Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
22/09/2009 - 17h34

Regra para escolha de ministros do Supremo deve ser revista, afirma jurista

Publicidade

da Folha Online

O jurista, professor da PUC-SP e conselheiro do Transparência Brasil, Rubens Naves, afirmou que as regras para compor o STF (Supremo Tribunal Federal), inspiradas na Suprema Corte dos EUA, devem ser observadas, em especial, na arguição pelos senadores.

Para ele, após a indicação do advogado-geral da União, José Antônio Dias Toffoli, para ministro do Supremo, o momento é adequado para uma discussão sobre as regras atuais de escolha.

"O modelo em vigor sobrevive graças à sobriedade nas indicações feitas até agora, inobstante sua capacidade de gerar conflitos. Devemos pensar numa melhor maneira para afastar os riscos da seleção unipessoal", afirmou.

Naves disse ainda acreditar que, "esclarecida a questão do Amapá, em que ocorreu flagrante cerceamento de defesa, os parâmetros do comportamento futuro de Toffoli devem ser explicitados, inclusive seus impedimentos em relação a julgamentos que estão na pauta do STF".

"Este é o caso das [Adins] Ações Diretas de Inconstitucionalidade movidas pelo Partido dos Trabalhadores, a quem ele assessorou no passado", afirmou.

Toffoli foi condenado pela Justiça do Amapá no último dia 8, juntamente com outras três pessoas, a devolver R$ 420 mil ao Estado sob a acusação de ter ganho licitação supostamente ilegal em 2001 para prestar serviços advocatícios ao governo estadual. Se atualizado, o valor chega a R$ 700 mil.

Por meio da advogada Daniela Rodrigues Teixeira, Toffoli afirmou que sofreu um "evidente" cerceamento de seu direito de defesa durante o processo no Amapá.

Segundo Teixeira, "a sentença foi proferida três dias antes da audiência de instrução e julgamento, onde seriam ouvidas [como] testemunhas de defesa ex-ministros que compunham as Cortes superiores e poderiam comprovar que os serviços contratados foram efetivamente prestados".

A indicação de Toffoli para o Supremo, feita pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, foi alvo de críticas e dividiu os líderes da oposição no Senado. Os senadores do PSDB são os mais resistentes.

O motivo é a ligação de Toffoli com o PT. Ele foi assessor da liderança do PT na Câmara e advogado do presidente Lula na disputa eleitoral de 1998, 2002 e 2006. Além disso, Toffoli teria sido reprovado em concursos para juiz.

Para integrar o Supremo, Toffoli ainda precisa ser sabatinado pelos senadores. Depois disso, a indicação terá de ser aprovada pelo plenário do Senado, onde a votação é secreta.

Comentários dos leitores
sérgio dourado (371) 02/02/2010 20h35
sérgio dourado (371) 02/02/2010 20h35
Mais uma vez se nota o papel do Estado brasileiro:onerar o povo com maiores impostos e prover os ricos com maiores salários..Ora,gosto de argumentar com fatos,e gostaria de saber em quanto o salário do povo em geral,em sua grande maioria,que é o salário mínimo,está defasado em relação ao que prega a Constituição e o que afirma o IPEA com seus dados alarmantes sobre a altíssima e "injusta" carga tributária brasileira:onde os ricos pagam menos impostos que os pobres.Agora estarão corretos os excelentíssimos ministros da Suprema Corte em exigiram uma correção do salário (em torno de 14%) maior que a própria inflação,enquanto o que prega a própria Constituição sobre a condição do salário mínimo servir à condições básicas que não dão nem pro começo de conversa?Onde está o sentimento de Justiça aí,onde o fosso entre ricos e pobres só aumenta?O roll que o Brasil pretende entrar,de país desenvolvido,está muito distante das atuais condições de mínima "equiparação salarial".Não defendo salários mais baixos para os ministros,mas salários mais justos para os mais pobres,e que pagam mais impostos sobre consumo básico do que os ricos em relação aos seus luxos e sua renda.Como ainda o "efeito cascata",é de se inimaginar o aumento do gasto do poder público com pagamento de pensão e penduricalhos para seus "altos" funcionários e outros que mamam nessa teta gorda..Pra que Lula?Precisamos é do povo gritar e se fazer escutar.Não com violência,ao contrário:com apelação às leis,queremos justiça... sem opinião
avalie fechar
Nivaldo Lacerda (113) 02/02/2010 17h26
Nivaldo Lacerda (113) 02/02/2010 17h26
Usando Martin Luther King
"Eu tenho um sonho que um dia esta nação se levantará e viverá o verdadeiro significado de sua crença - nós celebraremos estas verdades e elas serão claras para todos, que os homens são criados iguais. Um pais que transpira com o calor da injustiça, que transpira com o calor de opressão, será transformado em um oásis de liberdade e justiça. "Meu Brasil, doce terra de liberdade, eu te canto.Terra onde meus pais morreram, terra do orgulho dos peregrinos,De qualquer lado da montanha, ouço o sino da liberdade!"E se o Brasil é uma grande nação, isto tem que se tornar verdadeiro.E assim ouvirei o sino da liberdade em Brasilia e em todos os rincoes .E quando isto acontecer, quando nós permitimos o sino da liberdade soar, quando nós deixarmos ele soar em toda moradia e todo vilarejo, em todo estado e em toda cidade, nós poderemos acelerar aquele dia"
"Livre afinal, livre afinal.
SERA QUE ISSO VAI ACONTECER? SEM UMA GRANDE PARTICIPACAO DA POPULACAO? ACABANDO COM O DOMINIO DE CORONEIS E CARTEIS?
DA PRA PENSAR NISTO? NESTE MOMENTO E PURA UTOPIA.
sem opinião
avalie fechar
Rui Ruz Caputi Caputi (1958) 28/01/2010 14h22
Rui Ruz Caputi Caputi (1958) 28/01/2010 14h22
A CNJ dá um bom e didático exemplo para todos.
Quisera, todas as demais instituições publicas ou privadas seguissem seu padrão elevado.
2 opiniões
avalie fechar
Comente esta reportagem Veja todos os comentários (2207)
Termos e condições
 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página