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11/05/2004
-
19h56
SÍLVIA FREIRE
da Agência Folha
O juiz Aírton Luna Tenório, de Maragogi (AL), decretou hoje a prisão preventiva do agricultor César Aparecido da Silva, 30, do assentamento Samba, para que a Polícia Federal investigue o suposto envolvimento dele com as Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia).
Silva foi preso hoje pela manhã e encaminhado à Superintendência da PF, em Maceió.
Na última sexta-feira, a Polícia Civil encontrou na casa do agricultor --que é ligado ao MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra)-- três quadros com fotos de guerrilheiros das Farc, uma espingarda e munição.
Naquele dia, Silva foi autuado por porte irregular de arma, teve a prisão decretada, mas foi solto mediante pagamento de fiança determinada pelo juiz.
Ontem, o juiz decretou a prisão preventiva do agricultor com base nas fotos apreendidas.
"Ontem, quando chegou o inquérito sobre ele [Silva] e vi o material que foi apreendido, achei prudente decretar a [prisão] preventiva para averiguação", disse Tenório.
O coordenador estadual do MST em Alagoas, José Roberto Silva, negou que o movimento tenha ligações com guerrilheiros. Silva disse que o juiz persegue o movimento
"O método das Farc [de seqüestrar pessoas] não é o método do MST. Precisamos ganhar a simpatia da sociedade", disse José Roberto Silva.
O juiz nega que haja perseguição e disse que faz seu trabalho.
Segundo Tenório, ele solicitou que o caso fosse investigado pela Polícia Federal pois afirmou que o governo do Estado protege os sem-terra.
"Este indivíduo [Silva], responde processo por tráfico de entorpecentes em Pernambuco. Como sei que as Farc negociam entorpecentes por armas. E isso todo mundo fala. Fiquei preocupado com a omissão do governo estadual, por isso solicitei ajuda à Polícia Federal", disse o juiz.
O Secretário de Defesa Social de Alagoas, Robervaldo Davino, disse que o Estado criou dentro da Polícia Militar o Centro de Gerenciamento de Crises que "serve de intermediador com o movimento [social]", com base em um provimento (instrução) do Tribunal de Justiça do Estado.
"O juiz discorda desse provimento e fica dizendo que o governo protege [os sem-terra]", disse o secretário.
Assentado do MST é preso por suposta ligação com as Farc
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da Agência Folha
O juiz Aírton Luna Tenório, de Maragogi (AL), decretou hoje a prisão preventiva do agricultor César Aparecido da Silva, 30, do assentamento Samba, para que a Polícia Federal investigue o suposto envolvimento dele com as Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia).
Silva foi preso hoje pela manhã e encaminhado à Superintendência da PF, em Maceió.
Na última sexta-feira, a Polícia Civil encontrou na casa do agricultor --que é ligado ao MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra)-- três quadros com fotos de guerrilheiros das Farc, uma espingarda e munição.
Naquele dia, Silva foi autuado por porte irregular de arma, teve a prisão decretada, mas foi solto mediante pagamento de fiança determinada pelo juiz.
Ontem, o juiz decretou a prisão preventiva do agricultor com base nas fotos apreendidas.
"Ontem, quando chegou o inquérito sobre ele [Silva] e vi o material que foi apreendido, achei prudente decretar a [prisão] preventiva para averiguação", disse Tenório.
O coordenador estadual do MST em Alagoas, José Roberto Silva, negou que o movimento tenha ligações com guerrilheiros. Silva disse que o juiz persegue o movimento
"O método das Farc [de seqüestrar pessoas] não é o método do MST. Precisamos ganhar a simpatia da sociedade", disse José Roberto Silva.
O juiz nega que haja perseguição e disse que faz seu trabalho.
Segundo Tenório, ele solicitou que o caso fosse investigado pela Polícia Federal pois afirmou que o governo do Estado protege os sem-terra.
"Este indivíduo [Silva], responde processo por tráfico de entorpecentes em Pernambuco. Como sei que as Farc negociam entorpecentes por armas. E isso todo mundo fala. Fiquei preocupado com a omissão do governo estadual, por isso solicitei ajuda à Polícia Federal", disse o juiz.
O Secretário de Defesa Social de Alagoas, Robervaldo Davino, disse que o Estado criou dentro da Polícia Militar o Centro de Gerenciamento de Crises que "serve de intermediador com o movimento [social]", com base em um provimento (instrução) do Tribunal de Justiça do Estado.
"O juiz discorda desse provimento e fica dizendo que o governo protege [os sem-terra]", disse o secretário.
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