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13/10/2004
-
19h33
GABRIELA MANZINI
da Folha Online
O ex-prefeito Paulo Maluf (PP) afirmou hoje que considera uma "armação tucana" as recentes investigações sobre seu possível envolvimento em supostas negociações para a compra de uma testemunha contra o candidato José Serra (PSDB) gravadas pelo ex-presidente da Câmara Municipal de SP, Armando Mellão, em quatro encontros com o vereador malufista Brasil Vita (PP).
Maluf disse lamentar que "os tucanos estejam se tornando o dedos-duros da nação" e relacionou o surgimento das gravações a fatos que considera como investidas que foram promovidas pelo partido anteriormente.
"Primeiro, eles quiseram destruir a candidatura da Roseana Sarney [PFL], depois a do Ciro Gomes [PPS] e, agora, agem através de um indivíduo como o Mellão para tentar diminuir o peso do meu apoio neste segundo turno."
O ex-prefeito negou que tivesse conhecimento dos encontros ocorridos entre Mellão e Vita e defendeu o colega dizendo que foi Mellão quem o procurou. "Quem é que vai conversar na casa de alguém de boa fé com o gravador escondido no bolso? Isso é uma armação, ao meu entender, tucana", disse.
Memória
Em 2002, a então candidata Roseana Sarney desistiu de concorrer às eleições presidenciais depois de suspeitas levantadas em uma operação da Polícia Federal na empresa Lunus, que pertencia a ela.
A menos de um mês do pleito surgiram suspeitas de que o então candidato Ciro Gomes estava ligado a dívidas que seu coordenador de campanha, José Carlos Martinez, tinha com Paulo César Farias, tesoureiro da campanha do ex-presidente Fernando Collor, em 1989, e que não haviam sido quitadas.
Apoio
Terceiro colocado no primeiro turno das eleições municipais, com 11,9% dos votos válidos, Maluf voltou a adiar a declaração de seu apoio a algum dos candidatos para o segundo turno. "Até a próxima sexta-feira eu direi quem apóio e porque apóio. Não é do meu feitio ficar em cima do muro."
Apesar das acusações feitas ao PSDB, o ex-prefeito fez questão de manter o mistério. "Ainda não defini se vou apoiar a Marta [PT], o Serra [PSDB] ou se recomendarei o voto em branco", disse.
Outro lado
Em campanha na zona leste, Serra disse que a situação é "hilariante". "Nem eles acreditam no que dizem, têm problemas com a Justiça e a polícia, com o Ministério Público, e põe o PSDB no meio."
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Maluf vai ao Ministério Público e diz que investigações são "armações tucanas"
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da Folha Online
O ex-prefeito Paulo Maluf (PP) afirmou hoje que considera uma "armação tucana" as recentes investigações sobre seu possível envolvimento em supostas negociações para a compra de uma testemunha contra o candidato José Serra (PSDB) gravadas pelo ex-presidente da Câmara Municipal de SP, Armando Mellão, em quatro encontros com o vereador malufista Brasil Vita (PP).
Maluf disse lamentar que "os tucanos estejam se tornando o dedos-duros da nação" e relacionou o surgimento das gravações a fatos que considera como investidas que foram promovidas pelo partido anteriormente.
"Primeiro, eles quiseram destruir a candidatura da Roseana Sarney [PFL], depois a do Ciro Gomes [PPS] e, agora, agem através de um indivíduo como o Mellão para tentar diminuir o peso do meu apoio neste segundo turno."
O ex-prefeito negou que tivesse conhecimento dos encontros ocorridos entre Mellão e Vita e defendeu o colega dizendo que foi Mellão quem o procurou. "Quem é que vai conversar na casa de alguém de boa fé com o gravador escondido no bolso? Isso é uma armação, ao meu entender, tucana", disse.
Memória
Em 2002, a então candidata Roseana Sarney desistiu de concorrer às eleições presidenciais depois de suspeitas levantadas em uma operação da Polícia Federal na empresa Lunus, que pertencia a ela.
A menos de um mês do pleito surgiram suspeitas de que o então candidato Ciro Gomes estava ligado a dívidas que seu coordenador de campanha, José Carlos Martinez, tinha com Paulo César Farias, tesoureiro da campanha do ex-presidente Fernando Collor, em 1989, e que não haviam sido quitadas.
Apoio
Terceiro colocado no primeiro turno das eleições municipais, com 11,9% dos votos válidos, Maluf voltou a adiar a declaração de seu apoio a algum dos candidatos para o segundo turno. "Até a próxima sexta-feira eu direi quem apóio e porque apóio. Não é do meu feitio ficar em cima do muro."
Apesar das acusações feitas ao PSDB, o ex-prefeito fez questão de manter o mistério. "Ainda não defini se vou apoiar a Marta [PT], o Serra [PSDB] ou se recomendarei o voto em branco", disse.
Outro lado
Em campanha na zona leste, Serra disse que a situação é "hilariante". "Nem eles acreditam no que dizem, têm problemas com a Justiça e a polícia, com o Ministério Público, e põe o PSDB no meio."
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