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24/05/2004 - 10h24

Lula diz que união com China fará países serem "levados em conta"

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da Folha Online

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu, nesta segunda-feira, em Pequim, um estreitamento das relações entre Brasil e China para que os países possam deixar sua marca em assuntos internacionais.

Em entrevistas publicada pelo jornal "China Daily", Lula disse que o Brasil é o maior país em desenvolvimento do hemisfério ocidental, e a China o maior do hemisfério oriental.

O presidente, que chega à China 30 anos depois do restabelecimento das relações diplomáticas entre os dois países, participou pela manhã da solenidade de encerramento do seminário "Brasil-China: Comércio e Investimentos. Perspectivas para o século 21". Às 17h, participa de reunião de trabalho com o presidente da China, Hu Jintao.

"Brasil e China compartilham a visão de uma ordem internacional mais justa e mais igualitária, baseada na multipolaridade e no respeito à legalidade internacional. Esta convergência de pontos de vista abre a possibilidade de desenvolvermos uma cooperação crescente, juntamente com outros países em desenvolvimento, para que nossos interesses sejam levados em conta nos debates sobre as grandes questões internacionais", afirmou Lula.

China e Brasil já uniram forças no ano passado para lançar o G20, grupo de países emergentes que, durante a conferência da OMC (Organização Mundial do Comércio) em Cancún, no México, fez frente aos países ricos por considerar que estes países não haviam reduzido suficientemente seus subsídios agrícolas.

Os dois países também se opuseram à invasão do Iraque pelos Estados Unidos. Outro assunto abordado pelo presidente brasileiro foi o pleito do país de integrar como membro permanente o Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas). A China é, hoje, um dos cinco membros permanentes, junto com Rússia, Estados Unidos, Inglaterra e França.

"Muitas são, por exemplo, as perspectivas de trabalhar conjuntamente no debate para reforçar e renovar as Nações Unidas. [China e Brasil] apóiam uma expansão do Conselho de Segurança, assim como uma maior participação dos países em desenvolvimento", afirmou.

Depois da reunião com Jintao, Lula deve viajar a Shangai, onde participa de uma conferência patrocinada pelo Banco Mundial sobre a redução da pobreza.

Um dos objetivos do presidente nesta sua viagem, é aumentar as exportações brasileiras à China. O Brasil é o principal parceiro econômico da China na América Latina, enquanto o país asiático é o quarto maior parceiro comercial do Brasil. Para isto, o presidente viaja acompanhado de sete ministros, governadores --, inclusive os "oposicionistas" Aécio Neves (PSDB-MG) e Geraldo Alckmin (PSDB-SP)-- e empresários.

Em 2003, o comércio bilateral entre os dois países totalizou US$ 7,99 bilhões, oito vezes mais que dez anos antes.

O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, um dos que acompanham Lula na viagem, disse que a visita reforça também a relação entre a China e o Mercosul, o que deve se solidificar ainda mais durante a visita do presidente argentino, Néstor Kirchner, que estará no país entre 28 de junho e 2 de julho.

Com agências internacionais
 

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