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09/09/2004
-
15h16
CAIO JUNQUEIRA
da Folha Online
O candidato a prefeito de São Paulo pelo PP, Paulo Maluf, disse nesta quinta-feira que a dívida da prefeitura é "impagável" e que pretende renegociá-la caso seja eleito.
"Se alguém acha que pode pagar a dívida pura e simplesmente está embrulhando a população de São Paulo. A dívida é impagável. Ou repactua, baixa os juros e alonga o pagamento ou não tem como pagar a dívida. Ninguém vai pagar a dívida", disse, durante sabatina na Câmara Municipal promovida pelo jornal "Diário de S. Paulo".
O candidato isentou de culpa a prefeita e candidata à reeleição, Marta Suplicy (PT), pela dívida da cidade e acusou a política econômica da gestão Fernando Henrique Cardoso (1995-2002) como responsável pela dívida.
"A culpa não é da Marta, é da política perversa econômica que privilegia banqueiros. Essa política de juros pornográficos que os tucanos nos impuseram desde 1995 quebrou a Prefeitura de São Paulo e está quebrando o Brasil."
O candidato afirmou que, se eleito, em maio do próximo ano --data de vencimento da dívida-- dirá ao ministro da Fazenda que "não vai dar para pagar porque não tem como amortizar os juros".
A dívida de São Paulo é estimada hoje em, aproximadamente, R$ 28 bilhões. O Orçamento do município é de R$ 14,5 bilhões. Maluf disse que, se eleito, o município poderá empenhar no máximo 13% da receita orçamentária para tentar pagar essa dívida.
Ele evitou comentar eventuais apoios a candidatos no segundo turno, uma vez que, segundo ele, será um dos que estarão disputando.
Irritação
Maluf irritou-se, mais de uma vez, com as perguntas dos jornalistas nesta manhã. Sobre a razão de ter contratado advogados para impedir que tivesse seu sigilo bancário quebrado no exterior, Maluf disse que a pergunta não era "original".
"Essa pergunta me foi feita 1.000 vezes e você não é nada original. Todo sujeito que é acusado e agredido injustamente e contrata um advogado é réu confesso?", disse.
Questionado novamente, o candidato rebateu: "Se vocês pensam que isso aqui é um tribunal e estou aqui como réu estão enganados. Não tenho uma condenação penal em 37 anos de vida pública, não admito qualquer tipo de alusão a qualquer irregularidade que tenha cometido porque sou um homem honesto. Já disse que não tenho conta no exterior".
Em relação à frase que disse durante a campanha eleitoral de 1996, na qual afirmou que caso Celso Pitta não fosse um bom prefeito, nunca mais votassem nele [em Maluf], o candidato também classificou a pergunta como não sendo "original".
"Eu não imponho nem restrinjo perguntas. Agora, eu vim aqui para debater meu projeto de governo. Você pode me perguntar sobre a frase que eu disse sobre o Pitta. Você não tem nada de original, está copiando 10 mil colegas que já me perguntaram e eu vou te responder: errei", disse.
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Maluf diz que dívida de São Paulo é "impagável"
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da Folha Online
O candidato a prefeito de São Paulo pelo PP, Paulo Maluf, disse nesta quinta-feira que a dívida da prefeitura é "impagável" e que pretende renegociá-la caso seja eleito.
"Se alguém acha que pode pagar a dívida pura e simplesmente está embrulhando a população de São Paulo. A dívida é impagável. Ou repactua, baixa os juros e alonga o pagamento ou não tem como pagar a dívida. Ninguém vai pagar a dívida", disse, durante sabatina na Câmara Municipal promovida pelo jornal "Diário de S. Paulo".
O candidato isentou de culpa a prefeita e candidata à reeleição, Marta Suplicy (PT), pela dívida da cidade e acusou a política econômica da gestão Fernando Henrique Cardoso (1995-2002) como responsável pela dívida.
"A culpa não é da Marta, é da política perversa econômica que privilegia banqueiros. Essa política de juros pornográficos que os tucanos nos impuseram desde 1995 quebrou a Prefeitura de São Paulo e está quebrando o Brasil."
O candidato afirmou que, se eleito, em maio do próximo ano --data de vencimento da dívida-- dirá ao ministro da Fazenda que "não vai dar para pagar porque não tem como amortizar os juros".
A dívida de São Paulo é estimada hoje em, aproximadamente, R$ 28 bilhões. O Orçamento do município é de R$ 14,5 bilhões. Maluf disse que, se eleito, o município poderá empenhar no máximo 13% da receita orçamentária para tentar pagar essa dívida.
Ele evitou comentar eventuais apoios a candidatos no segundo turno, uma vez que, segundo ele, será um dos que estarão disputando.
Irritação
Maluf irritou-se, mais de uma vez, com as perguntas dos jornalistas nesta manhã. Sobre a razão de ter contratado advogados para impedir que tivesse seu sigilo bancário quebrado no exterior, Maluf disse que a pergunta não era "original".
"Essa pergunta me foi feita 1.000 vezes e você não é nada original. Todo sujeito que é acusado e agredido injustamente e contrata um advogado é réu confesso?", disse.
Questionado novamente, o candidato rebateu: "Se vocês pensam que isso aqui é um tribunal e estou aqui como réu estão enganados. Não tenho uma condenação penal em 37 anos de vida pública, não admito qualquer tipo de alusão a qualquer irregularidade que tenha cometido porque sou um homem honesto. Já disse que não tenho conta no exterior".
Em relação à frase que disse durante a campanha eleitoral de 1996, na qual afirmou que caso Celso Pitta não fosse um bom prefeito, nunca mais votassem nele [em Maluf], o candidato também classificou a pergunta como não sendo "original".
"Eu não imponho nem restrinjo perguntas. Agora, eu vim aqui para debater meu projeto de governo. Você pode me perguntar sobre a frase que eu disse sobre o Pitta. Você não tem nada de original, está copiando 10 mil colegas que já me perguntaram e eu vou te responder: errei", disse.
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