Publicidade
Publicidade
10/09/2004
-
14h10
MILENA BUOSI
da Folha Online
A prefeita e candidata à reeleição, Marta Suplicy (PT), disparou hoje contra o governo Geraldo Alckmin (PSDB) para atingir seu adversário tucano, José Serra, e acusou o PSDB de "pegar carona em suas propostas".
"Eu vejo candidato prometendo ampliar a distribuição de uniforme. Achei interessantíssimo. Um milhão de crianças já receberam uniforme. Vai ampliar para quem? Para o Estado? Mas há 12 anos eles podiam ter feito uniforme, por que não fizeram? Há 12 anos podiam ter dado material [escolar], por que não fizeram?", atacou a prefeita.
"Aliás, o bilhete único, há 12 anos eles podiam ter feito, coloca no metrô, com ônibus e no trem. Por que não fizeram? É interessante, eles pegam carona em todas as nossas propostas e não têm uma proposta nova", completou.
Ao falar sobre a saúde, referiu-se aos programas do Estado como um "desastre". "Eu vou ser sincera, não estou nada satisfeita com a saúde aqui, mas também não estou nada satisfeita com a saúde do Brasil e nem com a do Estado, que é um desastre. Não dá para aplaudir saúde nenhuma".
"Como se bastasse o título de ex-ministro para garantir alguma coisa. Aqui temos começo meio e fim nas nossas propostas, onde eles querem pegar carona, podiam ter feito e não fizeram. Eles não planejaram nada. Falei com o governador há mais de um ano sobre o bilhete único. Eles não acreditaram que a gente pudesse fezer", disse.
A prefeita discursou nesta manhã para cerca de 400 aposentados e sindicalistas da CUT (Central Única dos Trabalhadores) na quadra do Sindicato dos Bancários, no centro de São Paulo.
Federalização
Na última quarta-feira, Marta abriu um duelo verbal com Serra ao declarar durante palestra que a vitória dele poderá acarretar uma crise política no país.
Marta tem citado o governo Lula em seus discursos enquanto o PT critica a atuação de Alckmin na campanha do tucano. O presidente do PT, José Genoino, por exemplo, chegou a afirmar que o governador era "garoto propaganda" de Serra.
"Eles é que estão apavorados. Eles é que estão com medo, senão não faziam do governador de São Paulo um verdadeiro garoto-propaganda da campanha do Serra, usando maciçamente a propaganda oficial do Estado", disse, na ocasião.
Saúde
Marta lembrou também de suas ações na área da saúde. Disse que teve de começar do zero porque o PAS (Plano de Atendimento à Saúde) "não funcionava, só tinha corrupção".
"Tivemos que começar do zero. Recebemos 15 hospitais do PAS que voltaram para a prefeitura sem nenhum equipamento, eles não tinham manutenção. As UBSs [Unidades Básicas de Saúde], como sabiam que iam voltar para o município, nem o Estado investiu nem o PAS investiu", disse.
"Tínhamos que municipalizar a saúde para poder estar na mão que o país vai e poder receber recurso federal. Este ano recebemos R$ 328 milhões do governo federal. Reconstruímos mais de 40 UBSs e os hospitais foram sendo reequipados. Fizemos o programa Saúde da Família, que em oito anos, o Estado fez 200 equipes. Nós, em dois anos, fizemos 500 e pegamos essas 200."
Marta afirmou também que vai aumentar "um pouquinho" o orçamento da saúde. A candidata classificou como "um salto gigantesco" a concretização do CEU Saúde.
"Não é à toa que o ministro da Saúde [Humberto Costa] apareceu no nosso programa dizendo que é bom, é interessante e 'temos condição de ajudar'. Não é à toa que nosso ministro Palocci [Antonio Palocci, ministro da Fazenda], que também é médico, aparece no nosso programa dizendo que é interessante esse programa."
Leia mais
Folha inicia hoje sabatina com candidatos a prefeito de SP; veja como participar
Especial
Leia o que já foi publicado sobre José Serra
Leia o que já foi publicado sobre Marta Suplicy
Veja o especial de eleições
Veja as últimas pesquisas no site Datafolha
Marta critica PSDB e diz que Serra "pega carona em suas propostas"
Publicidade
da Folha Online
A prefeita e candidata à reeleição, Marta Suplicy (PT), disparou hoje contra o governo Geraldo Alckmin (PSDB) para atingir seu adversário tucano, José Serra, e acusou o PSDB de "pegar carona em suas propostas".
"Eu vejo candidato prometendo ampliar a distribuição de uniforme. Achei interessantíssimo. Um milhão de crianças já receberam uniforme. Vai ampliar para quem? Para o Estado? Mas há 12 anos eles podiam ter feito uniforme, por que não fizeram? Há 12 anos podiam ter dado material [escolar], por que não fizeram?", atacou a prefeita.
"Aliás, o bilhete único, há 12 anos eles podiam ter feito, coloca no metrô, com ônibus e no trem. Por que não fizeram? É interessante, eles pegam carona em todas as nossas propostas e não têm uma proposta nova", completou.
Ao falar sobre a saúde, referiu-se aos programas do Estado como um "desastre". "Eu vou ser sincera, não estou nada satisfeita com a saúde aqui, mas também não estou nada satisfeita com a saúde do Brasil e nem com a do Estado, que é um desastre. Não dá para aplaudir saúde nenhuma".
"Como se bastasse o título de ex-ministro para garantir alguma coisa. Aqui temos começo meio e fim nas nossas propostas, onde eles querem pegar carona, podiam ter feito e não fizeram. Eles não planejaram nada. Falei com o governador há mais de um ano sobre o bilhete único. Eles não acreditaram que a gente pudesse fezer", disse.
A prefeita discursou nesta manhã para cerca de 400 aposentados e sindicalistas da CUT (Central Única dos Trabalhadores) na quadra do Sindicato dos Bancários, no centro de São Paulo.
Federalização
Na última quarta-feira, Marta abriu um duelo verbal com Serra ao declarar durante palestra que a vitória dele poderá acarretar uma crise política no país.
Marta tem citado o governo Lula em seus discursos enquanto o PT critica a atuação de Alckmin na campanha do tucano. O presidente do PT, José Genoino, por exemplo, chegou a afirmar que o governador era "garoto propaganda" de Serra.
"Eles é que estão apavorados. Eles é que estão com medo, senão não faziam do governador de São Paulo um verdadeiro garoto-propaganda da campanha do Serra, usando maciçamente a propaganda oficial do Estado", disse, na ocasião.
Saúde
Marta lembrou também de suas ações na área da saúde. Disse que teve de começar do zero porque o PAS (Plano de Atendimento à Saúde) "não funcionava, só tinha corrupção".
"Tivemos que começar do zero. Recebemos 15 hospitais do PAS que voltaram para a prefeitura sem nenhum equipamento, eles não tinham manutenção. As UBSs [Unidades Básicas de Saúde], como sabiam que iam voltar para o município, nem o Estado investiu nem o PAS investiu", disse.
"Tínhamos que municipalizar a saúde para poder estar na mão que o país vai e poder receber recurso federal. Este ano recebemos R$ 328 milhões do governo federal. Reconstruímos mais de 40 UBSs e os hospitais foram sendo reequipados. Fizemos o programa Saúde da Família, que em oito anos, o Estado fez 200 equipes. Nós, em dois anos, fizemos 500 e pegamos essas 200."
Marta afirmou também que vai aumentar "um pouquinho" o orçamento da saúde. A candidata classificou como "um salto gigantesco" a concretização do CEU Saúde.
"Não é à toa que o ministro da Saúde [Humberto Costa] apareceu no nosso programa dizendo que é bom, é interessante e 'temos condição de ajudar'. Não é à toa que nosso ministro Palocci [Antonio Palocci, ministro da Fazenda], que também é médico, aparece no nosso programa dizendo que é interessante esse programa."
Leia mais
Especial
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Nomeação de novo juiz do Supremo pode ter impacto sobre a Lava Jato
- Indicação de Alexandre de Moraes vai aprofundar racha dentro do PSDB
- Base no Senado exalta currículo de Moraes e elogia indicação
- Na USP, Moraes perdeu concursos e foi acusado de defender tortura
- Escolha de Moraes só possui semelhança com a de Nelson Jobim em 1997
+ Comentadas
- Manifestantes tentam impedir fala de Moro em palestra em Nova York
- Temer decide indicar Alexandre de Moraes para vaga de Teori no STF
+ EnviadasÍndice