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04/08/2004
-
21h07
JAIRO MARQUES
da Agência Folha
Até que o TRE (Tribunal Regional Eleitoral) de Roraima decida quem deverá assumir o cargo de governador do Estado, por um prazo de até 120 dias, o presidente da Assembléia Legislativa, Mecias de Jesus (PL), que segundo investigações da Polícia Federal é um dos principais envolvidos no chamado "escândalo dos gafanhotos", deverá ocupar a vaga.
A Justiça eleitoral roraimense ainda espera o comunicado da cassação de Flamarion Portela, que pediu afastamento do PT, por parte do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), para instalar um procedimento que vai definir quem governará o Estado até a próxima eleição.
Ottomar Pinto (PTB), que ficou em segundo lugar no pleito de 2002 poderá ser diplomado. Há também a possibilidade de ser convocada nova eleição.
"No caso de não haver um efeito suspensivo do acórdão do TSE, o cargo de governador será declarado vago e quem assume, por um prazo de 120 dias, é o presidente da Assembléia Legislativa, que ficará em exercício até que o TRE decida quem assume a vaga", afirmou o presidente do TRE-RR, desembargador Mauro Campello.
Segundo as apurações da Polícia Federal, que compunha uma força-tarefa com os ministérios públicos Federal e Estadual, Mecias de Jesus está diretamente ligado ao chamado "escândalo dos gafanhotos", uma fraude na folha de pagamento do Estado em que pessoas eram arregimentadas por diversas autoridades e colocadas na lista de funcionários do Estado com direito a receber salários dos cofres públicos [os gafanhotos que comiam a folha].
O golpe gerou, segundo as investigações, um rombo de pelo menos R$ 230 milhões em quatro anos. De acordo com os trabalhos da PF, Jesus mantinha pelos menos 34 "gafanhotos" que repassavam parte ou a totalidade de seus salários a dois procuradores ligados a ele. Apenas em 2002, o esquema envolvendo o parlamentar movimentou R$ 500 mil, conforme levantamentos da polícia e da Procuradoria da República.
Mecias não dá declarações à imprensa sobre as acusações e limita-se a dizer que está se defendendo na Justiça. Atualmente, a investigação está no STJ (Superior Tribunal de Justiça).
Reeleito pelo PSL e posteriormente filiado ao PL, Jesus é um dos principais aliados de Flamarion Portela, que também é suspeito de participação no esquema dos gafanhotos. Em junho deste ano, a Assembléia negou pedido do STJ para processar Portela.
Ottomar Pinto, 72, autor da ação que culminou com a cassação de Portela, para quem perdeu as eleições, em segundo turno, disse nesta quarta que a decisão do TSE "não o surpreendeu". "Estava muito tranqüilo, confiava plenamente na Justiça."
Pinto foi governador de Roraima por duas vezes, umas delas quando o Estado ainda era território, de 1979 a 1983.
Especial
Arquivo: veja o que já foi publicado sobre Flamarion Portella
Arquivo: veja o que já foi publicado sobre o escândalo dos gafanhotos
Possível sucessor de governador cassado é investigado no caso dos gafanhotos
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da Agência Folha
Até que o TRE (Tribunal Regional Eleitoral) de Roraima decida quem deverá assumir o cargo de governador do Estado, por um prazo de até 120 dias, o presidente da Assembléia Legislativa, Mecias de Jesus (PL), que segundo investigações da Polícia Federal é um dos principais envolvidos no chamado "escândalo dos gafanhotos", deverá ocupar a vaga.
A Justiça eleitoral roraimense ainda espera o comunicado da cassação de Flamarion Portela, que pediu afastamento do PT, por parte do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), para instalar um procedimento que vai definir quem governará o Estado até a próxima eleição.
Ottomar Pinto (PTB), que ficou em segundo lugar no pleito de 2002 poderá ser diplomado. Há também a possibilidade de ser convocada nova eleição.
"No caso de não haver um efeito suspensivo do acórdão do TSE, o cargo de governador será declarado vago e quem assume, por um prazo de 120 dias, é o presidente da Assembléia Legislativa, que ficará em exercício até que o TRE decida quem assume a vaga", afirmou o presidente do TRE-RR, desembargador Mauro Campello.
Segundo as apurações da Polícia Federal, que compunha uma força-tarefa com os ministérios públicos Federal e Estadual, Mecias de Jesus está diretamente ligado ao chamado "escândalo dos gafanhotos", uma fraude na folha de pagamento do Estado em que pessoas eram arregimentadas por diversas autoridades e colocadas na lista de funcionários do Estado com direito a receber salários dos cofres públicos [os gafanhotos que comiam a folha].
O golpe gerou, segundo as investigações, um rombo de pelo menos R$ 230 milhões em quatro anos. De acordo com os trabalhos da PF, Jesus mantinha pelos menos 34 "gafanhotos" que repassavam parte ou a totalidade de seus salários a dois procuradores ligados a ele. Apenas em 2002, o esquema envolvendo o parlamentar movimentou R$ 500 mil, conforme levantamentos da polícia e da Procuradoria da República.
Mecias não dá declarações à imprensa sobre as acusações e limita-se a dizer que está se defendendo na Justiça. Atualmente, a investigação está no STJ (Superior Tribunal de Justiça).
Reeleito pelo PSL e posteriormente filiado ao PL, Jesus é um dos principais aliados de Flamarion Portela, que também é suspeito de participação no esquema dos gafanhotos. Em junho deste ano, a Assembléia negou pedido do STJ para processar Portela.
Ottomar Pinto, 72, autor da ação que culminou com a cassação de Portela, para quem perdeu as eleições, em segundo turno, disse nesta quarta que a decisão do TSE "não o surpreendeu". "Estava muito tranqüilo, confiava plenamente na Justiça."
Pinto foi governador de Roraima por duas vezes, umas delas quando o Estado ainda era território, de 1979 a 1983.
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