uma "aliança política", expressão do governador de Minas Gerais, com Itamar Franco (PMDB), ex-presidente da República e embaixador do Brasil na Itália, de forma que, a partir de agora, eles agirão juntos, regional e nacionalmente. Essa aliança já valerá para a eleição municipal, mas o objetivo principal dela é a longo prazo, conforme apurou a Agência Folha.
Ao formar essa aliança com o seu antecessor no governo de Minas, Aécio procura avançar com o seu projeto de união política de Minas Gerais, buscando repetir o seu avô Tancredo Neves.
Tancredo uniu Minas antes de consolidar seu projeto político de chegar à Presidência da República via colégio eleitoral, em 1985, mas morreu sem tomar posse.
O objetivo de Aécio é, a partir de um Estado politicamente forte no cenário nacional --e para isso ele conta inclusive com setores do PT mineiro, como o ligado ao prefeito de Belo Horizonte, Fernando Pimentel--, poder influir nas decisões políticas e econômicas do país. A defesa de uma constituinte exclusiva para rediscutir o pacto federativo, com reforma tributária, faz parte disso.
"É um compromisso inabalável e definitivo em todas as questões que dizem respeito a Minas e ao país. Estamos construindo uma sólida aliança política, que, tenho certeza, repercutirá fora e dentro do Estado", disse Aécio.
"Qual for o nosso destino, nós estaremos juntos, e vacinados contra qualquer indivíduo, contra qualquer pessoa que tentar desunir o que nós, a partir desse instante, fixamos", afirmou Itamar.
Ele disse que, no encontro de mais de duas horas, conversaram sobre a situação atual do país e que a conclusão é de "preocupação", mas também de "sentimento" de que é preciso "ajudar o governo a corrigir rumos".
"Às vezes o norte está apontado para a direção errada. A bússola às vezes está descompensada. O governo precisa, em determinados aspectos de ordem econômica, política e social, compensar sua bússola", disse Itamar.
Depois de dizer que eles voltarão a se reunir novamente no próximo dia 13 para analisar "o rumo" do país, Itamar afirmou que, se o país não crescer, não haverá desenvolvimento e o desemprego atingirá "todas as camadas" da população.
Aécio e Itamar formam "aliança" em busca de influência política
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da Agência Folha, em Belo Horizonte
Aécio Neves (PSDB) selou hoje uma "aliança política", expressão do governador de Minas Gerais, com Itamar Franco (PMDB), ex-presidente da República e embaixador do Brasil na Itália, de forma que, a partir de agora, eles agirão juntos, regional e nacionalmente. Essa aliança já valerá para a eleição municipal, mas o objetivo principal dela é a longo prazo, conforme apurou a Agência Folha.
Ao formar essa aliança com o seu antecessor no governo de Minas, Aécio procura avançar com o seu projeto de união política de Minas Gerais, buscando repetir o seu avô Tancredo Neves.
Tancredo uniu Minas antes de consolidar seu projeto político de chegar à Presidência da República via colégio eleitoral, em 1985, mas morreu sem tomar posse.
O objetivo de Aécio é, a partir de um Estado politicamente forte no cenário nacional --e para isso ele conta inclusive com setores do PT mineiro, como o ligado ao prefeito de Belo Horizonte, Fernando Pimentel--, poder influir nas decisões políticas e econômicas do país. A defesa de uma constituinte exclusiva para rediscutir o pacto federativo, com reforma tributária, faz parte disso.
"É um compromisso inabalável e definitivo em todas as questões que dizem respeito a Minas e ao país. Estamos construindo uma sólida aliança política, que, tenho certeza, repercutirá fora e dentro do Estado", disse Aécio.
"Qual for o nosso destino, nós estaremos juntos, e vacinados contra qualquer indivíduo, contra qualquer pessoa que tentar desunir o que nós, a partir desse instante, fixamos", afirmou Itamar.
Ele disse que, no encontro de mais de duas horas, conversaram sobre a situação atual do país e que a conclusão é de "preocupação", mas também de "sentimento" de que é preciso "ajudar o governo a corrigir rumos".
"Às vezes o norte está apontado para a direção errada. A bússola às vezes está descompensada. O governo precisa, em determinados aspectos de ordem econômica, política e social, compensar sua bússola", disse Itamar.
Depois de dizer que eles voltarão a se reunir novamente no próximo dia 13 para analisar "o rumo" do país, Itamar afirmou que, se o país não crescer, não haverá desenvolvimento e o desemprego atingirá "todas as camadas" da população.
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