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14/10/2004
-
09h09
PEDRO DIAS LEITE
da Folha de S.Paulo
Marta Suplicy (PT) reclama da "pecha de arrogante" e José Serra (PSDB) foi chamado de "antipático" durante toda a campanha de 2002, mas o que define mesmo a rejeição aos dois nesta eleição são questões da área administrativa.
De acordo com o Datafolha, 23% dos eleitores que não votariam em Serra de jeito nenhum desaprovam seu desempenho ou suas propostas para a saúde, área em que foi ministro de 1998 a 2002. Dos que repudiam Marta, 25% reprovam a criação de taxas e o aumento de impostos.
A imagem pessoal pesa contra Serra para 17% dos que o rejeitam e para 14% dos que não votariam em Marta de maneira alguma.
O diretor do Datafolha, Mauro Paulino, afirma que esta pesquisa "é um reflexo do que o eleitor recebe de informação pela mídia e pelas campanhas". Como exemplo, cita o apelido de "Martaxa" lançado pela oposição, um dos mais utilizados na campanha.
No geral, como revela pesquisa publicada no domingo, 42% dos eleitores afirmam que não votariam em Marta de jeito nenhum, e 29% dizem o mesmo em relação a Serra. No levantamento publicado hoje, esses paulistanos explicam os motivos de sua rejeição.
Saúde e taxas
Dos 23% que rejeitam o desempenho de Serra na saúde, a maior parte afirma que o hoje candidato não fez nada para melhorar a área quando foi ministro, no governo de Fernando Henrique Cardoso.
Esse é um dos pontos mais batidos pelo PT desde que decidiu partir para o ataque contra o tucano, no final do primeiro turno.
Em quase quatro anos à frente do ministério, o tucano ganhou os holofotes com avanços no programa de Aids, na campanha antitabagista e nos genéricos, mas enfrentou duas epidemias de dengue, no início e no fim da gestão.
Das taxas que Marta criou, a do lixo é a que mais atrai críticas. Foi citada por 14% dos que rejeitam a prefeita, segundo o Datafolha.
No final de 2002, foram criadas as taxas de luz e do lixo. A da iluminação é fixa (R$ 3,50). A outra, paga por cerca de 2 milhões de pessoas, varia de R$ 6,67 a R$ 133,15. Na campanha, Marta já disse que, a médio prazo, vai acabar com a taxa de luz. A do lixo, argumenta, só criou porque foi "responsável". Sem ela, diz, não teria verba para novos aterros e enfrentaria um "apagão do lixo".
Já Serra voltou a defender ontem a revisão total das taxas municipais e o fim da taxa do lixo.
A área da saúde, o ponto fraco de sua gestão, também gera muita rejeição. Para 19%, é o principal problema. Ser do PT também é eliminatório para 17%. O partido, aliás, é o entrave para 18%, desta vez no caso de Serra.
Imagem pessoal
Na imagem pessoal, o que mais "pega" contra Marta é mesmo a suposta arrogância. São 4% os que apontam isso como o principal fator de rejeição.
No caso de Serra, cuja imagem pessoal não entrou em debate até aqui na campanha, vários adjetivos empatam, com 7%, como falso e cínico. "A pesquisa mostra que ele também tem um problema nesta área", conclui Paulino.
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Educação dá fôlego a Marta; saúde é ponto forte de Serra
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Marta é rejeitada pelas taxas; Serra, por sua atuação na saúde
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Marta Suplicy (PT) reclama da "pecha de arrogante" e José Serra (PSDB) foi chamado de "antipático" durante toda a campanha de 2002, mas o que define mesmo a rejeição aos dois nesta eleição são questões da área administrativa.
De acordo com o Datafolha, 23% dos eleitores que não votariam em Serra de jeito nenhum desaprovam seu desempenho ou suas propostas para a saúde, área em que foi ministro de 1998 a 2002. Dos que repudiam Marta, 25% reprovam a criação de taxas e o aumento de impostos.
A imagem pessoal pesa contra Serra para 17% dos que o rejeitam e para 14% dos que não votariam em Marta de maneira alguma.
O diretor do Datafolha, Mauro Paulino, afirma que esta pesquisa "é um reflexo do que o eleitor recebe de informação pela mídia e pelas campanhas". Como exemplo, cita o apelido de "Martaxa" lançado pela oposição, um dos mais utilizados na campanha.
No geral, como revela pesquisa publicada no domingo, 42% dos eleitores afirmam que não votariam em Marta de jeito nenhum, e 29% dizem o mesmo em relação a Serra. No levantamento publicado hoje, esses paulistanos explicam os motivos de sua rejeição.
Saúde e taxas
Dos 23% que rejeitam o desempenho de Serra na saúde, a maior parte afirma que o hoje candidato não fez nada para melhorar a área quando foi ministro, no governo de Fernando Henrique Cardoso.
Esse é um dos pontos mais batidos pelo PT desde que decidiu partir para o ataque contra o tucano, no final do primeiro turno.
Em quase quatro anos à frente do ministério, o tucano ganhou os holofotes com avanços no programa de Aids, na campanha antitabagista e nos genéricos, mas enfrentou duas epidemias de dengue, no início e no fim da gestão.
Das taxas que Marta criou, a do lixo é a que mais atrai críticas. Foi citada por 14% dos que rejeitam a prefeita, segundo o Datafolha.
No final de 2002, foram criadas as taxas de luz e do lixo. A da iluminação é fixa (R$ 3,50). A outra, paga por cerca de 2 milhões de pessoas, varia de R$ 6,67 a R$ 133,15. Na campanha, Marta já disse que, a médio prazo, vai acabar com a taxa de luz. A do lixo, argumenta, só criou porque foi "responsável". Sem ela, diz, não teria verba para novos aterros e enfrentaria um "apagão do lixo".
Já Serra voltou a defender ontem a revisão total das taxas municipais e o fim da taxa do lixo.
A área da saúde, o ponto fraco de sua gestão, também gera muita rejeição. Para 19%, é o principal problema. Ser do PT também é eliminatório para 17%. O partido, aliás, é o entrave para 18%, desta vez no caso de Serra.
Imagem pessoal
Na imagem pessoal, o que mais "pega" contra Marta é mesmo a suposta arrogância. São 4% os que apontam isso como o principal fator de rejeição.
No caso de Serra, cuja imagem pessoal não entrou em debate até aqui na campanha, vários adjetivos empatam, com 7%, como falso e cínico. "A pesquisa mostra que ele também tem um problema nesta área", conclui Paulino.
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