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08/09/2004
-
17h30
da Folha Online
A prefeita e candidata à reeleição em São Paulo, Marta Suplicy (PT), afirmou hoje que uma vitória do seu adversário tucano José Serra (PSDB) poderá acarretar uma crise política no país. Ela argumentou que a eleição para a prefeitura paulistana inaugura a sucessão presidencial de 2006.
"As forças organizadas da sociedade paulista deverão escolher com muita clareza o caminho que esperam que o país percorra nos próximos dois anos: a união e o aprofundamento da atual política econômica de crescimento ou o estado de crise política se alastrando durante dois anos", disse Marta.
Segundo a prefeita, "a escolha [entre os dois caminhos] vai ser dos eleitores, livremente, e tudo indica que [eles] vão aspirar à união e à continuidade".
"O que está em jogo nas eleições municipais em São Paulo vai muito além da escolha do titular do cargo. O que deve ficar claro é que o significado e o objetivo da candidatura de oposição é utilizar a Prefeitura de São Paulo como instrumento de oposição ao governo federal e a abertura antecipada da própria sucessão presidencial", afirmou.
Marta também fez questão de elogiar o governo Lula e "comemorar" a projeção de crescimento do PIB (Produto Interno Bruto). "Em projeção anual, o crescimento do PIB está estimado em 4%, um pouco mais, com fôlego para os próximos dois anos, pelo menos. Ao mesmo tempo, não existe automatismo na melhora dos indicadores e importantes reformas devem ser realizadas para alavancar esse desenvolvimento."
As declarações foram feitas durante palestra na Acrefi (Associação Nacional das Instituições de Crédito, Financiamentos e Investimentos).
Outro lado
Em campanha na Brasilândia (zona norte), José Serra rebateu as declarações: "Eu acho que ela tentou fazer uma chantagem e disse uma bobagem. Chantagem porque a população de São Paulo não vai se deixar levar no voto por ameaças dessa natureza.. Tenho certeza de que se ela pensasse duas vezes ela não teria dito isso.."
Disse também que Marta "parece pessimista com relação a sua própria possibilidade de eleição". "Ela está parecendo pessimista quanto a chance dela de se reeleger. Ainda falta muito tempo. Ela tem um mês praticamente para dar batalha e se viabilizar. Nós estamos fazendo a mesma coisa, em vez de fazer chantagem ou de dizer bobagem."
No início da noite, a coordenação da campanha de Serra divulgou uma nota na qual afirma que Marta apela "para a chantagem e ameaça" e que "o PT tem dado demonstrações de intolerância à divergência à critica e ao pluralismo".
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Marta diz que vitória de Serra geraria crise política no país
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A prefeita e candidata à reeleição em São Paulo, Marta Suplicy (PT), afirmou hoje que uma vitória do seu adversário tucano José Serra (PSDB) poderá acarretar uma crise política no país. Ela argumentou que a eleição para a prefeitura paulistana inaugura a sucessão presidencial de 2006.
"As forças organizadas da sociedade paulista deverão escolher com muita clareza o caminho que esperam que o país percorra nos próximos dois anos: a união e o aprofundamento da atual política econômica de crescimento ou o estado de crise política se alastrando durante dois anos", disse Marta.
Segundo a prefeita, "a escolha [entre os dois caminhos] vai ser dos eleitores, livremente, e tudo indica que [eles] vão aspirar à união e à continuidade".
"O que está em jogo nas eleições municipais em São Paulo vai muito além da escolha do titular do cargo. O que deve ficar claro é que o significado e o objetivo da candidatura de oposição é utilizar a Prefeitura de São Paulo como instrumento de oposição ao governo federal e a abertura antecipada da própria sucessão presidencial", afirmou.
Marta também fez questão de elogiar o governo Lula e "comemorar" a projeção de crescimento do PIB (Produto Interno Bruto). "Em projeção anual, o crescimento do PIB está estimado em 4%, um pouco mais, com fôlego para os próximos dois anos, pelo menos. Ao mesmo tempo, não existe automatismo na melhora dos indicadores e importantes reformas devem ser realizadas para alavancar esse desenvolvimento."
As declarações foram feitas durante palestra na Acrefi (Associação Nacional das Instituições de Crédito, Financiamentos e Investimentos).
Outro lado
Em campanha na Brasilândia (zona norte), José Serra rebateu as declarações: "Eu acho que ela tentou fazer uma chantagem e disse uma bobagem. Chantagem porque a população de São Paulo não vai se deixar levar no voto por ameaças dessa natureza.. Tenho certeza de que se ela pensasse duas vezes ela não teria dito isso.."
Disse também que Marta "parece pessimista com relação a sua própria possibilidade de eleição". "Ela está parecendo pessimista quanto a chance dela de se reeleger. Ainda falta muito tempo. Ela tem um mês praticamente para dar batalha e se viabilizar. Nós estamos fazendo a mesma coisa, em vez de fazer chantagem ou de dizer bobagem."
No início da noite, a coordenação da campanha de Serra divulgou uma nota na qual afirma que Marta apela "para a chantagem e ameaça" e que "o PT tem dado demonstrações de intolerância à divergência à critica e ao pluralismo".
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