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Stephanes cobra atitude agressiva contra sem-terra
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EDUARDO SCOLESE
da Folha de S.Paulo, em Brasília
Numa reação à derrubada de pés de laranja numa área invadida pelo MST no interior paulista, o ministro Reinhold Stephanes (Agricultura) cobrou ontem mais agressividade do governo federal no combate a esse tipo de ação dos sem-terra.
"O governo tem que tomar atitudes mais agressivas em relação a isso... os órgãos de repressão, a Justiça têm que atuar de forma mais incisiva", disse. "Isso traz uma insegurança para os produtores agrícolas. Eles não aceitam mais isso. Isso é muito ruim."
Questionado sobre como o governo poderia ser mais incisivo, disse: "A polícia tinha que agir com mais rigor em relação a isso, e a própria Justiça, no sentido de punir aqueles que cometem isso, que é um crime".
Já o ministro do GSI (Gabinete de Segurança Institucional) da Presidência, Jorge Felix, disse que a ação dos sem-terra não representa uma ameaça à segurança nacional.
"É um movimento como qualquer movimento social que tem seu viés de razão. Muitas vezes as ações não correspondem ao que deveria ser a observância estrita da lei", disse o general Jorge Felix. Anteontem, o ministro Guilherme Cassel (Desenvolvimento Agrário), um dos interlocutores dos sem-terra no governo, também atacou a ação, chamando-a de "grotesca".
Do lado do MST, a Comissão Pastoral da Terra, da Igreja Católica, disse que a ação, "por mais radical que possa parecer, escancara aos olhos da nação a realidade brasileira".
"Enquanto milhares de famílias sem-terra continuam acampadas Brasil afora, grandes empresas praticam a grilagem e ainda conseguem a cobertura do poder público." O MST diz que a área invadida é pública e que a Cutrale a usa sem autorização.
A repercussão das imagens de um trator destruindo pés de laranja na área invadida fizeram a bancada ruralista no Congresso recolher assinaturas para a criação de uma CPI para investigar as contas do movimento sem-terra.
Na semana passada, o governo barrou a criação de uma CPI com o mesmo objetivo, ao convencer 45 deputados a retirar suas assinaturas do requerimento. O Planalto teme que uma comissão como essa em ano eleitoral prejudique a candidatura petista a presidente.
Ontem, a Câmara aprovou um projeto de lei enviado pelo Planalto que dispensa de licitação a contratação pelo governo de ONGs, empresas e entidades ligadas a sindicatos e movimentos sociais, como o MST, para prestar serviços de assistência técnica a agricultores, seus familiares e assentados.
Colaborou MÁRCIO FALCÃO, da Folha Online
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Má distribuição de riquezas e terras são problemas, mas não são mais graves do que o nosso sistema educacional público. Este sim, nosso maior problema, que perpetua o ciclo vicioso da concentração de riquezas. Resolva-se o problema da educação e eliminamos o problema da miséria. Educação dá discernimento, cidadania, melhora a qualidade na escolha de políticos e multiplica as chances de inclusão social e econômica. É a solução mais eficaz e qualquer estatística sobre índices de desenvolvimento humano mostram isso, e isso independe do sujeito pertencer ao campo ou a cidade.
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Se a Cutrale grilou ou não fazenda a justiça que resolve, não o MST que eu nunca votei nem autorizei a fazer valer a vontade da lei. MST não tem legitimidade para isso.
A anos atrás quando eu estudei o MST seu principal argumento para invasões sempre era os grandes latifúndios improdutivos, terras paradas nas mãos da especulação. O que aconteceu com essa justificativa do MST?
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