Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
21/09/2004 - 09h15

PF vai intimar Waldomiro Diniz novamente

Publicidade

IURI DANTAS
da Folha de S.Paulo, em Brasília

A Polícia Federal vai intimar de novo para depor Waldomiro Diniz, ex-subchefe de Assuntos Parlamentares da Casa Civil, e Rogério Buratti, secretário de Governo da Prefeitura de Ribeirão Preto durante a gestão do atual ministro Antonio Palocci Filho (Fazenda).

O caso Waldomiro teve início em fevereiro deste ano, quando foi divulgado vídeo no qual o ex-assessor pedia, em 2002, propina ao empresário do ramo de jogos Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira. O dinheiro iria para campanhas do PT.

Waldomiro também é investigado por suposta interferência no contrato entre a Caixa Econômica Federal e a GTech, multinacional que gerencia loterias federais. Buratti passou a integrar o caso quando executivos da GTech disseram à PF que Waldomiro exigia sua contratação para que o contrato com a CEF fosse renovado.

Ainda não há definição se o presidente da CEF, Jorge Mattoso, vai prestar novo depoimento. Segundo o delegado Antonio César Fernandes Nunes, o objetivo da nova intimação é confrontá-los com novos dados. Como a investigação está sob sigilo, o conteúdo do material não é divulgado.

A PF desmembrou a investigação em dois inquéritos, um para apurar a conduta de Waldomiro como assessor do Planalto e outro específico para verificar se houve interferência dele na renegociação de contrato entre a CEF e a GTech. No início de 2003, o banco manteve a GTech como responsável pela administração das loterias federais por 18 meses.

A CEF alega que conseguiu inédito desconto de 15% no contrato, mas o Ministério Público Federal e a PF apuram se houve prejuízo aos cofres públicos. Meses depois da renovação, a Caixa elevou o preço de algumas modalidades de loteria, o que compensou indiretamente a GTech pelo desconto.

Segundo depoimentos, Waldomiro reuniu-se com executivos da GTech antes de o contrato ser renovado e exigiu que a empresa contratasse Buratti como consultor para que o negócio fosse fechado. A empresa nega ter empregado Buratti, que nega envolvimento no caso. O advogado de Waldomiro não foi localizado.

Especial
  • Leia o que já foi publicado sobre Waldomiro Diniz
  •  

    Publicidade

    Publicidade

    Publicidade


    Voltar ao topo da página