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21/08/2004
-
06h21
da Folha de S.Paulo
Os doleiros brasileiros Alberto Youssef e Sílvio Roberto Anspach afirmaram, em diferentes oportunidades no ano passado, que atuaram legalmente no mercado de câmbio e que não são os responsáveis por envio ilegal de dinheiro para o exterior.
Os outros doleiros que movimentaram recursos no MTB Bank não foram localizados para falar sobre o assunto.
Em entrevista à Folha em fevereiro de 2003, Anspach, que mora nos EUA desde 1995, afirmou que não é mais procurador da Courchevel Investments e que fica "incomodado" ao ver seu nome associado a lavagem de dinheiro supostamente proveniente do tráfico de drogas e do contrabando de armas. "Doleiro sério não trabalha com tráfico de drogas, não trabalha com traficante de armas. Escolhe a clientela", disse.
Youssef, também em entrevista à Folha em fevereiro do ano passado, negou controlar contas de laranjas. "Estão me usando como Cristo", declarou à época. O doleiro foi condenado a sete anos de prisão, em regime semi-aberto, por envio ilegal de dinheiro para o exterior. Por ser réu colaborador, as ações relacionadas ao envio de divisas para o exterior do caso Banestado poderão ser arquivadas.
A reportagem procurou os demais doleiros relacionados a movimentações para o exterior por meio do MTB Bank. Na antiga sede da empresa Suntur Câmbio e Turismo, em São José dos Campos (SP), funcionários disseram que não poderiam localizar o doleiro Sandor Paes de Figueiredo.
No telefone registrado como de Charles Moghrabi, um homem que se identificou como Roberto afirmou que o doleiro não vive mais no Brasil.
No último dia 13, afirmou que iria procurá-lo e retransmitir o recado da reportagem. Na última segunda, disse que ele continuava no exterior.
Na casa e no sítio de Dani Zalcberg, em São Paulo, informaram que o doleiro está no exterior.
O doleiro Samuel Semtob Sequerra também não foi encontrado. Ele foi procurado pela reportagem dias antes de ser preso pela Polícia Federal na Operação Farol da Colina. Na casa dele, disseram que havia levado o cachorro no veterinário. No escritório, disseram que Sequerra havia viajado para fora do Brasil.
A assessoria do ex-prefeito de São Paulo Celso Pitta disse que "nunca viu nem conhece" os doleiros Youssef e Moghrabi e que as afirmações do primeiro sobre Pitta "são inverídicas".
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Doleiros dizem atuar legalmente
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Os doleiros brasileiros Alberto Youssef e Sílvio Roberto Anspach afirmaram, em diferentes oportunidades no ano passado, que atuaram legalmente no mercado de câmbio e que não são os responsáveis por envio ilegal de dinheiro para o exterior.
Os outros doleiros que movimentaram recursos no MTB Bank não foram localizados para falar sobre o assunto.
Em entrevista à Folha em fevereiro de 2003, Anspach, que mora nos EUA desde 1995, afirmou que não é mais procurador da Courchevel Investments e que fica "incomodado" ao ver seu nome associado a lavagem de dinheiro supostamente proveniente do tráfico de drogas e do contrabando de armas. "Doleiro sério não trabalha com tráfico de drogas, não trabalha com traficante de armas. Escolhe a clientela", disse.
Youssef, também em entrevista à Folha em fevereiro do ano passado, negou controlar contas de laranjas. "Estão me usando como Cristo", declarou à época. O doleiro foi condenado a sete anos de prisão, em regime semi-aberto, por envio ilegal de dinheiro para o exterior. Por ser réu colaborador, as ações relacionadas ao envio de divisas para o exterior do caso Banestado poderão ser arquivadas.
A reportagem procurou os demais doleiros relacionados a movimentações para o exterior por meio do MTB Bank. Na antiga sede da empresa Suntur Câmbio e Turismo, em São José dos Campos (SP), funcionários disseram que não poderiam localizar o doleiro Sandor Paes de Figueiredo.
No telefone registrado como de Charles Moghrabi, um homem que se identificou como Roberto afirmou que o doleiro não vive mais no Brasil.
No último dia 13, afirmou que iria procurá-lo e retransmitir o recado da reportagem. Na última segunda, disse que ele continuava no exterior.
Na casa e no sítio de Dani Zalcberg, em São Paulo, informaram que o doleiro está no exterior.
O doleiro Samuel Semtob Sequerra também não foi encontrado. Ele foi procurado pela reportagem dias antes de ser preso pela Polícia Federal na Operação Farol da Colina. Na casa dele, disseram que havia levado o cachorro no veterinário. No escritório, disseram que Sequerra havia viajado para fora do Brasil.
A assessoria do ex-prefeito de São Paulo Celso Pitta disse que "nunca viu nem conhece" os doleiros Youssef e Moghrabi e que as afirmações do primeiro sobre Pitta "são inverídicas".
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