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07/09/2004 - 12h44

Lula exorta patriotismo, e "parada" reúne 50 mil em Brasília

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EDUARDO CUCOLO
da Folha Online, em Brasília

Na onda de nacionalismo puxada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, as comemorações do Dia da Independência reuniram cerca de 50 mil pessoas na Esplanada dos Ministérios, na manhã desta terça-feira, segundo números da Polícia Militar.

Hoje, Lula não desfilou em carro aberto, mas chegou à Esplanada dos Ministérios em um Rolls-Royce, o mesmo utilizado no dia da posse. Estava acompanhado da primera-dama, Marisa Letícia. Foi aplaudido e assistiu à festa ao lado do primeiro-ministro de Portugal, Pedro Santana Lopes, e de vários ministros do seu governo.

O presidente havia conclamado, ontem, em seu programa quinzenal de rádio, a população a sair às ruas para festejar o 7 de Setembro que, segundo ele, ocorre num momento de "muita auto-estima" do brasileiro. À noite, voltou a falar em "auto-estima" e patriotismo a um grupo de atletas paraolímpicos, no Palácio do Planalto.

"Estamos comemorando o Dia da Independência em um momento de muita auto-estima do povo brasileiro, em um momento em que a economia dá sinais de crescimento sustentável, superando as expectativas que foram feitas no começo do ano", disse ontem. A euforia do presidente deve-se ao crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) de 4,2% no primeiro semestre deste ano.

O ministro Gilberto Gil (Cultura) comparou a festa brasileira ao 4 de Julho dos Estados Unidos. Disse que é importante para o país festejar datas que estejam ligadas à formação do povo. "O povo é a melhor coisa que nós temos", afirmou.

O ministro José Dirceu disse que a comemoração era importante num momento que o país tem melhorias na área social.

Atrações

Folha Imagem
Vanderlei Cordeiro
Convidado pelo governo para as comemorações do Dia da Independência, o maratonista Vanderlei Cordeiro de Lima, medalha de bronze na Olimpíada de Atenas, abriu o desfile, por volta das 9h30. Carregando uma bandeira, ele cruzou a Esplanada dos Ministérios sob aplausos do público.

O atleta chegou a liderar a maratona da Olimpíada de Atenas e, a seis quilômetros do final, foi agarrado por um fanático religioso irlandês, que o deslocou para a multidão que assistia à prova. Vanderlei perdeu o ritmo da corrida, mas, mesmo assim, prosseguiu e terminou em terceiro, ganhando a medalha de bronze.

Antes de o corredor atravessar a via, quatro pára-quedistas saltaram de aviões. Um deles levava uma bandeira do Brasil. Também foi acesa a pira do chamado Fogo Simbólico da Pátria. Houve revista às tropas e salva de 21 tiros.

O desfile foi encerrado às 12h, com manobras dos aviões da Esquadrilha da Fumaça. Os últimos a desfilarem foram militares do Grupamento de Cavalaria de Guarda, entre eles os Dragões da Independência, responsáveis pela guarda presidencial.

Segundo a assessoria de imprensa do Ministério da Defesa, cerca de 6.700 desfilariam hoje em Brasília, com maioria de militares, policiais federais e rodoviários e bombeiros, num total de 5.500 pessoas. Já os civis, como artistas e alunos de escolas públicas, seriam cerca de 1.200.

Protesto

Um grupo de cerca de dez mulheres de militares fez uma manifestação no final do desfile em frente ao palanque onde estava Lula. Pediam reajuste salarial aos integrantes das Forças Armadas. Uma delas chegou a deitar no chão e chorar.

"Militar é patriota, mas não é idiota", dizia um dos cartazes.

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