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17/09/2004
-
17h22
JANAÍNA LAGE
da Folha Online, no Rio
O senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) afirmou hoje que o vazamento de nomes na CPI do Banestado é um problema de toda a sociedade. Após a divulgação da lista de nomes com familiares do senador, as divergências entre ele e o ministro da Casa Civil, José Dirceu, aumentaram.
Jereissati afirma não ter provas para acusar ninguém, mas fez inúmeras críticas ao comportamento do ministro. "Tá todo mundo com a pulga atrás da orelha porque afinal de contas é ele mesmo que faz ameaças, que diz vou pegar fulano, vou acabar com sicrano, vou dar um tiro em beltrano. Para um ministro de Estado essas ameaças são muito estranhas", disse.
O senador afirmou que Dirceu deve procurar atacá-lo de outras formas. "O Dirceu disse que me daria um tiro no peito, fatal. Não acredito que esse tiro seja com revólver de verdade, e sim, de outras maneiras. Ele mesmo tem levado a crer que está disposto a qualquer coisa", afirmou.
Segundo o senador, não há dúvida de que as informações saíram da relatoria da CPI, mas que ainda não há como afirmar quem estaria por trás do vazamento dos nomes.
Para Jereissati, o vazamento de nomes da CPI do Banestado não é um fato isolado. "É preciso ver a legislação que impõe o controle dos jornalistas, as tentativas de impor uma legislação que controle toda a produção cultural do país e as declarações do ministro da Casa Civil sempre num tom de vou arrasar e arrombar porta", disse.
Hoje, ele chegou a comparar a quebra de sigilo fiscal e telefônico ao nazismo. "Nessa CPI se quebrou o sigilo de praticamente todo o país, isso é muito grave, é levar as coisas no nazismo", disse.
Histórico
Tasso tem travado duelo verbal com integrantes do governo. No mês passado, gerou polêmica ao afirmar que o projeto das PPPs (Parceria Público Privada) serviria "para roubalheira do Delúbio Soares", o tesoureiro do PT.
"É para o Delúbio [Soares, tesoureiro do PT] deitar e rolar", afirmou à época.
Em outra ocasião, Dirceu criticou a oposição tucana e disse que o PSDB não tem "moral" para questionar um eventual uso político dos recursos do BNDES e de fundos de pensão por meio de PPPs.
César Maia
Jereissati teve um almoço de apoio à candidatura do prefeito César Maia no Palácio da Cidade. Para o prefeito, o vazamento de nomes é um alerta para a sociedade em todos os seus segmentos. "Como isso vai ser usado? Artistas, políticos e donos de bens de comunicação também estão nessas listas", disse.
Segundo Maia, o vazamento de nomes iniciou um jogo contra a "integridade das pessoas". De acordo com o prefeito, se um dirigente do PFL fosse informado de que estaria relacionado o nome de um parente nas listas, imediatamente ameaçava pegar o nome de uma grande figura do PT e vice-versa.
Para Jereissati, existem hoje dois governos paralelos, um social-democrata e o outro "stalinista". "Nós estamos vendo cada vez mais esse lado stalinista", afirmou.
O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), propôs hoje uma "investigação profunda" sobre a CPI do Banestado para apurar o vazamento de dados.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre Tasso Jereissati
Leia o que já foi publicado sobre as PPPs
Vazamento em CPI acirra divergências entre Tasso e Dirceu
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da Folha Online, no Rio
O senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) afirmou hoje que o vazamento de nomes na CPI do Banestado é um problema de toda a sociedade. Após a divulgação da lista de nomes com familiares do senador, as divergências entre ele e o ministro da Casa Civil, José Dirceu, aumentaram.
Jereissati afirma não ter provas para acusar ninguém, mas fez inúmeras críticas ao comportamento do ministro. "Tá todo mundo com a pulga atrás da orelha porque afinal de contas é ele mesmo que faz ameaças, que diz vou pegar fulano, vou acabar com sicrano, vou dar um tiro em beltrano. Para um ministro de Estado essas ameaças são muito estranhas", disse.
O senador afirmou que Dirceu deve procurar atacá-lo de outras formas. "O Dirceu disse que me daria um tiro no peito, fatal. Não acredito que esse tiro seja com revólver de verdade, e sim, de outras maneiras. Ele mesmo tem levado a crer que está disposto a qualquer coisa", afirmou.
Segundo o senador, não há dúvida de que as informações saíram da relatoria da CPI, mas que ainda não há como afirmar quem estaria por trás do vazamento dos nomes.
Para Jereissati, o vazamento de nomes da CPI do Banestado não é um fato isolado. "É preciso ver a legislação que impõe o controle dos jornalistas, as tentativas de impor uma legislação que controle toda a produção cultural do país e as declarações do ministro da Casa Civil sempre num tom de vou arrasar e arrombar porta", disse.
Hoje, ele chegou a comparar a quebra de sigilo fiscal e telefônico ao nazismo. "Nessa CPI se quebrou o sigilo de praticamente todo o país, isso é muito grave, é levar as coisas no nazismo", disse.
Histórico
Tasso tem travado duelo verbal com integrantes do governo. No mês passado, gerou polêmica ao afirmar que o projeto das PPPs (Parceria Público Privada) serviria "para roubalheira do Delúbio Soares", o tesoureiro do PT.
"É para o Delúbio [Soares, tesoureiro do PT] deitar e rolar", afirmou à época.
Em outra ocasião, Dirceu criticou a oposição tucana e disse que o PSDB não tem "moral" para questionar um eventual uso político dos recursos do BNDES e de fundos de pensão por meio de PPPs.
César Maia
Jereissati teve um almoço de apoio à candidatura do prefeito César Maia no Palácio da Cidade. Para o prefeito, o vazamento de nomes é um alerta para a sociedade em todos os seus segmentos. "Como isso vai ser usado? Artistas, políticos e donos de bens de comunicação também estão nessas listas", disse.
Segundo Maia, o vazamento de nomes iniciou um jogo contra a "integridade das pessoas". De acordo com o prefeito, se um dirigente do PFL fosse informado de que estaria relacionado o nome de um parente nas listas, imediatamente ameaçava pegar o nome de uma grande figura do PT e vice-versa.
Para Jereissati, existem hoje dois governos paralelos, um social-democrata e o outro "stalinista". "Nós estamos vendo cada vez mais esse lado stalinista", afirmou.
O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), propôs hoje uma "investigação profunda" sobre a CPI do Banestado para apurar o vazamento de dados.
Especial
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