Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
11/09/2000 - 13h47

João Leite (PSDB-MG) se diz mais ligado ao PT que ao presidente

Publicidade

da Agência Folha
em Belo Horizonte

Deputado estadual mais votado em Minas nas últimas eleições, o ex-goleiro do Atlético-MG João Leite (PSDB), 44, procura afastar qualquer semelhança política com o presidente Fernando Henrique Cardoso, de seu partido.

Leite, que está em segundo lugar, de acordo com a última pesquisa do Datafolha, com 22%, diz não ter relações com FHC.

O candidato tucano afirmou que sua candidatura não será prejudicada por causa do apoio do candidato do PL ao seu principal rival. (RB)

Agência Folha - O sr. é do mesmo partido do presidente, mas tem se mostrado irritado quando os adversários dizem isso. Por quê?
João Leite - Não me irrito. Não consigo visualizar essa ligação. O cargo administrativo que eu tive (secretário de Esporte da Prefeitura de BH), que ocupei por quase dois anos, foi no governo do PT. Depois, presidi a Comissão de Direitos Humanos da Assembléia, CPIs, propus várias legislações, todas muito voltadas para a área social. Então, a minha história é ligada à idéia social-democrata. Não consigo ter essa ligação com o presidente, com a aliança que ele fez para governar. Isso está demonstrado pela nossa proposta para a cidade. Tenho trajetória e pensamentos diferentes.
Tentam encontrar uma foto minha com o presidente, uma filmagem. Não existe. Essa ligação executiva que eles tentam criar eu tenho é com o PT.


Agência Folha - O governador Itamar Franco disse que apóia em BH, no segundo turno, qualquer candidato que concorra contra o PSDB.
Leite - Eu tenho sido oposição a ele na Assembléia Legislativa, apesar de não ser uma oposição burra, de votar contra os interesses de Minas. Eu respeito a posição dele, só que estarei sempre, se for eleito, buscando institucionalmente a discussão.


Agência Folha - Qual a principal crítica que o sr. faz ao prefeito Célio de Castro?
Leite - Eu o respeito muito, mas ele nos traz surpresa sendo candidato à reeleição. Ele foi um crítico mais do que duro da reeleição, denunciou o uso da máquina e aqui ele já foi condenado pela Justiça Eleitoral em relação às placas da prefeitura, que teve de retirar.


Agência Folha - O sr. vê alguma qualidade no prefeito?
Leite - Sua trajetória na cidade como médico, sua contribuição como deputado, tendo em vista que ele foi deputado constituinte.


Agência Folha - Quais suas principais propostas para BH?
Leite - Proponho uma inversão de prioridades. Vamos implantar o programa de saúde da família, já que BH é uma das poucas capitais que não têm, e informatizar os postos de saúde e hospitais de atendimento mais complexo.
Outra questão é o saneamento básico: 80% das 400 mil pessoas que vivem nas vilas e favelas da cidade não têm esgoto e 60% não têm água encanada.
Há também a questão da educação. Temos hoje 230 mil crianças fora da pré-escola. Isso é muito grave. Além disso, há a proposta da criação da secretaria antidrogas. A maioria dos crimes violentos que acontecem em BH tem ligação com as drogas e nós estamos propondo uma secretaria que coordenará ações para a gente combater preventivamente o uso das drogas em BH.


Agência Folha - Como o sr. vê a desistência do candidato Cabo Júlio (PL) em favor de Célio de Castro?
Leite - É no mínimo estranho o que aconteceu. O Célio havia anunciado que o candidato Cabo Júlio tinha o apoio do presidente FHC. Além disso, o Cabo Júlio sempre se posicionou contra o candidato Célio.


Agência Folha - Essa composição vai prejudicar a sua candidatura?
Leite - O PL veio com uma proposta de se integrar à nossa campanha. Vamos fechar na segunda (hoje) o apoio dos 55 candidatos a vereador do PL. Isso reverterá em votos para a minha candidatura.

  • Leia mais no especial Eleições Online.

    Clique aqui para ler mais sobre política na Folha Online.

  •  

    Publicidade

    Publicidade

    Publicidade


    Voltar ao topo da página