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17/09/2004 - 15h26

Serra diz que Prefeitura de SP "é uma grande caixa preta"

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CAIO JUNQUEIRA
da Folha Online

O candidato a prefeito de São Paulo pelo PSDB, José Serra, disse nesta sexta-feira que a prefeitura "é uma grande caixa preta". O tucano citava a dificuldade, segundo ele, de se obter informações sobre a gestão de Marta Suplicy (PT), que concorre à reeleição.

"A prefeitura é uma grande caixa preta. Ou um 'montão' de caixinhas pretas, porque não está organizada. Caixa já pode dar uma idéia de que é um todo integrado. Não é nem isso. São caixinhas. É uma coisa assim inteiramente anárquica", disse.

"A administração do PT é o contrário da transparência, é opacidade. Todos projetos para dar transparência não passam [na Câmara Municipal]", completou.

O tucano afirmou também que não responderá na TV às acusações do PT de que algumas doenças aumentaram quando foi ministro da Saúde, durante a gestão do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (1995-2002).

"Está entrando como um truque publicitário. Estou sendo acusado de aumentar a diabete como se diabete fosse uma doença transmissível. Toda vez que você começa a trabalhar com um problema na saúde aumenta o número de casos porque a primeira coisa que você faz é levantar os [números de] casos", disse.

Serra disse ainda que o PT faz "terrorismo eleitoral" quando afirma que, caso ele seja eleito, não continuará alguns dos projetos da prefeita, como os CEUs (Centro Educacional Unificado). "Quanto à referência do PT a essas questões não é preocupação [de os projetos não terem continuidade]. Isso é puro artifício eleitoral. É terrorismo eleitoral."

Candidatura

Questionado por que demorou a assumir sua candidatura, Serra afirmou ter sido o primeiro candidato a defini-la e disse que o governador Geraldo Alckmin (PSDB) foi um dos que mais se empenharam nessa definição, ao contrário de FHC. "O governador particularmente se empenhou bastante para que eu fosse candidato. O Fernando Henrique não."

Ao comentar qual seria, caso eleito, sua política de nomeação dos subprefeitos, o candidato criticou o PT por ter, de acordo com ele, no poder, voltado aos "velhos costumes da política brasileira".

"O PT chegou ao poder para renovar os costumes na política brasileira. A única coisa que fez foi fortalecer os velhos costumes, mas de uma maneira desinibida, sem medo de ser feliz. Esse negócio de ser feliz acabou fazendo escola. Sem medo de ser feliz usando a máquina, sem medo de ser feliz voltando aos piores procedimentos da política brasileira. Não vou lotear as subprefeituras. Como pode entregar 200, 300 mil pessoas a uma barganha política."

Juros

O candidato criticou também o aumento da taxa de juros na última quarta-feira. "Não deveria ter subido os juros não. Isso é má análise econômica."

O Copom (Comitê de Política Monetária, do Banco Central) anunciou uma alta de 0,25 ponto percentual na taxa básica de juro (Selic), que passa para 16,25% ao ano. Foi a primeira elevação desde fevereiro do ano passado e a terceira do governo Lula.

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