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12/08/2004 - 07h00

Cachoeira fez 209 ligações para Waldomiro

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da Folha de S.Paulo, no Rio

A CPI da Alerj (Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro) que investiga a atuação de Waldomiro Diniz no período em que ele foi presidente da Loterj (Loteria do Estado do Rio de Janeiro) identificou 248 ligações, feitas entre fevereiro de 2001 e fevereiro de 2004, entre o ex-assessor da Casa Civil e o empresário do jogo Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira. Das 248 ligações, 209 eram de Cachoeira para Waldomiro, e 39, de Waldomiro para Cachoeira.

Waldomiro ainda era assessor da Casa Civil da Presidência da República quando, em fevereiro deste ano, foi divulgada fita em que ele negocia propina com Cachoeira. A gravação foi feita no período em que Waldomiro era presidente da Loterj.

A CPI que investiga ações de Waldomiro na Loterj deve votar na semana que vem o relatório final. Caso seja aprovado, será votado no plenário da Alerj em duas semanas. Segundo um dos relatores da CPI, deputado Luiz Paulo Corrêa da Rocha (PSDB), quase a totalidade (243) das 248 ligações aconteceram quando Waldomiro já era assessor da Presidência. Segundo ele, quando Waldomiro era presidente da Loterj, o contato era feito pessoalmente.

Ele explica que a CPI estadual investigou a relação entre Cachoeira e Waldomiro quando este já estava no governo federal porque esse contato poderia ajudar a esclarecer a ligação dos dois desde o período em que Waldomiro estava na Loterj.

A CPI estadual investiga somente os supostos crimes cometidos por Waldomiro na sua gestão como presidente da Loterj, ou seja, no período de fevereiro de 2001 a dezembro de 2002.

Na avaliação do relator da CPI, o número de ligações indica uma relação próxima entre Waldomiro e Cachoeira.

O presidente da CPI, deputado Alessandro Calazans (PV), afirma que tem esperança de que o STF (Supremo Tribunal Federal) autorize a CPI a quebrar o sigilo bancário de Waldomiro (pedido que já foi negado na 5ª Vara Criminal do Rio) antes da votação do relatório e do fim dos trabalhos.

Embora o relatório não tenha sido votado na CPI, a tendência é que ele peça à Justiça a condenação de Waldomiro sob acusação dos crimes de corrupção ativa, corrupção passiva, improbidade administrativa e concussão.

A Folha tentou entrar em contato no final da tarde de ontem com o advogado de Waldomiro, Luiz Guilherme Vieira. Foi deixado um recado em seu telefone celular, mas, até o fechamento desta edição, ele não havia entrado em contato com a reportagem. Em depoimento em junho deste ano à CPI, Waldomiro afirmou que foi vítima de chantagem de Cachoeira --acusação que este nega.

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