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18/08/2009 - 09h58

MST alivia pauta de reivindicação feita ao governo

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da Folha de S.Paulo, em Brasília

Depois de marchar pela Esplanada dos Ministérios, invadir o Ministério da Fazenda e montar acampamento com 3.000 pessoas no centro de Brasília, o MST decidiu relaxar a pauta de reivindicações que deve ser respondida hoje pelo governo.

O principal recuo está no número de assentados neste ano. No início da semana passada, os sem-terra cobravam atendimento de 90 mil famílias. Em conversas com o governo, reduziu para 20 mil.

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Não admitida publicamente por conta das explicações que teria de dar às bases acampadas em 24 Estados, a nova estratégia visa se adaptar à realidade do governo, que informou que, no melhor dos cenários, conseguirá assentar em 2009 um total de 8.500 famílias do MST. Diante disso, o movimento reduziu de 150 para 30 as áreas prioritárias e indicou o atendimento de cerca de mil famílias por Estado.

Dos R$ 950 milhões disponíveis para obtenção de terras no orçamento do Incra, R$ 550 milhões já foram gastos, enquanto o restante segue bloqueado pela equipe econômica. A meta do governo é assentar neste ano 75 mil famílias, incluindo todos os movimentos sociais do país, e não apenas do MST.

Outra iniciativa reservada do MST foi avalizar o assentamento de famílias não apenas em projetos criados por instrumento da desapropriação. Agora o MST aceita instalá-las em áreas compradas.

O MST não quis se manifestar. O Incra afirmou que as conversas com o MST foram para "detalhar" a pauta de pedidos.

Comentários dos leitores
Marcelo Takara (65) 01/02/2010 18h28
Marcelo Takara (65) 01/02/2010 18h28
Sr Mauricio de Andrade.
Má distribuição de riquezas e terras são problemas, mas não são mais graves do que o nosso sistema educacional público. Este sim, nosso maior problema, que perpetua o ciclo vicioso da concentração de riquezas. Resolva-se o problema da educação e eliminamos o problema da miséria. Educação dá discernimento, cidadania, melhora a qualidade na escolha de políticos e multiplica as chances de inclusão social e econômica. É a solução mais eficaz e qualquer estatística sobre índices de desenvolvimento humano mostram isso, e isso independe do sujeito pertencer ao campo ou a cidade.
sem opinião
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Marcelo Takara (65) 01/02/2010 17h43
Marcelo Takara (65) 01/02/2010 17h43
Acho que não me fiz entender direito.Valoriza-se mais as posses materiais do que a formação educacional. A agricultura familiar mudou muito, comparada àquela que se praticava décadas atrás. Sou de origem japonesa, meus avós foram agricultores, meu pai foi agricultor e migrou para cidade, onde conseguiu montar um comércio, graças a algumas boa colheitas. Detalhe: meu pai nunca foi proprietário de terras, sempre arrendou. Tenho alguns tios que continuaram na agricultura, no cultivo de hortaliças, e eles somente conseguem se manter porque se adaptaram, do contrário é difícil manter os custos. Atualmente, mesmo para tocar uma pequena propriedade, é necessário conhecimento técnico e qualificação para manejo sustentável, rotação de culturas, uso correto de fertilizantes e recuperação de solo. Ou seja eis a necessidade da QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL. A má distribuição de riquezas é consequência funesta da incapacidade de nossos governantes em dar uma educação digna à toda população, daí o fato de haver o exército de desempregados nos grandes centros urbanos. Igualmente continuarão a levar uma vida miserável mesmo na posse de uma terra, se não houver capacitação técnica. Por outro lado, tem surgido muitas vagas de empregos em muitas cidades pequenas e médias do interior do Brasil, que não são preenchidas por falta de formação educacional. A distribuição de terras pode até ser uma solução para o campo, mas não é a única. A melhor solução é de longo prazo e é EDUCAÇÃO. sem opinião
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Tiago Garcia (41) 01/02/2010 11h04
Tiago Garcia (41) 01/02/2010 11h04
A lei é para todos sem exceção.
Se a Cutrale grilou ou não fazenda a justiça que resolve, não o MST que eu nunca votei nem autorizei a fazer valer a vontade da lei. MST não tem legitimidade para isso.
A anos atrás quando eu estudei o MST seu principal argumento para invasões sempre era os grandes latifúndios improdutivos, terras paradas nas mãos da especulação. O que aconteceu com essa justificativa do MST?
2 opiniões
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