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12/08/2004
-
07h36
da Agência Folha, em Campo Grande
O senador Antero Paes de Barros (PSDB-MT), presidente da CPI do Banestado, disse que a campanha dele em 2002 ao governo de Mato Grosso não recebeu cheques do presidente do INSS, Carlos Bezerra.
"É molecagem dele. Eu não tenho que explicar cheques do senhor Carlos Bezerra", disse Antero ao ser informado que o presidente do INSS disse ter entregue um cheque de R$ 1,1 milhão para o empresário João Vilar Garcia, o Nico Triunfo, que seria do comitê eleitoral em 2002. Antero e Bezerra estavam na mesma chapa. "O Nico nunca foi coordenador [da campanha]. É meu amigo. Estudou comigo em Lins [SP]. Não tinha nenhuma função no comitê financeiro", afirmou.
"Nunca foi discutido isso [o cheque]. Eu tive santinho só no dia 30 agosto. Eu fiz uma campanha com enormes dificuldades financeiras. Aliás, esse cidadão aí [Bezerra] cuidou apenas do PMDB dele. Era candidato a senador na nossa chapa e cuidou só do PMDB dele", acrescentou o presidente da CPI.
"Aliás, Bezerra tem de explicar muita coisa. Não é só esse cheque", afirmou o senador.
O ex-governador Dante de Oliveira (PSDB-MT), que era candidato a senador também na chapa de Bezerra e Antero, não telefonou de volta.
Em junho do ano passado, quando o ex-gerente de João Arcanjo Ribeiro, Nilson Roberto Teixeira, disse à Justiça que a Confiança Factoring, ligada à organização criminosa, pagou a campanha de Dante, o ex-governador negou a acusação.
"Tentar me envolver com o crime organizado é um absurdo", declarou à Folha na época.
O empresário João Dorileo Leal, dono da Gráfica e Editora Centro Oeste, disse nunca ter feito empréstimos nas factoring de João Arcanjo Ribeiro para bancar a campanha de Antero a quem se refere como amigo. "Quando Dondo [Gonçalves, ex-contador de Arcanjo] declarou no presídio que eu tinha recebido dinheiro para o Antero, entrei com uma interpelação judicial contra ele. Aí Dondo disse que na verdade tinha só ouvido alguém falar que houve empréstimo", disse Leal.
"Vivem me atacando para pegar o Antero que agora é presidente da CPI [do Banestado]", disse o empresário.
Dono de uma construtora em São Paulo, o empresário conhecido como Nico Triunfo informou por meio de sua secretária que não conhece o senador Carlos Bezerra.
A reportagem pediu uma entrevista com ele, mas Garcia não telefonou de volta.
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O senador Antero Paes de Barros (PSDB-MT), presidente da CPI do Banestado, disse que a campanha dele em 2002 ao governo de Mato Grosso não recebeu cheques do presidente do INSS, Carlos Bezerra.
"É molecagem dele. Eu não tenho que explicar cheques do senhor Carlos Bezerra", disse Antero ao ser informado que o presidente do INSS disse ter entregue um cheque de R$ 1,1 milhão para o empresário João Vilar Garcia, o Nico Triunfo, que seria do comitê eleitoral em 2002. Antero e Bezerra estavam na mesma chapa. "O Nico nunca foi coordenador [da campanha]. É meu amigo. Estudou comigo em Lins [SP]. Não tinha nenhuma função no comitê financeiro", afirmou.
"Nunca foi discutido isso [o cheque]. Eu tive santinho só no dia 30 agosto. Eu fiz uma campanha com enormes dificuldades financeiras. Aliás, esse cidadão aí [Bezerra] cuidou apenas do PMDB dele. Era candidato a senador na nossa chapa e cuidou só do PMDB dele", acrescentou o presidente da CPI.
"Aliás, Bezerra tem de explicar muita coisa. Não é só esse cheque", afirmou o senador.
O ex-governador Dante de Oliveira (PSDB-MT), que era candidato a senador também na chapa de Bezerra e Antero, não telefonou de volta.
Em junho do ano passado, quando o ex-gerente de João Arcanjo Ribeiro, Nilson Roberto Teixeira, disse à Justiça que a Confiança Factoring, ligada à organização criminosa, pagou a campanha de Dante, o ex-governador negou a acusação.
"Tentar me envolver com o crime organizado é um absurdo", declarou à Folha na época.
O empresário João Dorileo Leal, dono da Gráfica e Editora Centro Oeste, disse nunca ter feito empréstimos nas factoring de João Arcanjo Ribeiro para bancar a campanha de Antero a quem se refere como amigo. "Quando Dondo [Gonçalves, ex-contador de Arcanjo] declarou no presídio que eu tinha recebido dinheiro para o Antero, entrei com uma interpelação judicial contra ele. Aí Dondo disse que na verdade tinha só ouvido alguém falar que houve empréstimo", disse Leal.
"Vivem me atacando para pegar o Antero que agora é presidente da CPI [do Banestado]", disse o empresário.
Dono de uma construtora em São Paulo, o empresário conhecido como Nico Triunfo informou por meio de sua secretária que não conhece o senador Carlos Bezerra.
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