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30/07/2004
-
09h03
MARTA SALOMON
da Folha de S.Paulo, em Brasília
A multinacional GTech, uma das empresas investigadas pela Polícia Federal e pelo Ministério Público no caso Waldomiro Diniz, tem suas operações no Brasil sob investigação formal da SEC (Securities and Exchange Commission), o órgão regulador do mercado financeiro norte-americano. Ex-dirigentes da empresa estão sob suspeita de corrupção.
A SEC investiga as condições do contrato assinado com a Caixa Econômica Federal e que garantiu à multinacional o controle das loterias no país desde 1997. A empresa é responsável pelo processamento de dados das 9.000 lojas lotéricas do país. O contrato, renovado em abril do ano passado, rende cerca de R$ 25 milhões por mês à multinacional e deverá ser renovado parcialmente, antecipou à Folha o presidente da estatal, Jorge Mattoso.
O contrato termina oficialmente em maio de 2005. Segundo a Caixa, será impossível concluir a licitação para substituir a GTech nos próximos dez meses.
Mas a licitação para a prestação de serviços de processamento e transmissão de dados continua suspensa pela Justiça, à espera de uma decisão do STJ (Superior Tribunal de Justiça). A liminar foi concedida em 2000 a pedido da GTech. O objetivo da ação era evitar a divisão dos serviços por várias empresas e garantir o monopólio da multinacional.
Os dirigentes da empresa na época da negociação do contrato com a Caixa, Antonio Carlos Lino Rocha e Marcelo Rovai, também respondem a uma ação civil pública por improbidade administrativa apresentada em abril pela procuradora federal Raquel Branquinho.
A ação bloqueou parte do faturamento da empresa com a Caixa. Cerca de 10% do faturamento mundial da GTech está concentrado no Brasil. Durante as investigações da Polícia Federal e do Ministério Público sobre o caso Waldomiro Diniz --ex-assessor do ministro José Dirceu (Casa Civil), acusado tráfico de influência--, os dirigentes da GTech negaram terem pago propina com a intenção de renovar o contrato com a Caixa por mais 25 meses.
A GTech do Brasil divulgou nota classificando de "rotineira" a investigação aberta nos EUA pela SEC.
Com agências internacionais
Especial
Veja o que já foi publicado sobre a GTech
Xerife do mercado dos EUA investiga GTech
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da Folha de S.Paulo, em Brasília
A multinacional GTech, uma das empresas investigadas pela Polícia Federal e pelo Ministério Público no caso Waldomiro Diniz, tem suas operações no Brasil sob investigação formal da SEC (Securities and Exchange Commission), o órgão regulador do mercado financeiro norte-americano. Ex-dirigentes da empresa estão sob suspeita de corrupção.
A SEC investiga as condições do contrato assinado com a Caixa Econômica Federal e que garantiu à multinacional o controle das loterias no país desde 1997. A empresa é responsável pelo processamento de dados das 9.000 lojas lotéricas do país. O contrato, renovado em abril do ano passado, rende cerca de R$ 25 milhões por mês à multinacional e deverá ser renovado parcialmente, antecipou à Folha o presidente da estatal, Jorge Mattoso.
O contrato termina oficialmente em maio de 2005. Segundo a Caixa, será impossível concluir a licitação para substituir a GTech nos próximos dez meses.
Mas a licitação para a prestação de serviços de processamento e transmissão de dados continua suspensa pela Justiça, à espera de uma decisão do STJ (Superior Tribunal de Justiça). A liminar foi concedida em 2000 a pedido da GTech. O objetivo da ação era evitar a divisão dos serviços por várias empresas e garantir o monopólio da multinacional.
Os dirigentes da empresa na época da negociação do contrato com a Caixa, Antonio Carlos Lino Rocha e Marcelo Rovai, também respondem a uma ação civil pública por improbidade administrativa apresentada em abril pela procuradora federal Raquel Branquinho.
A ação bloqueou parte do faturamento da empresa com a Caixa. Cerca de 10% do faturamento mundial da GTech está concentrado no Brasil. Durante as investigações da Polícia Federal e do Ministério Público sobre o caso Waldomiro Diniz --ex-assessor do ministro José Dirceu (Casa Civil), acusado tráfico de influência--, os dirigentes da GTech negaram terem pago propina com a intenção de renovar o contrato com a Caixa por mais 25 meses.
A GTech do Brasil divulgou nota classificando de "rotineira" a investigação aberta nos EUA pela SEC.
Com agências internacionais
Especial
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