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23/09/2004 - 10h16

Empresa diz que sofre "processo kafkaniano"

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Do enviado especial da Folha de S.Paulo a Ribeirão Preto
da Folha de S.Paulo, em Ribeirão Preto
da Folha de S.Paulo

A assessoria de imprensa da empresa Leão Leão divulgou nota na tarde de ontem na qual diz que não teve acesso às investigações conduzidas pelo Ministério Público e, por isso, não comentaria o andamento da apuração.
"A empresa, por meio de seus representantes legais, não teve o acesso, assegurado pela Constituição Federal, aos autos do suposto inquérito", informa a nota.

A empresa, que também se manifestou em nome de Wilney Barquete, presidente da Leão Ambiental, afirmou ter sido pega de surpresa com as informações sobre as interceptações telefônicas.

"Somos mais uma vez surpreendidos, pela ilação de que essas fitas, contendo escutas não bem justificadas, foram vazadas para a imprensa, em mais uma atitude incompreensível que fere os direitos mais comezinhos dos cidadãos e das organizações", diz a nota da Leão Leão. "Lamentavelmente, arcamos com o ônus da desconfiança pública, sem sequer ter condições de elucidar os fatos, uma vez que deles não fomos inteirados", prossegue.

"Embora sejamos vítimas de um inquérito próprio de um "processo kafkaniano", continuamos a acreditar nas boas intenções e na seriedade do Ministério Público, pois temos certeza de que nada os motivaria a promover uma perseguição a uma empresa que nada deve a ninguém", informa a nota.

O advogado de Rogério Tadeu Buratti, Carlos Frederico Bentivegna, informou que seu cliente "é inocente". "Tudo é absurdo, é uma fantasia do Ministério Público", informou. Segundo Bentivegna, "não apresentaram nenhuma prova" contra seu cliente.

A respeito das investigações e das conversas transcritas em documento do Ministério Público, o advogado informou que esse assunto poderia ser respondido por outro advogado que atua para Buratti na área criminal, Roberto Telhada. Ele não foi localizado.

A Secretaria de Serviços e Obras da Prefeitura de São Paulo, responsável pela licitação do lixo na cidade, informou que a Leão Leão não participou da disputa, na qual tomaram parte dois consórcios (com três empresas cada) e a empresa Qualix. De acordo com a assessoria da secretaria, o teor das conversas telefônicas "nada diz respeito à secretaria". A assessoria informou que o secretário Osvaldo Misso não falaria sobre o caso.

A Secretaria Municipal das Subprefeituras, responsável pela licitação da varrição em São Paulo, divulgou uma nota: "A licitação de serviços indivisíveis, que incluiu os serviços de varrição, está sob análise do TCM (Tribunal de Contas do Município). Até o momento não recebemos nenhum tipo de comunicado sobre denúncia contra a empresa Leão Leão, seja por parte do Ministério Público, das polícias Civil, Militar e Federal ou do próprio TCM. Diante disso, não temos sobre o que nos manifestar". A assessoria informou que o secretário das Subprefeituras, Carlos Zaratini, não falaria sobre o assunto.

O prefeito de Sertãozinho, José Alberto Gimenes (PSDB), disse que está tranqüilo a respeito do preço do contrato fechado com a Leão Leão para o serviço de coleta de lixo e varrição, que ele considera um dos mais baixos da região. Segundo o prefeito, o governo vai aguardar mais detalhes sobre as interceptações para abrir uma sindicância e apurar os fatos.

Por intermédio de sua assessoria, a Qualix disse que "até o presente momento, a diretoria desconhece mudanças no controle acionário da empresa". Em um diálogo, Wilney Barquete diz que a empresa está sendo "vendida para a Queiroz Galvão".

A Queiroz não se manifestará enquanto não tiver conhecimento oficial do fato. Procurada às 19h de ontem, a direção da Vega não foi localizada.

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