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25/06/2004 - 06h02

Justiça rejeita denúncia contra Waldomiro

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ANDRÉA MICHAEL
da Folha de S.Paulo, em Brasília

A Justiça Federal rejeitou a denúncia proposta pelo Ministério Público Federal na qual o ex-subchefe de Assuntos Parlamentares da Casa Civil Waldomiro Diniz é acusado de concussão (extorsão praticada por funcionário público), corrupção passiva e gestão fraudulenta e temerária de instituição financeira por causa de sua suposta atuação na renovação de um contrato de cerca de R$ 650 milhões entre a Caixa Econômica Federal e a empresa multinacional GTech.

A denúncia do Ministério Público abrange outras oito pessoas, entre as quais diretores e o presidente da Caixa Econômica Federal, Jorge Mattoso, o empresário do ramo de jogos Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, o consultor Rogério Buratti e os executivos Antonio Carlos da Rocha e Marcelo Rovai, respectivamente ex-presidente e diretor de Marketing da GTech.

Além dos crimes imputados a Waldomiro, o grupo é acusado de sonegação de documentos (no caso dos servidores da Caixa) e corrupção ativa (os executivos).

Mais investigações

Em seu despacho, o juiz da 10ª Vara da Justiça Federal de Brasília Cloves de Siqueira acolheu o pedido da Polícia Federal para dar continuidade às investigações.

Segundo Siqueira, há necessidade de aprofundar a apuração sobre os fatos relacionados à renovação do contrato firmado em abril do ano passado, pelo qual a GTech se mantém por mais 25 meses como gerenciadora de todo o sistema de loterias no país.

A denúncia, proposta no dia 29 de março pelo procurador Marcelo Serra Azul, do Ministério Público Federal em Brasília, levou à suspensão do inquérito no qual a Polícia Federal investigava a suposta participação de Waldomiro Diniz no negócio de R$ 650 milhões. Apresentada a denúncia, a PF pediu à Justiça o prosseguimento do seu trabalho.

Ao longo das investigações, em depoimentos prestados à Polícia Federal, os executivos da GTech disseram que o negócio também teria sido intermediado pelo consultor Rogério Buratti. Teria havido cobrança de comissão, que, segundo os depoentes, não foi paga.

Rogério Buratti foi secretário de Governo da Prefeitura de Ribeirão Preto quando o ministro Antonio Palocci Filho (Fazenda) foi pela primeira vez prefeito da cidade, em 1994.

O ex-assessor da Casa Civil teria se aproximado da multinacional por meio de Carlinhos Cachoeira, que mantinha negócios com a empresa na administração de loterias estaduais.

O ponto de partida da investigação surgiu em 13 de fevereiro deste ano, quando a revista "Época" divulgou uma reportagem sobre uma fita de vídeo, gravada em 2002 por Cachoeira, na qual Waldomiro foi flagrado pedindo ao empresário propina e contribuições para campanhas eleitorais. Na época, Waldomiro era presidente da Loterj (Loteria do Estado do Rio de Janeiro).

O caso está sendo investigado pelo Ministério Público Federal no Rio de Janeiro e por uma CPI (comissão parlamentar de inquérito) instalada na Assembléia fluminense.

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