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05/09/2004
-
07h28
da Folha de S.Paulo
Representantes das administrações Pitta e Maluf rejeitam comparações dos custos atuais do transporte coletivo com os de anos anteriores e demonstram desconfiança quanto ao ônus do bilhete único aos passageiros e ao município. Mesmo assim, são favoráveis ao cartão magnético.
Antenor Braido, secretário de Comunicação da gestão Pitta, afirma que a prefeita Marta Suplicy compromete os gastos totais da prefeitura com subsídio em patamares não muito diferentes de gestões anteriores pelo fato de ter aumentado demais a arrecadação com taxas e impostos.
"É algo incomparável", afirma. Assim, se hoje aproximadamente 2% do Orçamento são gastos com subvenções aos ônibus e lotações, esse índice seria maior se a receita do município fosse igual à de anos anteriores. Ainda assim, entretanto, o percentual não atingiria 3%.
Getúlio Hanashiro, que foi secretário dos Transportes do governo Pitta, afirma ainda que os valores fornecidos pela prefeitura incluem pendências de anos anteriores que tiveram de ser pagas.
"Pitta teve de pagar os atrasados", afirma. Ele atribui a elevação da tarifa acima da inflação à alta dos insumos do transporte, mas considera piores os reajustes da passagem feitos por Marta.
"No fundo, a atual administração foi quem mais onerou a população, porque acumulou reajustes anteriores. É a maior tarifa dos últimos anos", diz ele.
Tanto representantes de Pitta como de Maluf lembram ainda que no custo das subvenções do custeio dos ônibus e lotações não estão incluídos os gastos com a própria implantação do bilhete único --como a instalação de equipamentos de informática.
Adilson Laranjeira, assessor de imprensa de Maluf, afirma que os reajustes tarifários da época foram embasados em estudos dos custos do transporte. Diz ainda que não causaram turbulências.
A alta na gestão Maluf também é atribuída à decisão do ex-prefeito de reduzir os subsídios ao sistema. Quando assumiu, eles consumiam 5,7% do Orçamento. Ao sair, esse índice baixou para 2,5%.
A administração Marta não quis dar uma entrevista sobre o tema. A assessoria da Secretaria dos Transportes pediu uma relação de perguntas por escrito e forneceu respostas curtas, sem detalhes.
A gestão Marta diz que os dados desde a implantação do bilhete único, em maio, indicam um equilíbrio do sistema. O governo também atribui aos insumos, mão-de-obra e encargos os reajustes tarifários superiores à inflação. Diz, porém, que, com a implantação do bilhete único, a tarifa de São Paulo se torna "a mais barata do Brasil" em relação a cidades de porte semelhante, já que permite baldeações por R$ 1,70.
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Representantes das administrações Pitta e Maluf rejeitam comparações dos custos atuais do transporte coletivo com os de anos anteriores e demonstram desconfiança quanto ao ônus do bilhete único aos passageiros e ao município. Mesmo assim, são favoráveis ao cartão magnético.
Antenor Braido, secretário de Comunicação da gestão Pitta, afirma que a prefeita Marta Suplicy compromete os gastos totais da prefeitura com subsídio em patamares não muito diferentes de gestões anteriores pelo fato de ter aumentado demais a arrecadação com taxas e impostos.
"É algo incomparável", afirma. Assim, se hoje aproximadamente 2% do Orçamento são gastos com subvenções aos ônibus e lotações, esse índice seria maior se a receita do município fosse igual à de anos anteriores. Ainda assim, entretanto, o percentual não atingiria 3%.
Getúlio Hanashiro, que foi secretário dos Transportes do governo Pitta, afirma ainda que os valores fornecidos pela prefeitura incluem pendências de anos anteriores que tiveram de ser pagas.
"Pitta teve de pagar os atrasados", afirma. Ele atribui a elevação da tarifa acima da inflação à alta dos insumos do transporte, mas considera piores os reajustes da passagem feitos por Marta.
"No fundo, a atual administração foi quem mais onerou a população, porque acumulou reajustes anteriores. É a maior tarifa dos últimos anos", diz ele.
Tanto representantes de Pitta como de Maluf lembram ainda que no custo das subvenções do custeio dos ônibus e lotações não estão incluídos os gastos com a própria implantação do bilhete único --como a instalação de equipamentos de informática.
Adilson Laranjeira, assessor de imprensa de Maluf, afirma que os reajustes tarifários da época foram embasados em estudos dos custos do transporte. Diz ainda que não causaram turbulências.
A alta na gestão Maluf também é atribuída à decisão do ex-prefeito de reduzir os subsídios ao sistema. Quando assumiu, eles consumiam 5,7% do Orçamento. Ao sair, esse índice baixou para 2,5%.
A administração Marta não quis dar uma entrevista sobre o tema. A assessoria da Secretaria dos Transportes pediu uma relação de perguntas por escrito e forneceu respostas curtas, sem detalhes.
A gestão Marta diz que os dados desde a implantação do bilhete único, em maio, indicam um equilíbrio do sistema. O governo também atribui aos insumos, mão-de-obra e encargos os reajustes tarifários superiores à inflação. Diz, porém, que, com a implantação do bilhete único, a tarifa de São Paulo se torna "a mais barata do Brasil" em relação a cidades de porte semelhante, já que permite baldeações por R$ 1,70.
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