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17/08/2004 - 17h18

Megaoperação da PF contra doleiros já prendeu 63 pessoas no país

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FABIANA FUTEMA
KELLY CRISTINA

da Folha Online

Uma megaoperação da força-tarefa que investiga o envio ilegal de remessas de dinheiro para o exterior prendeu 63 doleiros em sete Estados do país até a tarde desta terça-feira. Batizada de "Operação Farol da Colina", a ação recebeu 123 mandados de prisão e 215 de busca e apreensão.

Os procurados são acusados de evasão de divisas, sonegação, formação de quadrilha e lavagem de dinheiro.

Segundo a PF, os envolvidos teriam enviado para o exterior cerca de US$ 24 bilhões, entre 1997 e 2002. A maioria teria operado através das contas CC-5 do Banestado, que é alvo de investigação por uma CPI no Congresso.

Segundo porta-voz da PF em São Paulo, Wagner Castilho, os recursos eram movimentados no banco JP Morgan, em Nova York, por meio de uma conta fantasma, em nome da empresa Beacon Hill --daí o nome da Operação Farol da Colina. Essa seria a principal conta nos Estados Unidos utilizada pelos doleiros no Brasil.

O dinheiro era enviado para essa "conta-mãe" e depois pulverizado para paraísos fiscais.

Durante a operação foram apreendidos documentos, computadores e dinheiro, que estavam em posse de doleiros e casas de câmbio. A quantia total apreendida pela ainda está sendo contabilizada pela PF. Neste primeiro dia, foram cumpridos 208 mandados de busca e apreensão e 63 de prisão.

A operação vai continuar até o cumprimento de todos os mandados de prisão e de busca. Castilho, da PF em São Paulo, disse que existem 30 foragidos só no Estado.

A operação, que segundo a PF é a maior dos últimos anos, ocorre também nos seguintes Estados: Rio de Janeiro, Minas Gerais, Pará, Amazonas, Paraíba e Pernambuco.

Foram alocados 750 homens para a operação em todo o país, envolvidos na execução de 215 mandados de busca.

Todos os mandados foram expedidos pelo juiz Sérgio Moro, da 2ª Vara Federal Criminal de Curitiba, que já julgou processo contra ex-dirigentes do Banestado.

Segundo a CPI do Banestado, o banco paranaense teria nos últimos anos sido usado para o envio ilegal de recursos ao exterior.

São Paulo

O principal preso em São Paulo foi o doleiro Antônio Oliveira Claramunt, o Toninho da Barcelona, que também foi investigado pela Operação Anaconda por supostas ligações com juízes acusados de vender sentenças.

De acordo com o balanço preliminar da PF, foram executados 23 mandados de prisão temporária e 79 de busca e apreensão em São Paulo.

A PF apreendeu em São Paulo 55 computadores, além de R$ 500 mil com os doleiros. Também foram apreendidos, US$ 120 mil.

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