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03/09/2004 - 07h13

Envolvimento de empresa no 7 de Setembro é criticado por cientistas políticos

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da Folha de S.Paulo

Cientistas políticos ouvidos ontem pela Folha criticaram a iniciativa da governo Lula de pedir o envolvimento de empresas na tentativa de popularizar o 7 de Setembro e aumentar o espírito cívico da população.

Para Fábio Wanderley Reis, professor emérito da UFMG, a empreitada "é uma coisa inócua, sem muito alcance". "Não é a maneira de se obter espírito cívico da população", disse.

O cientista político, porém, acha que a iniciativa não tem a mesma importância da proposta de criação da Ancinav (Agência Nacional do Cinema e do Audiovisual), em que, de acordo com ele, há a tentativa de interferir em conteúdo. "Enquanto não for como essa outra, é secundário", afirmou.

Leôncio Martins Rodrigues, da Unicamp, disse que iniciativas como a do pedido às empresas têm resultados ruins em todos os lugares que as adotam. "Sempre vejo isso com medo."

Ele considera que só se obtém uma mobilização nacionalista quando há uma continuidade nas ações, como fizeram Estados totalitários e autoritários.

Para o cientista político, a empreitada "está mais ou menos na linha nacionalista do governo, como medidas na política externa e na economia". Leôncio a relacionou ainda com o que ocorria em épocas anteriores com o antigo Partidão (PCB), de se tentar "um pacto com a burguesia nacional progressista e patriótica".

O governo Lula usou um catálogo de 2.000 empresas para enviar sugestões de adesão. Responsável pelo pedido, o ministro Luiz Gushiken (Comunicação de Governo) disse ontem que as manifestações na Semana da Pátria devem ser "espontâneas e organizadas".

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