Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
08/08/2009 - 08h33

PF encerra formalmente investigação da máfia da sanguessuga

Publicidade

RODRIGO VARGAS
da Agência Folha, em Cuiabá

A Polícia Federal de Mato Grosso encerrou formalmente ontem as investigações da "máfia das ambulâncias", esquema que fraudava licitações de equipamentos hospitalares e que foi desmontado na Operação Sanguessuga, em 2006.

Ao todo, segundo a PF, 136 inquéritos foram abertos no Estado --dos quais ainda restam oito por concluir-- e levaram ao indiciamento de 435 pessoas, sendo 33 ex-congressistas, 71 ex-prefeitos e 354 ex-integrantes de comissões de licitação, assessores parlamentares e terceiros que colaboraram com o esquema.

Chefiada pelos empresários Darci e Luiz Antônio Vedoin, donos da empresa Planam, a máfia negociava e pagava propina a congressistas em troca da liberação de emendas para a compra de ambulâncias e equipamentos hospitalares a municípios já cooptados.

As licitações eram direcionadas e vencidas com preços superfaturados em até 120% o valor de mercado. A PF estima que mais de mil ambulâncias tenham sido fornecidas dessa maneira desde 2001, quando o esquema começou a ser operado.

Segundo o delegado Paulo Repetto, que chefiou o trabalho, a investigação foi facilitada pelo acordo de delação premiada firmado pela família Vedoin em 2006. Por meio destas revelações, segundo ele, foi possível determinar a maior parte dos congressistas que recebeu para favorecer o grupo.

Os inquéritos concluídos são encaminhados ao Ministério Público Federal, que, a partir deles, já denunciou 285 pessoas por envolvimento no esquema --sendo 20 ex-prefeitos e 49 ex-deputados federais.

 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página