Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
05/10/2009 - 09h22

Buscas não acham ossada de líder da guerrilha do Araguaia

Publicidade

JOÃO CARLOS MAGALHÃES
da Agência Folha, em Xambioá (TO)

As buscas da ossada de Osvaldo Orlando da Costa, o Osvaldão, um dos principais líderes da guerrilha do Araguaia, não resultaram em nada ontem.

Devido à falta de homens para cavar e à dureza do solo, o grupo de geólogos, antropólogos e legistas que faz as buscas dos restos mortais de guerrilheiros decidiu estender a procura dessa ossada até hoje.

A atual operação de procura de ossadas, que desde julho consumiu R$ 2,4 milhões, ainda não encontrou nada.

As escavações de ontem foram feitas em um local onde o Exército montou uma base, em Xambioá (TO), no início dos anos 1970. Elas foram paralisadas ao final do dia, faltando três dos seis buracos que o grupo tinha marcado para cavar.

Osvaldão, desaparecido em 1974, foi um dos primeiros militantes do PC do B a chegar à região do Bico do Papagaio --fronteira entre Pará, Maranhão e, hoje, Tocantins-- para organizar o foco armado que tentou, entre 1972 e 1975, derrubar a ditadura (1964-1985).

A esperança de encontrar seus restos mortais era forte pois, dentre os que indicaram os locais cavados ontem, está o homem que diz ter sido obrigado a enterrar Osvaldão --Josias Gonçalves, 68, um dos moradores da região que se uniram à guerrilha e acabaram presos.

As escavações devem parar depois de amanhã. Voltam no dia 18, indo até o final do mês, quando acaba o prazo dado pela Justiça para a conclusão do trabalho. O governo já disse que pretende prorrogar as buscas.

Analfabeto, o agricultor Gonçalves não era crítico da ditadura militar nem sabia o que era o comunismo. Foi arregimentado depois de encontrar um grupo de guerrilheiros no meio de uma trilha, na selva. "Eles disseram que era para trabalhar. E trabalho é comigo mesmo."

Três meses depois, o grupo foi atacado. Gonçalves acabou se entregando aos militares, para quem trabalhou. Um dia, o comandante lhe disse: "Agora você vai enterrar seu irmão". E apontou o corpo de Osvaldão.

Comentários dos leitores
J. R. (1236) 27/01/2010 05h10
J. R. (1236) 27/01/2010 05h10
Não esquecer que a "ditabranda" amarelou diante da perspectiva de uma invasão americana para tomar o poder em 64, acharam mais fácil atacar os "inimigos" em seu país. A esquerda reagiu diante do golpe, não havia guerrilha antes dele. Toda a america latina seguiu o Brasil, que foi obrigado a conduzir a operação condor (com-dor alheia é claro). Enfim, puro "amarelão". sem opinião
avalie fechar
Alziro Ribeiro da Silva (71) 17/01/2010 20h20
Alziro Ribeiro da Silva (71) 17/01/2010 20h20
Quanto ter-mos comunismo no BRASIL fica um pouco distante, já que o mesmo caiu de maduro e por isso não mais espaço para os simpatizantes dele em nossa mui amada terra.!!!!!! 1 opinião
avalie fechar
enzo rolim (2) 14/01/2010 18h16
enzo rolim (2) 14/01/2010 18h16
Só o que tnho a declarar é que rezo para não ter uma ex-guerrilheira como presidente da república, pois já está provado que sua atuação política é medíocre, para não dizer nada pior. 2 opiniões
avalie fechar
Comente esta reportagem Veja todos os comentários (292)
Termos e condições
 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página