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19/09/2004
-
06h43
da Folha de S.Paulo, em Ribeirão Preto
Em nota enviada à Folha na manhã da última sexta-feira para comentar as apreensões em sua casa, o advogado Rogério Tadeu Buratti afirmou não ter relação com a assinatura do contrato em Sertãozinho (SP), foco de apuração dos promotores de Justiça de Ribeirão Preto (SP).
Quando o contrato foi assinado, em agosto, Buratti afirma que já não tinha ligações com a empresa Leão Leão, da qual anunciou ter se afastado em março.
Sobre o dinheiro encontrado em sua casa, Buratti afirmou: "Tais valores encontram-se expressamente declarados na minha última declaração de imposto de Renda Pessoa Física, entregue neste ano à Receita Federal".
Buratti criticou as apreensões. "Foram levados apenas documentos pessoais (não amparados no mandado) como talões de cheques em branco, documentos de veículos da família, declarações de impostos de renda, minha e de minha esposa, contratos particulares, dentre outros."
"Ingressei na data de ontem [quinta-feira] com representação junto ao juiz corregedor solicitando a devolução dos documentos, pois, além dos excessos praticados, o inquérito objetiva investigar licitação ocorrida em Sertãozinho em 3 de agosto de 2004. Não pertenço aos quadros funcionais da Leão & Leão desde março de 2004", afirma Buratti, na nota.
De acordo com o contador do advogado, ouvido pela Folha em março último, Buratti ocupava o cargo de vice-presidente da Leão Leão, sendo remunerado por meio da sua empresa BBS Consultores Associados, que emitia para a empreiteira entre R$ 200 e R$ 300 mil em notas fiscais por serviços prestados.
Os advogados de Buratti, procurados no início da noite de sexta, não foram localizados para comentar a investigação e o recurso que deram entrada na Justiça.
Em manifestações ao longo da semana passada, a empreiteira Leão Leão também negou irregularidades no contrato de Sertãozinho. Prometeu, assim como a prefeitura, colaborar com a Justiça para que isso seja provado.
A empresa afirmou que em maio deste ano enviou ofício à Promotoria colocando à disposição os documentos do grupo. Essa autorização foi feita, ainda segundo a empresa, por escrito.
O prefeito de Sertãozinho, José Alberto Gimenez (PSDB), afirmou acreditar que o contrato de limpeza pública da sua gestão está sendo investigado porque todos os contratos envolvendo a Leão Leão estariam sob escrutínio dos promotores. "Eu não tenho nada a ver com isso", afirmou ele.
Segundo a prefeitura, o processo licitatório para contratação da empreiteira foi feito "dentro da legalidade e da transparência" e todos os passos foram acompanhados pelo TCE (Tribunal de Contas do Estado).
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Leia o que já foi publicado sobre Rogério Tadeu Buratti
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Ex-assessor de Palocci nega irregularidades
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Em nota enviada à Folha na manhã da última sexta-feira para comentar as apreensões em sua casa, o advogado Rogério Tadeu Buratti afirmou não ter relação com a assinatura do contrato em Sertãozinho (SP), foco de apuração dos promotores de Justiça de Ribeirão Preto (SP).
Quando o contrato foi assinado, em agosto, Buratti afirma que já não tinha ligações com a empresa Leão Leão, da qual anunciou ter se afastado em março.
Sobre o dinheiro encontrado em sua casa, Buratti afirmou: "Tais valores encontram-se expressamente declarados na minha última declaração de imposto de Renda Pessoa Física, entregue neste ano à Receita Federal".
Buratti criticou as apreensões. "Foram levados apenas documentos pessoais (não amparados no mandado) como talões de cheques em branco, documentos de veículos da família, declarações de impostos de renda, minha e de minha esposa, contratos particulares, dentre outros."
"Ingressei na data de ontem [quinta-feira] com representação junto ao juiz corregedor solicitando a devolução dos documentos, pois, além dos excessos praticados, o inquérito objetiva investigar licitação ocorrida em Sertãozinho em 3 de agosto de 2004. Não pertenço aos quadros funcionais da Leão & Leão desde março de 2004", afirma Buratti, na nota.
De acordo com o contador do advogado, ouvido pela Folha em março último, Buratti ocupava o cargo de vice-presidente da Leão Leão, sendo remunerado por meio da sua empresa BBS Consultores Associados, que emitia para a empreiteira entre R$ 200 e R$ 300 mil em notas fiscais por serviços prestados.
Os advogados de Buratti, procurados no início da noite de sexta, não foram localizados para comentar a investigação e o recurso que deram entrada na Justiça.
Em manifestações ao longo da semana passada, a empreiteira Leão Leão também negou irregularidades no contrato de Sertãozinho. Prometeu, assim como a prefeitura, colaborar com a Justiça para que isso seja provado.
A empresa afirmou que em maio deste ano enviou ofício à Promotoria colocando à disposição os documentos do grupo. Essa autorização foi feita, ainda segundo a empresa, por escrito.
O prefeito de Sertãozinho, José Alberto Gimenez (PSDB), afirmou acreditar que o contrato de limpeza pública da sua gestão está sendo investigado porque todos os contratos envolvendo a Leão Leão estariam sob escrutínio dos promotores. "Eu não tenho nada a ver com isso", afirmou ele.
Segundo a prefeitura, o processo licitatório para contratação da empreiteira foi feito "dentro da legalidade e da transparência" e todos os passos foram acompanhados pelo TCE (Tribunal de Contas do Estado).
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