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PF encerra formalmente investigação da máfia da sanguessuga
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RODRIGO VARGAS
da Agência Folha, em Cuiabá
A Polícia Federal de Mato Grosso encerrou formalmente ontem as investigações da "máfia das ambulâncias", esquema que fraudava licitações de equipamentos hospitalares e que foi desmontado na Operação Sanguessuga, em 2006.
Ao todo, segundo a PF, 136 inquéritos foram abertos no Estado --dos quais ainda restam oito por concluir-- e levaram ao indiciamento de 435 pessoas, sendo 33 ex-congressistas, 71 ex-prefeitos e 354 ex-integrantes de comissões de licitação, assessores parlamentares e terceiros que colaboraram com o esquema.
Chefiada pelos empresários Darci e Luiz Antônio Vedoin, donos da empresa Planam, a máfia negociava e pagava propina a congressistas em troca da liberação de emendas para a compra de ambulâncias e equipamentos hospitalares a municípios já cooptados.
As licitações eram direcionadas e vencidas com preços superfaturados em até 120% o valor de mercado. A PF estima que mais de mil ambulâncias tenham sido fornecidas dessa maneira desde 2001, quando o esquema começou a ser operado.
Segundo o delegado Paulo Repetto, que chefiou o trabalho, a investigação foi facilitada pelo acordo de delação premiada firmado pela família Vedoin em 2006. Por meio destas revelações, segundo ele, foi possível determinar a maior parte dos congressistas que recebeu para favorecer o grupo.
Os inquéritos concluídos são encaminhados ao Ministério Público Federal, que, a partir deles, já denunciou 285 pessoas por envolvimento no esquema --sendo 20 ex-prefeitos e 49 ex-deputados federais.
Leia mais sobre a máfia das sanguessugas
- Polícia Federal conclui 94% dos inquéritos da Operação Sanguessuga
- Ministério Público denúncia dez ex-prefeitos por envolvimento na máfia das sanguessugas
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