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CPI da Corrupção divulga novos áudios sobre suposto esquema no Detran-RS
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da Folha Online
A CPI da Corrupção na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul apresentou nesta quinta-feira mais quatro áudios liberados pela Justiça sobre o suposto esquema que teria desviado mais de R$ 40 milhões do Detran-RS.
As escutas mostram comentários de interlocutores sobre o repasse de propina para a governadora Yeda Crusius, pagamento de contas do PSDB e da própria tucana com dinheiro desviado do Detran e possíveis irregularidades no caixa da campanha tucana ao Piratini.
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Segundo a presidente da CPI, Stela Farias (PT), os áudios contêm indicações muito fortes da participação da governadora e pistas claras da divisão dos dividendos da fraude no Detran.
"É cada vez mais compreensível a ausência, que só pode ser creditada à negativa da base aliada em investigar para proteger os envolvidos. Vamos continuar trabalhando porque a sociedade gaúcha tem o direito de saber como funcionava o esquema e em que mãos foram parar os recursos desviados dos cofres públicos", disse.
Um dos áudios é sobre um telefonema entre o empresário Lair Ferst e Marcelo Cavalcante, ex-chefe do Escritório Político do Rio Grande do Sul em Brasília, encontrado morto na capital federal. O diálogo fala da carta que Ferst teria enviado à governadora, alertando sobre o risco da fraude do Detran se transformar num escândalo caso Yeda não tomasse uma providência.
Na gravação, o empresário relata uma conversa em que a governadora teria dito que "o negócio é muito complicado porque envolve os partidos e que ela não quer se incomodar com os partidos".
Em outro trecho do telefonema, Ferst conta que foi chamado pelo então presidente do Detran, Flávio Vaz Netto, que o informou que "fizeram um acordão para distribuir os valores entre eles e tinha ficado acertado que a parte da governadora seria R$ 170 mil".
O empresário afirma ainda que a governadora "dá sinais de que está concordando com tudo".
Em outro áudio exibido na CPI, Vaz Netto envia um recado para o relator da CPI do Detran, Adilson Troca (PSDB), por meio do assessor do PP, Sérgio Araújo.
No telefonema, o ex-presidente do Detran pede que Araújo diga ao tucano que está disposto a voltar à comissão para dizer que foi pressionado por Delson Martini, ex-secretário-geral de Governo, a readmitir Ferst no esquema fraudulento para "produzir dinheiro para pagar as contas do PSDB e da governadora".
Vaz Netto queria que Troca defendesse a procuradora Andréa Vieira, que prestava assessoria à CPI do Detran e que foi flagrada passando informações das investigações para o deputado federal José Otávio Germando (PP), apontado como um dos principais beneficiários do esquema fraudulento.
A comissão também apresentou um telefonema entre Vaz Netto e Antônio Dorneu Maciel, ex-diretor da CEEE (Companhia Estadual de Energia Elétrica), em que os dois trocam impressões sobre o andamento dos trabalhos da CPI.
Ao comentar uma entrevista coletiva em que o deputado Fabiano Pereira (PT) apresentou cópia do contrato de aluguel do comitê da campanha da governadora, assinado pelo presidente do Banrisul, Rubens Bordini, e por Ferst, Vaz Netto comentou que "estão chegando perto, chegando nos caras que mexeram com o dinheiro da campanha dela".
A assessoria de Yeda informou à Folha Online que a governadora não irá se pronunciar sobre os áudios apresentados pela CPI, e que eles são antigos, da época da Operação Rodin.
Com informações do site da Assembleia Legislativa do RS
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