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12/09/2004
-
08h31
da Folha de S.Paulo
A principal suspeita investigada pela Polícia Federal sobre o alto número de bilhetes premiados de uma só pessoa é que as loterias estejam sendo usadas para lavagem de dinheiro.
Em linhas gerais, o esquema funcionaria do seguinte modo: o real ganhador da aposta é abordado pelo dono da lotérica ou por um integrante do esquema que descobre seu paradeiro. O bilhete é comprado por valor maior do que o prometido pela Caixa.
O bilhete passa então a ser usado por uma pessoa que queira lavar recursos provenientes de caixa dois de empresas ou de atividades ilícitas. Ao apresentar o bilhete na Caixa, ele passa a ser o premiado oficial, podendo acrescentar o valor na declaração de Imposto de Renda prestada à Receita Federal.
Assim, um eventual aumento do patrimônio seu ou de sua empresa, gerado por atos ilícitos, poderia ser atribuído à premiação.
Para investigadores ouvidos pela Folha, o esquema, se existe, pode ser desmontado com uma única e simples medida a ser tomada pela Caixa: registrar o número do CPF do jogador no ato da aposta. Isso impediria que outras pessoas apresentassem o bilhete premiado como se fosse seu e, assim, desarticularia o esquema.
Ouvida pela reportagem, a assessoria da Caixa emitiu nota na qual descarta completamente a possibilidade. A brecha para a lavagem de dinheiro por loterias continuará. Segundo a nota, a identificação do apostador seria um "retrocesso".
"Restou comprovado na época que a adoção desse procedimento é incompatível/inadequada ao sistema de loterias on-line disponível nos dias atuais, lembrando que, por ser facultativo tal preenchimento, só alguns apostadores se identificavam no verso dos volantes."
Ainda de acordo com a Caixa, a medida poderia "prejudicar" o comércio de jogos lotéricos.
"A introdução da condição de identificação obrigatória do apostados é prejudicial às vendas."
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PF suspeita de esquema para lavar dinheiro
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A principal suspeita investigada pela Polícia Federal sobre o alto número de bilhetes premiados de uma só pessoa é que as loterias estejam sendo usadas para lavagem de dinheiro.
Em linhas gerais, o esquema funcionaria do seguinte modo: o real ganhador da aposta é abordado pelo dono da lotérica ou por um integrante do esquema que descobre seu paradeiro. O bilhete é comprado por valor maior do que o prometido pela Caixa.
O bilhete passa então a ser usado por uma pessoa que queira lavar recursos provenientes de caixa dois de empresas ou de atividades ilícitas. Ao apresentar o bilhete na Caixa, ele passa a ser o premiado oficial, podendo acrescentar o valor na declaração de Imposto de Renda prestada à Receita Federal.
Assim, um eventual aumento do patrimônio seu ou de sua empresa, gerado por atos ilícitos, poderia ser atribuído à premiação.
Para investigadores ouvidos pela Folha, o esquema, se existe, pode ser desmontado com uma única e simples medida a ser tomada pela Caixa: registrar o número do CPF do jogador no ato da aposta. Isso impediria que outras pessoas apresentassem o bilhete premiado como se fosse seu e, assim, desarticularia o esquema.
Ouvida pela reportagem, a assessoria da Caixa emitiu nota na qual descarta completamente a possibilidade. A brecha para a lavagem de dinheiro por loterias continuará. Segundo a nota, a identificação do apostador seria um "retrocesso".
"Restou comprovado na época que a adoção desse procedimento é incompatível/inadequada ao sistema de loterias on-line disponível nos dias atuais, lembrando que, por ser facultativo tal preenchimento, só alguns apostadores se identificavam no verso dos volantes."
Ainda de acordo com a Caixa, a medida poderia "prejudicar" o comércio de jogos lotéricos.
"A introdução da condição de identificação obrigatória do apostados é prejudicial às vendas."
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