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21/08/2009 - 17h05

Assembleia do RS lamenta morte de sem-terra e quer identificação de responsável

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da Folha Online

A Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul pediu apuração para identificar os responsáveis pela morte do sem-terra Elton Brum da Silva, 44. Ele foi morto na manhã desta sexta-feira durante confronto com a Brigada Militar do Estado.

Em nota, o presidente da Assembleia, Ivar Pavan (PT), lamenta a morte do trabalhador rural e afirma que aguarda informações mais detalhadas e investigações sobre o caso.

"A presidência da Assembleia Legislativa solicitou à Casa Civil do governo estadual as condições para que o presidente da Comissão de Cidadania e Direitos Humanos, Dionilso Marcon, tenha acesso ao local do conflito para verificar in loco as circunstâncias do ocorrido. É preciso avançar na reforma agrária para reduzir a violência no campo", diz Pavan.

Segundo o MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), Silva levou um tiro no peito no momento da desocupação da fazenda Southall, em São Gabriel. O sem-terra ainda foi levado à Santa Casa de São Gabriel, mas não resistiu ao ferimento.

O PT do Rio Grande do Sul também manifestou pesar pela morte do trabalhador rural. "Entidades que lutam pelos direitos humanos no Rio Grande, no Brasil e internacionalmente, tem pré-anunciado que acabaria em tragédia a atual política de segurança que busca, a todo momento, criminalizar e tratar como caso de polícia os movimentos sociais no RS."

O partido diz esperar uma "rigorosa investigação e punição dos responsáveis diretos e indiretos por mais este episódio que mancha a história do nosso Estado".

Para o Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado do Rio Grande do Sul, "a morte deste brasileiro é inaceitável e resulta da intransigência do governo do Estado, que encara protestos como crime, ocasionando agressões constantes a quem participa de manifestações, desconsiderando que elas são inerentes à democracia e asseguradas na Constituição Brasileira".

A entidade espera que o fato seja "apurado com a maior brevidade e rigor, com a responsabilização dos envolvidos".

Comentários dos leitores
Marcelo Takara (65) 01/02/2010 18h28
Marcelo Takara (65) 01/02/2010 18h28
Sr Mauricio de Andrade.
Má distribuição de riquezas e terras são problemas, mas não são mais graves do que o nosso sistema educacional público. Este sim, nosso maior problema, que perpetua o ciclo vicioso da concentração de riquezas. Resolva-se o problema da educação e eliminamos o problema da miséria. Educação dá discernimento, cidadania, melhora a qualidade na escolha de políticos e multiplica as chances de inclusão social e econômica. É a solução mais eficaz e qualquer estatística sobre índices de desenvolvimento humano mostram isso, e isso independe do sujeito pertencer ao campo ou a cidade.
sem opinião
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Marcelo Takara (65) 01/02/2010 17h43
Marcelo Takara (65) 01/02/2010 17h43
Acho que não me fiz entender direito.Valoriza-se mais as posses materiais do que a formação educacional. A agricultura familiar mudou muito, comparada àquela que se praticava décadas atrás. Sou de origem japonesa, meus avós foram agricultores, meu pai foi agricultor e migrou para cidade, onde conseguiu montar um comércio, graças a algumas boa colheitas. Detalhe: meu pai nunca foi proprietário de terras, sempre arrendou. Tenho alguns tios que continuaram na agricultura, no cultivo de hortaliças, e eles somente conseguem se manter porque se adaptaram, do contrário é difícil manter os custos. Atualmente, mesmo para tocar uma pequena propriedade, é necessário conhecimento técnico e qualificação para manejo sustentável, rotação de culturas, uso correto de fertilizantes e recuperação de solo. Ou seja eis a necessidade da QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL. A má distribuição de riquezas é consequência funesta da incapacidade de nossos governantes em dar uma educação digna à toda população, daí o fato de haver o exército de desempregados nos grandes centros urbanos. Igualmente continuarão a levar uma vida miserável mesmo na posse de uma terra, se não houver capacitação técnica. Por outro lado, tem surgido muitas vagas de empregos em muitas cidades pequenas e médias do interior do Brasil, que não são preenchidas por falta de formação educacional. A distribuição de terras pode até ser uma solução para o campo, mas não é a única. A melhor solução é de longo prazo e é EDUCAÇÃO. sem opinião
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Tiago Garcia (41) 01/02/2010 11h04
Tiago Garcia (41) 01/02/2010 11h04
A lei é para todos sem exceção.
Se a Cutrale grilou ou não fazenda a justiça que resolve, não o MST que eu nunca votei nem autorizei a fazer valer a vontade da lei. MST não tem legitimidade para isso.
A anos atrás quando eu estudei o MST seu principal argumento para invasões sempre era os grandes latifúndios improdutivos, terras paradas nas mãos da especulação. O que aconteceu com essa justificativa do MST?
2 opiniões
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