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12/08/2004 - 21h06

Tasso diz que governo usa "técnicas fascistas"

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da Folha de S.Paulo, em Brasília

Apontados pelos governistas como os responsáveis pela não-votação do projeto de PPPs (Parcerias Público-Privadas), senadores da oposição acusaram o governo de promover uma escalada autoritária. O mais exaltado, Tasso Jereissati (PSDB-CE), disse que o governo usa "técnicas fascistas".

"Percebe-se nos meios jornalísticos, políticos e culturais a preocupação com o ranço autoritário de setores desse governo. Os sinais são vários e evidentes: a Ancinav tentando regular as atividades culturais, o envio do projeto de criação do Conselho Federal de Jornalismo, que é uma tentativa mal disfarçada de cercear a liberdade de imprensa", disse o líder do PDT, senador Jefferson Péres (AM).

A líder do PT, senadora Ideli Salvatti (SC), negou que as medidas propostas pelo governo sejam autoritárias.

Os senadores também cobraram um comportamento ético do governo, insuflados por um discurso do senador Aloizio Mercadante (PT-SP), que acusou a oposição de prejudicar o país ao não votar o projeto das PPPs, que tem o objetivo de atrair investimentos para obras de infra-estrutura.

"Isso é uma técnica fascista, ficar repetindo um discurso até ele parecer verdade. Não argumentam quanto ao principal, à essência", rebateu Tasso, um dos críticos do projeto.

Para a oposição, o texto da PPP facilita a corrupção por ser subjetivo nos critérios de escolha das empreiteiras que realizariam as obras. O projeto desrespeitaria a Lei de Licitações e a Lei de Responsabilidade Fiscal.

"Do jeito que está é roubalheira, é para o Delúbio [Soares, tesoureiro do PT] deitar e rolar", disse Tasso, em um rompante, com o dedo em riste para o senador Tião Viana (PT-AC), defensor da PPP.

O senador tucano, que também partiu com dedo em riste para cima de Mercadante e teve que ser contido pelo senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA), disse que "o PT se comporta como se quem está contra ele está contra o país".

O ministro Guido Mantega (Planejamento) acusou a oposição ao governo de "criar um bloqueio político" às PPPs. "Estamos dispostos a negociar."

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