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27/08/2004
-
17h07
CAIO JUNQUEIRA
da Folha Online
Em resposta às críticas da prefeita e candidata à reeleição, Marta Suplicy (PT), o candidato pelo PSDB, José Serra, disse nesta sexta-feira que o estilo da prefeita combina "arrogância com desconhecimento".
"É o estilo da Marta. Um estilo que combina arrogância com desconhecimento. É o estilo que toda São Paulo conhece, eu não preciso falar a esse respeito", disse, durante campanha no Jardim São Luis, zona sul de São Paulo.
Hoje, Marta acusou Serra de plagiar um programa de saúde da mulher que, segundo ela, já foi implementado por sua administração. Ela disse ainda que o tucano é "mal-informado ou age com má-fé". O programa "Mãe Paulistana", de atendimento integrado para a mulher, foi apresentado pelo tucano na última quarta-feira, durante o horário eleitoral.
"O que eu fiquei espantada, pasma, é com a falta de informação ou má-fé do candidato Serra. Porque a proposta dele para a saúde, uma proposta relacionada à mulher, é um programa que já está desde 2002 na prefeitura e o impacto é extremamente positivo. As propostas principais que ele fez ali já estão na prefeitura", disse a prefeita.
De acordo com ela, Serra "propõe, no mínimo, seis consultas [pré-natal] e a prefeitura já faz sete". "O que ele está propondo já existe há algum tempo. [O Serra] não sabe que [o programa] existe e, se quisesse propor alguma modificação, alguma melhoria, é bem-vindo. Acho ótimo, porque a gente precisa melhorar mesmo. Agora, propor um programa já existente, é feio, porque é má-fé ou é ignorância, que é mais complicado ou tanto quanto má-fé."
Marta afirmou ainda que teria vergonha de apresentar a proposta de Serra por ser "aquém" do que já existe. "Eles vieram fazer uma proposta, que valha-me Deus, eu teria vergonha, como ex-ministro da Saúde, propor aquilo. Aquilo já existe na cidade e é aquém do que já existe."
Réplica
Sobre as declarações da prefeita, Serra afirmou que ela "está [se] confundindo". "A prefeita está confundindo quando fala em sete exames. Ela não sabe que são seis pré-natal e um [exame] depois que a criança nasce. Ela foi mal-assessorada, está desinformada. Está falando de um assunto que não entende, orientada por marqueteiro. É até surpreendente que não saiba até porque é mulher."
De acordo com ele, a prefeitura não aproveita os recursos do Ministério da Saúde disponíveis para a realização de exames pré-natal na cidade de São Paulo.
"Nascem em São Paulo quase 190 mil crianças por ano e no ano passado a prefeitura registrou 10% disso, segundo dados enviados ao Ministério da Saúde. Ou seja, não estão aproveitando os recursos que o ministério poderia transferir. Fala-se de perda de R$ 2,5, R$ 3 milhões por ano. O programa que está em andamento em São Paulo é o de um mal aproveitamento, inadequado."
Em relação ao passe gestante, Serra disse que a prefeitura não queria cumprir a lei do vereador Carlos Bezerra (PSDB). "Demorou um ano para colocar em prática e agora apresenta como uma realização sua."
A lei que instituiu o passe determina a entrega de vales-transporte para gestantes fazerem os exames de pré-natal. Ela foi sancionada em novembro de 2001, mas só foi implementada em dezembro passado --nove meses após o vereador e autor da lei, Carlos Bezerra (PSDB), ter acionado a Promotoria para que Marta a cumprisse.
Sobre o fato de a lei que criou o passe gestante ser de autoria de um vereador do PSDB, a prefeita disse hoje não ter "nada contra" isso. "É ótima, não tem nada contra. Se é bom a gente faz. Agora, em vez de [ Serra] dizer que era uma lei e que eu sancionei e acho ótima, não diz. Diz que vai fazer, [mas] a lei já existe. A desinformação é muito gritante."
De acordo ela, a prefeitura gasta R$ 60 mil por mês, desde dezembro de 2003, com o passe.
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Em resposta, Serra diz que Marta combina "arrogância com desconhecimento"
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da Folha Online
Em resposta às críticas da prefeita e candidata à reeleição, Marta Suplicy (PT), o candidato pelo PSDB, José Serra, disse nesta sexta-feira que o estilo da prefeita combina "arrogância com desconhecimento".
"É o estilo da Marta. Um estilo que combina arrogância com desconhecimento. É o estilo que toda São Paulo conhece, eu não preciso falar a esse respeito", disse, durante campanha no Jardim São Luis, zona sul de São Paulo.
Hoje, Marta acusou Serra de plagiar um programa de saúde da mulher que, segundo ela, já foi implementado por sua administração. Ela disse ainda que o tucano é "mal-informado ou age com má-fé". O programa "Mãe Paulistana", de atendimento integrado para a mulher, foi apresentado pelo tucano na última quarta-feira, durante o horário eleitoral.
"O que eu fiquei espantada, pasma, é com a falta de informação ou má-fé do candidato Serra. Porque a proposta dele para a saúde, uma proposta relacionada à mulher, é um programa que já está desde 2002 na prefeitura e o impacto é extremamente positivo. As propostas principais que ele fez ali já estão na prefeitura", disse a prefeita.
De acordo com ela, Serra "propõe, no mínimo, seis consultas [pré-natal] e a prefeitura já faz sete". "O que ele está propondo já existe há algum tempo. [O Serra] não sabe que [o programa] existe e, se quisesse propor alguma modificação, alguma melhoria, é bem-vindo. Acho ótimo, porque a gente precisa melhorar mesmo. Agora, propor um programa já existente, é feio, porque é má-fé ou é ignorância, que é mais complicado ou tanto quanto má-fé."
Marta afirmou ainda que teria vergonha de apresentar a proposta de Serra por ser "aquém" do que já existe. "Eles vieram fazer uma proposta, que valha-me Deus, eu teria vergonha, como ex-ministro da Saúde, propor aquilo. Aquilo já existe na cidade e é aquém do que já existe."
Réplica
Sobre as declarações da prefeita, Serra afirmou que ela "está [se] confundindo". "A prefeita está confundindo quando fala em sete exames. Ela não sabe que são seis pré-natal e um [exame] depois que a criança nasce. Ela foi mal-assessorada, está desinformada. Está falando de um assunto que não entende, orientada por marqueteiro. É até surpreendente que não saiba até porque é mulher."
De acordo com ele, a prefeitura não aproveita os recursos do Ministério da Saúde disponíveis para a realização de exames pré-natal na cidade de São Paulo.
"Nascem em São Paulo quase 190 mil crianças por ano e no ano passado a prefeitura registrou 10% disso, segundo dados enviados ao Ministério da Saúde. Ou seja, não estão aproveitando os recursos que o ministério poderia transferir. Fala-se de perda de R$ 2,5, R$ 3 milhões por ano. O programa que está em andamento em São Paulo é o de um mal aproveitamento, inadequado."
Em relação ao passe gestante, Serra disse que a prefeitura não queria cumprir a lei do vereador Carlos Bezerra (PSDB). "Demorou um ano para colocar em prática e agora apresenta como uma realização sua."
A lei que instituiu o passe determina a entrega de vales-transporte para gestantes fazerem os exames de pré-natal. Ela foi sancionada em novembro de 2001, mas só foi implementada em dezembro passado --nove meses após o vereador e autor da lei, Carlos Bezerra (PSDB), ter acionado a Promotoria para que Marta a cumprisse.
Sobre o fato de a lei que criou o passe gestante ser de autoria de um vereador do PSDB, a prefeita disse hoje não ter "nada contra" isso. "É ótima, não tem nada contra. Se é bom a gente faz. Agora, em vez de [ Serra] dizer que era uma lei e que eu sancionei e acho ótima, não diz. Diz que vai fazer, [mas] a lei já existe. A desinformação é muito gritante."
De acordo ela, a prefeitura gasta R$ 60 mil por mês, desde dezembro de 2003, com o passe.
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