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07/10/2009 - 07h40

Integrantes do MST invadem fazenda em PE de empresário foragido

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FÁBIO GUIBU
da Agência Folha, em Recife

Cerca de 150 integrantes do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) invadiram ontem uma fazenda em São Joaquim do Monte (a 134 km de Recife), pertencente a um empresário suspeito de sonegação fiscal que está foragido há cinco meses.

Segundo o líder do movimento no Estado Jaime Amorim, os sem-terra reivindicam a desapropriação da área, sob argumento de que o suposto envolvimento do fazendeiro em fraudes fiscais "já é motivo suficiente" para que a área seja destinada à reforma agrária.

A fazenda Camaragibe, tomada pelo MST, possui cerca de 1.300 hectares e está localizada no mesmo município onde, em fevereiro, quatro seguranças de outra propriedade foram mortos em confronto com invasores ligados ao movimento. Na ação de ontem, não houve confronto.

Além da Camaragibe, o MST reivindica outras duas fazendas pertencentes ao mesmo empresário, João Florêncio dos Santos. As áreas já foram invadidas anteriormente, mas a Justiça concedeu reintegração de posse ao proprietário. O Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) também vistoriou as terras e as considerou produtivas.

Para o líder do MST, o desaparecimento do dono das fazendas justifica uma nova avaliação. O superintendente do Incra em Recife, Abelardo Siqueira, diz que não há precedente que permita uma desapropriação com base no argumento da sonegação fiscal.

A reportagem não conseguiu localizar advogados do empresário foragido. O fazendeiro está desaparecido desde maio, quando as polícias Civil e Militar de Pernambuco realizaram uma operação na região do agreste para prender cinco pessoas suspeitas de sonegar cerca de R$ 50 milhões.

Comentários dos leitores
Marcelo Takara (65) 01/02/2010 18h28
Marcelo Takara (65) 01/02/2010 18h28
Sr Mauricio de Andrade.
Má distribuição de riquezas e terras são problemas, mas não são mais graves do que o nosso sistema educacional público. Este sim, nosso maior problema, que perpetua o ciclo vicioso da concentração de riquezas. Resolva-se o problema da educação e eliminamos o problema da miséria. Educação dá discernimento, cidadania, melhora a qualidade na escolha de políticos e multiplica as chances de inclusão social e econômica. É a solução mais eficaz e qualquer estatística sobre índices de desenvolvimento humano mostram isso, e isso independe do sujeito pertencer ao campo ou a cidade.
sem opinião
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Marcelo Takara (65) 01/02/2010 17h43
Marcelo Takara (65) 01/02/2010 17h43
Acho que não me fiz entender direito.Valoriza-se mais as posses materiais do que a formação educacional. A agricultura familiar mudou muito, comparada àquela que se praticava décadas atrás. Sou de origem japonesa, meus avós foram agricultores, meu pai foi agricultor e migrou para cidade, onde conseguiu montar um comércio, graças a algumas boa colheitas. Detalhe: meu pai nunca foi proprietário de terras, sempre arrendou. Tenho alguns tios que continuaram na agricultura, no cultivo de hortaliças, e eles somente conseguem se manter porque se adaptaram, do contrário é difícil manter os custos. Atualmente, mesmo para tocar uma pequena propriedade, é necessário conhecimento técnico e qualificação para manejo sustentável, rotação de culturas, uso correto de fertilizantes e recuperação de solo. Ou seja eis a necessidade da QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL. A má distribuição de riquezas é consequência funesta da incapacidade de nossos governantes em dar uma educação digna à toda população, daí o fato de haver o exército de desempregados nos grandes centros urbanos. Igualmente continuarão a levar uma vida miserável mesmo na posse de uma terra, se não houver capacitação técnica. Por outro lado, tem surgido muitas vagas de empregos em muitas cidades pequenas e médias do interior do Brasil, que não são preenchidas por falta de formação educacional. A distribuição de terras pode até ser uma solução para o campo, mas não é a única. A melhor solução é de longo prazo e é EDUCAÇÃO. sem opinião
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Tiago Garcia (41) 01/02/2010 11h04
Tiago Garcia (41) 01/02/2010 11h04
A lei é para todos sem exceção.
Se a Cutrale grilou ou não fazenda a justiça que resolve, não o MST que eu nunca votei nem autorizei a fazer valer a vontade da lei. MST não tem legitimidade para isso.
A anos atrás quando eu estudei o MST seu principal argumento para invasões sempre era os grandes latifúndios improdutivos, terras paradas nas mãos da especulação. O que aconteceu com essa justificativa do MST?
2 opiniões
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